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Rio Grande do Sul, o estado decadente que idealiza seu passado através da tradição

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Por: João Flores da Cunha | 18 Setembro 2016

“Tudo aqui no Rio Grande do Sul é melhor: nossas mulheres são lindas, nossos homens são fortes, o chocolate de Gramado é o melhor do mundo, nossa cerveja artesanal é ótima e nosso clima, uma maravilha”. Foi em tom irônico que o historiador Mário Maestri, professor da Universidade de Passo Fundo – UPF, descreveu a idealização do RS por seus habitantes e o sentimento de superioridade destes em sua palestra no IHU Ideias, realizada no dia 15-09-2016. O tema de sua fala foi O Rio Grande do Sul: a história e a política, ontem e hoje. O gaúcho real e o imaginário.

Em contraste com essa idealização, que resulta em parte do movimento de valorização da tradição, o RS passa atualmente por um cenário de decadência, afirmou Maestri. Ele citou a corrupção, os baixos salários dos professores da rede pública e a violência no estado, e afirmou que “não temos nada a nos orgulhar, e muito a nos envergonhar”. Para ele, “a depressão e a situação patética pela qual passa o estado encontram um reflexo estético perfeito na figura do atual governador”, José Ivo Sartori.

A tradição em choque com a História

De acordo com Maestri, “é preciso separar história e tradição. Há um choque direto entre elas”. Segundo o professor, a tradição, “ao contrário do que se pensa, não é algo que surge no passado e chega até o presente. Normalmente, ela é inventada” e se fundamenta em “raízes tortuosas”, para ele.

De fato, o recurso à tradição trata de uma “busca de raízes e de certezas no passado”, afirmou o historiador. Ela significa uma valorização desse passado, em busca de qualidades que já não existiriam mais no presente – e, segundo o professor, “talvez nenhum outro estado tenha uma tradição tão consolidada quanto o Rio Grande do Sul”.

Mário Maestri (Foto: João Flores da Cunha)

Os mitos da “revolução” farroupilha

Para ele, a tradição não realiza uma análise histórica ou uma análise da realidade. Assim, o movimento tradicionalista comemora um conflito entre os farroupilhas e o Império do Brasil que Maestri tratou não como “revolução”, mas como guerra. Um dos valores idealizados pela tradição é a “fraternidade que teria unido toda a sociedade” na empreitada contra o Império.

No entanto, a guerra farroupilha “não foi um movimento de todo o Rio Grande do Sul”, mas da metade sul do estado e do norte do Uruguai, afirmou Maestri. Os farroupilhas jamais conseguiram se impor no litoral e em Porto Alegre, de onde “foram expulsos a pontapés”, assinalou o historiador. Inclusive, o lema da capital do estado é “leal e valorosa” – por ter se mantido fiel ao Império e por ter resistido aos rebeldes.

Assim, a farroupilha “não era uma guerra rio-grandense”; de fato, foi combatida por rio-grandenses. O historiador notou que os colonos imigrantes foram contra o movimento, pois os farroupilhas eram “ideológica e economicamente contra a pequena propriedade”, afirmou ele.

Existe um “mito libertário da Revolução Farroupilha”, notou Maestri. Essa não era uma guerra social, mas conservadora: seus combatentes desejavam mais terras e mais cativos. Estes foram traídos após a derrota do movimento, e parte deles foi morta no massacre de Porongos. “Praticamente todos os negros que acreditaram nos farroupilhas foram mortos ou escravizados”, disse o historiador.

Assim, “a guerra farroupilha era uma guerra de latifundiários que queriam criar uma república pastoril”, afirmou Maestri. Para ele, o 20 de setembro “é algo a ser celebrado por proprietários de terras, mas jamais por trabalhadores assalariados que, logicamente, não concordam com ideias como a propriedade latifundiária e a exploração de trabalhadores escravizados”.

O separatismo gaúcho

Provocado por um integrante da plateia a discutir o movimento separatista rio-grandense, Maestri tratou este como “a síntese de um cenário de decadência”. De acordo com o professor, “nós vivemos de um petróleo subvencionado”, e o RS isolado “seria um Uruguai sem o porto de Montevidéu e sem as terras de qualidade” daquele país.

Ele afirmou que, em caso de uma hipotética vitória dos farroupilhas, “a crise de hoje seria ainda maior e mais profunda”. Segundo ele, “se a Farroupilha houvesse vencido, o RS teria hoje 3 milhões de habitantes” e o estado jamais teria se transformado em um polo industrial, pois os separatistas teriam interrompido os movimentos migratórios de alemães, italianos e poloneses. Nesse cenário, haveria latifúndios por todo o estado, e Porto Alegre seria uma cidade muito menor do que é hoje, de acordo com Maestri.

Quem é

Mário José Maestri Filho possui graduação em Ciências Históricas - Université Catholique de Louvain (1977), mestrado em Ciências Históricas - UCL (1977) e doutorado em Ciências Históricas - UCL (1980). Atualmente é professor titular do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo - UPF. Realizou estágio de pós-doutoramento na Bélgica e semestre sabático em Portugal. Tem experiência na área de história social, história e literatura, história e arquitetura, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história do Brasil, história do Rio Grande do Sul, história da escravidão no Brasil, história da escravidão no Rio Grande do Sul; história da colonização italiana no Rio Grande do Sul. É autor de Uma história do Rio Grande do Sul: a ocupação do território (Passo Fundo: UPF Editora, 2006), entre outros livros.

Confira a palestra na íntegra:

Leia mais...

Até quando vamos endeusar a revolução farroupilha?

A crise gaúcha. A erosão da ética republicano-castilhista. Entrevista especial com Mário Maestri

"Há muita demagogia sobre a honestidade política das elites rio-grandenses". Entrevista especial com Mário Maestri

A presença do negro no Rio Grande do Sul ontem e hoje. Entrevista especial com Mário Maestri

14 de novembro de 1845, dia da chacina dos Lanceiros Negros, pelos vilões farroupilhas


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