Católicos dos EUA ainda são favoráveis ao Papa Francisco

Foto: Presidencia de la Republica Mexicana/ Flickr

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21 Setembro 2018

Uma nova pesquisa do Gallup revela que, mesmo após a reviravolta causada por revelações de abusos sexuais cometidos por padres na Pensilvânia, e por alegações de um encobrimento do Vaticano de má conduta sexual por parte de um cardeal americano, 79% dos católicos norte-americanos têm uma visão favorável do papa Francisco - número esse inalterado desde o mês passado, mas que caiu cerca de 8 pontos desde quando ele visitou os Estados Unidos há três anos.

A reportagem é de Michael J. O'Loughlin, publicada por America, 18-09-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Apenas 12% dos católicos dos EUA têm uma visão desfavorável de Francisco. Quando se trata da população geral dos EUA, no entanto, o verão de escândalos parece estar castigando o papa: pouco mais da metade de todos os adultos dos EUA - 53% - tem uma visão favorável do papa. Isso representa uma queda de 13 pontos percentuais em relação ao mês passado e uma queda de 23 pontos em relação a um pico em fevereiro de 2014.

27% dos americanos atualmente têm uma visão desfavorável do papa, 8% nunca ouviram falar de Francisco e outros 12% não têm opinião.

Entre os não-católicos americanos, 45% têm uma opinião favorável do papa, ante 63% no mês passado e de uma alta de 72% em 2014.

"Quedas similares na popularidade do pontífice ocorreram entre a maioria dos outros grupos", diz a Gallup.

A pesquisa é uma reminiscência de uma queda semelhante na popularidade do papa João Paulo II, que liderou a igreja durante uma onda de escândalos de abuso sexual no início dos anos 2000.

"A porcentagem de americanos com uma visão favorável de João Paulo II caiu abruptamente de 86% em 1998 para 61% em 2002, depois que um escândalo de abuso sexual foi descoberto em 2002", escreveu o Gallup.

Francisco continua a ser mais popular entre a população geral dos EUA do que seu antecessor, o Papa Bento XVI. A pesquisa final do Gallup perguntando sobre o papa Bento XVI, em 2010, descobriu que 40% dos americanos tinham uma opinião favorável sobre ele e 35% tinham uma visão desfavorável.

A última pesquisa Gallup foi realizada com 1.035 adultos entre 4 e 12 de setembro. A margem de erro foi de 4 pontos na população geral e 7 pontos na amostra de 221 católicos. Alegações de que líderes católicos lidaram mal com o abuso sexual clerical abalaram a igreja nos Estados Unidos neste verão, a partir de junho, quando o ex-cardeal Theodore McCarrick foi retirado do ministério depois que uma queixa de abuso sexual de um menor há mais de quatro décadas foi considerada credível.

Mais tarde, um relatório do grande júri detalhando o abuso de padres na Pensilvânia e uma carta detalhada do arcebispo Carlo Maria Viganò, o ex-núncio nos Estados Unidos, alegando que um encobrimento do Vaticano da má conduta do Arcebispo McCarrick contribuiu para o tumulto. Agentes da lei em vários estados agora têm planos para investigar como a Igreja lidou com as queixas históricas de abuso.

De sua parte, o Papa Francisco recebeu dois cardeais dos EUA e um arcebispo para discutir o tratamento de denúncias contra o arcebispo McCarrick no início deste mês, e uma equipe de seus assessores disse que o Vaticano está se preparando para responder às alegações do arcebispo Viganò.

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