O muro antimigrantes de Munique: "É mais alto do que o Muro de Berlim"

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10 Novembro 2016

Em Neuperlach, bairro na região sudeste de Munique, na Alemanha, foi levantada uma barreira para "cercar" 160 refugiados que serão alojados em um centro perto da estação do metrô. Um projeto quase concluído, autorizado em meio a protestos.

A reportagem é de Alessandro Fulloni, publicada no jornal Corriere della Sera, 08-11-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A revista Focus, que publicou as imagens por primeiro, disse que, com os seus quatro metros de cimento cinza, ele é mais alto do que o Muro de Berlim, que não chegava aos 3,75 metros. Falamos de um muro "antimigrantes" em construção em um subúrbio de Munique, Neuperlach.

Aqui, nos arredores de uma estação de metrô, está prevista a construção de um centro de refugiados para menores de idade. Chegarão a 160. Mas a comunidade local não está exatamente entusiasmada. Protestou e gerou rumores. A preocupação é de que o valor imobiliário das suas casas desabe.

Por isso, as autoridades da cidade autorizaram a construção de um longo e espesso muro. Ele teria uma função "antirruído": um pouco como os painéis de absorção de som nas proximidades de ferrovias e estradas movimentadas, limitando o incômodo provocado pelos excessos dos jovens migrantes.

O projeto já está agora em fase de conclusão, depois de ter sido aprovada em junho. Uma espécie de "compromisso" entre o "niet" da comunidade – que tinha se oposto em grande parte à chegada dos refugiados que tinha sido informada ainda em 2014 – e a administração decidida a abrir o centro. A prefeitura, no entanto, enfatiza que a barreira surge apenas de um lado do abrigo, sem rodeá-lo, e os jovens hóspedes estarão livres para se mover.

As polêmicas foram pesadas. Guido Bucholz, representante na assembleia civil, gravou um vídeo do local com um drone e se diz "chocado depois de ver esse monstruoso muro de tijolos. Diziam que Munique era uma cidade acolhedora, mas, em vez disso, está mostrando o seu lado feio".

Não só. "Eu considero extremamente infeliz essa forma de delimitação e isolamento", declarou o líder regional bávaro do Partido Social-Democrata (SPD), Markus Rinderspacher.