• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

'Spotlight'

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

12 Fevereiro 2016

“O filme 'Spotlight', de Tom McCarthy, é um exemplo magnífico de que 'quase ninguém' quer saber de casos de pedofilia na Igreja (e eu diria, com certeza, tampouco fora dela). A tendência da moral pública, cuja substância sempre foi e é a hipocrisia, acomoda a pedofilia a fim de que a normalidade social siga realizando, inclusive, tarefas consideradas construtivas para a sociedade. Assim como o bom povo alemão seguiu sua vida...”, escreve Luiz Felipe Pondé, escritor e ensaísta, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 08-02-2016.

Eis o artigo.

O mundo é mais complicado do que pensa nossa vã crítica social. Até ela, nossa vã crítica social, é parte dos processos de acomodação de vícios inconfessáveis. A moral pública funciona por repressão e hipocrisia: a primeira silencia, a segunda sorri em eventos sociais e de caridade.

Alguém pode ser um pedófilo e, ainda assim, fazer parte de instituições com grandes realizações e ser protegido por elas e por seus entes mais próximos. A pedofilia, assim como toda forma de violência sexual, tende a ser acobertada inclusive por conta da vergonha que ser vítima dela causa.

Apesar da histeria coletiva quando surge alguma notícia sobre pedofilia (e se for na Igreja, então, a histeria é maior ainda, porque serve de arma para difamação, usada pelos seus concorrentes), na verdade, o cotidiano se ajusta rapidamente para tornar tal "pecado" invisível, a fim de que a vida continue na sua normalidade. Essa é a natureza da moral pública: repressão, hipocrisia, mentira.

O problema da crítica social de massa (conhecida como "causas políticas progressistas") é que ela é demasiadamente grosseira em seu espírito para tocar nas sutilezas ("finesse") da natureza humana (sim, essa mesma que está na moda dizer que nunca existiu) e seus modos de acomodação via moral pública.

E a "política progressista" é inócua nesse terreno, porque alguém pode ser um "defensor" dos mais fracos e ser pedófilo. O discurso público em favor do "bem" não garante uma vida alheia às baixarias da natureza humana que habitam as sombras.

O filme "Spotlight", de Tom McCarthy, é um exemplo magnífico de que "quase ninguém" quer saber de casos de pedofilia na Igreja (e eu diria, com certeza, tampouco fora dela). A tendência da moral pública, cuja substância sempre foi e é a hipocrisia, acomoda a pedofilia a fim de que a normalidade social siga realizando, inclusive, tarefas consideradas construtivas para a sociedade. Assim como o bom povo alemão seguiu sua vida...

O erro da política que se toma como redentora do mundo é não ver sua própria cegueira cognitiva, devido a sua forma de operação: a política é sempre grosseira na atuação e pragmática no espírito. A natureza íntima da política é a guerra, e não a paz. Mantê-la "quieta" exige muita institucionalização dos conflitos.

A política nada pode fazer acerca dos dramas morais; pode apenas "aniquilar" os atores morais indesejáveis. Logo, não há solução política para questões como a pedofilia sem o uso da violência institucional contra os pedófilos.

Mas a moral pública –e sua tendência à inércia, normalmente– vence, pois quase ninguém "gosta" de violência explícita.

O olhar moral (aquilo que antigamente se chamava de "costumes") sobre a sociedade sempre foi mais profundo e amplo, mas difícil de ter algum "uso" para causas progressistas, justamente porque capta a floresta densa que é o mundo humano e suas ramificações infinitas. A alma é um pântano e tende à inércia moral. A pedofilia, como todo "pecado", reside aí.

O filme trata do famoso caso de uma "rede" de pedofilia na Igreja Católica na região de Boston, na virada do último século. O caso custou a transferência do cardeal Law da diocese de Boston (que sabia de tudo e ficou quieto) para Roma e seu acobertamento institucional.

Os jornalistas do "Boston Globe" (da equipe de reportagens de fôlego chamada Spotlight) descobrem um sistema interno da Igreja que afastava o padre acusado de pedofilia "em silêncio", com a parceria, muitas vezes, de advogados importantes e em troca de grana para a família da vítima.

A grana funcionava justamente porque as vítimas eram frequentemente de classes sociais vulneráveis. E o pedófilo, sempre um padre simpático e atencioso com suas ovelhas.

Combater a pedofilia exige o rompimento com as formas sociais de acomodação dos costumes a serviço da normalidade cotidiana. A violência desses processos de acomodação destroem vidas e carreiras. No filme, um editor-chefe judeu e um advogado armênio encabeçam o combate –ou seja, gente de fora da rede de relações da Igreja Católica.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados