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Padre belga reconhecido na mudança de nome da Lei de Hubble

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01 Novembro 2018

Organização de astronomia vota para reconhecer o trabalho de Georges Lemaître na descoberta da expansão do Universo — mas alguns ainda têm dúvidas se a mudança persistirá.

A reportagem é de Elizabeth Gibney, publicada por Nature, 30-10-2018. A tradução é de Luísa Rabolini.

Membros de uma grande organização internacional de astrônomos votaram para alterar o nome da Lei de Hubble — que se relaciona com a expansão do Universo e sustenta a cosmologia moderna — para reconhecer uma contribuição feita pelo padre e astrônomo belga Georges Lemaître.

A União Astronômica Internacional (UAI) recomenda que a lei seja conhecida como Lei de Hubble–Lemaître. Nos anos 20, o belga descreveu em francês como a expansão do Universo faria com que as galáxias se distanciassem da Terra a velocidades proporcionais à sua distância. Ele fez isso dois anos antes de o astrônomo americano Edwin Hubble ter usado seus próprios dados para estabelecer a mesma relação. Dos 4.060 astrônomos que votaram (de cerca de 11.072 membros elegíveis), 78% era a favor da mudança.

Essa parece ser a primeira vez que uma união vota para tentar alterar o nome de uma lei científica — embora alguns cientistas têm dúvidas se a mudança será percebida. A UAI é o árbitro dos nomes dos planetas e da lua desde 1919 e supervisiona o catálogo oficial de nomes das estrelas dos astrônomos, mas não exerce nenhum poder formal quanto aos nomes das leis científicas.

Piero Benvenuti, ex-presidente da UAI que propôs a moção, diz que a nova terminologia é apenas uma recomendação. "Se as pessoas continuarem usando o nome de Lei de Hubble, ninguém vai se opor", diz.

Há mais por vir

Ainda assim, a ação poderia solicitar mais tentativas de corrigir o registro histórico ao renomear leis científicas, diz Stephan Stigler, estatístico e historiador da Universidade de Chicago, em Illinois. A 'Lei da Eponímia’ do próprio Stigler — concebida em 1980 — afirma que nenhuma descoberta deve receber o nome do descobridor original. (Na verdade, o trabalho por trás da Lei de Stigler é atribuído ao sociólogo da ciência Robert Merton, e não ao próprio Stigler.)

Os nomes das leis científicas geralmente surgem de uma comunidade ao longo do tempo. Houve tentativas menos formais de dar crédito aos cientistas retrospectivamente, diz Stigler. Por exemplo, após a descoberta do Bóson de Higgs — que recebeu esse nome por causa do físico Peter Higgs — em 2012, alguns pediram que seu nome reconhecesse os vários outros teóricos que também afirmaram sua existência.

Stigler questiona se é papel da UAI mudar os nomes desta forma. "Se fosse a minha área, eu me oporia à imposição de uma organização, por mais nobre e útil que seja, no que deveria ser uma questão de um acordo mais geral na profissão”, observa.
Stigler também suspeita que, apesar da votação formal, a mudança dificilmente terá adesão. "Conheço muitos exemplos como o da Lei de Stigler e não espero que mudem."

Universalmente reconhecido?

Os historiadores estudam há muito tempo quem merece o crédito pela descoberta da expansão do Universo.

Em 1927, quando a maioria acreditava que o Universo era estático, Lemaître propôs que ele estava se expandindo, para explicar as observações que mostravam que as galáxias pareciam estar se afastando da Terra. Numa revista científica pouco conhecida, Annales de la Société Scientifique de Bruxelles, ele demonstrou que a velocidade das galáxias parecia ser proporcional à sua distância — uma relação que ficou conhecida como Lei de Hubble. Usando dados de astronomia recolhidos por outros pesquisadores, ele também concebeu uma taxa de expansão, hoje conhecida como a constante de Hubble.

Em 1929, Hubble descreveu a mesma correlação usando seus próprios dados experimentais melhorados e concebeu uma constante mais precisa, essencialmente confirmando a lei que acabou levando seu nome.

A contribuição de Lemaître permaneceu menos conhecida, possivelmente em partes porque a tradução do artigo de 1931 para o inglês não continha a concepção da constante. Alguns historiadores chegaram a suspeitar que Hubble ou seus apoiadores poderiam ter colaborado na tradução seletiva do trabalho. Mas Hubble foi inocentado em 2011, após a realização de uma investigação pelo astrônomo Mario Livio, que encontrou a cópia de uma carta de 1931 escrita por Lemaître dizendo que havia omitido a discussão sobre a constante na tradução porque outros dados mais confiáveis haviam sido publicados.

Os fãs do astrônomo belga estão felizes com a decisão. "Lemaître não fez grande pressão sobre seus resultados, então ele merecia mais fama do que tinha", diz Gabriele Gionti, astrônomo do Observatório do Vaticano que votou a favor da resolução.

Ideologia e linguagem

As disputas sobre os nomes muitas vezes são ideológicas, diz Helge Kragh, historiador da ciência na Universidade de Copenhague. Os países muitas vezes diferem no modo como se referem às leis científicas para dar crédito aos seus próprios cidadãos, afirma. Por exemplo, a Lei de Boyle, que liga a pressão e o volume de um gás, é frequentemente conhecida na França como Lei de Mariotte depois que o físico Edme Mariotte, do século XVII, descobriu a lei independentemente do anglo-irlandês Robert Boyle.

Os historiadores sabem do papel de Lemaître na Lei de Hubble há décadas, mas a mudança de nome foi liderada por Benvenuti, que lançou a ideia fundamentada ao Comitê Executivo da UAI. Ele afirma que queria honrar a integridade intelectual de Lemaître, que fez com que ele valorizasse o progresso da ciência mais do que sua própria visibilidade. Benvenuti também afirma que admira o trabalho de Lemaître por dissipar o "pseudoconflito entre ciência e fé", embora observe que esse não foi um fator para a sugestão de mudança.

A resolução tem gerado controvérsias. Kragh diz que a UAI parece confundir a Lei de Hubble — que descreve o recuo aparente de galáxias — e seu uso posterior como expressão da expansão cósmica e questiona a precisão dos documentos dados aos membros antes da votação. Ele desafia, por exemplo, a afirmação de que Hubble e Lemaître se encontraram numa reunião da UAI em Leiden em 1928 para trocar ideias — algo que Benvenuti e a UAI afirmam que aconteceu.

A recente votação não é a decisão mais famosa da União. Em 2006, a eleição sobre a definição de planeta rebaixou Plutão a planeta anão, apesar de haver controvérsias.

Segundo Benvenuti, a UAI não planeja fazer mais nenhuma campanha para mudança de nome, mas se alguém apresentar uma resolução com evidências suficientes que a fundamentam a questão seria considerada.

Alguns possíveis nomes impróprios na ciência incluem o cometa Halley, que os astrônomos já haviam observado mais de um milênio antes de Edmond Halley calcular sua órbita, e a Transformada de Fourier, uma técnica matemática usada pelo estudioso francês Pierre-Simon Laplace antes da publicação do colega matemático francês Joseph Fourier sobre o tema.

Kragh também tem dúvidas sobre se os cientistas notarão a recente mudança. "Como disse Fred Hoyle, as palavras são como arpões. Depois de entrarem, é muito difícil retirá-los", afirma.

Leia mais

  • O Bóson de Higgs e a elegância invejável do Universo. Revista IHU On-Line, Nº. 405
  • Ano Internacional da Luz. Descobertas e incertezas. Revista IHU On-Line, Nº. 474
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  • “Buscar Deus nas brechas da ciência é uma estratégia que leva ao fracasso”. Entrevista especial com Marcelo Gleiser
  • Os astrônomos e colega sacerdote: vamos prestar honra ao gênio de Lemaître
  • Georges Lemaître, o padre do Big Bang que fez Einstein mudar de ideia
  • Nas raízes do cosmos: o congresso do Observatório do Vaticano em homenagem a Georges Lemaître
  • Do Big Bang à expansão infinita: início explosivo e fim silencioso. A ciência de Georges Lemaître
  • Stephen Hawking: o padre George Lemaitre é o pai da teoria do Big Bang
  • “O bóson não explica tudo, mas mudou a minha vida”, confessa Peter Higgs
  • Uma visão revolucionária do cosmos. Após as descobertas dos cientistas ganhadores do Prêmio Nobel de Física
  • A encantadora (e complexa) realidade. Entrevista especial com Aba Cohen Persiano

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