24 Mai 2018
Como fazer para que as pessoas acordem para a mudança climática na época do entretenimento?
A pergunta é de Eliane Brum, escritora, repórter e documentarista, em artigo publicado por El País, 21-05-2018.
São Paulo, a maior cidade do Brasil, pode enfrentar mais uma vez uma crise da água em ano eleitoral. E não em qualquer eleição, mas nesta que se anuncia como uma das mais duras e truculentas da história recente, agravada ainda pelas “fake news”. Na primeira crise da água, em 2014, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reelegeu-se no primeiro turno afirmando que estava “tudo sob controle”. Apesar das evidências cotidianas de que algo muito grave estava acontecendo, a maioria da população de São Paulo preferiu acreditar que tudo ia ficar bem e a vida poderia ser retomada sem maiores alterações. A descoberta mais importante revelada pela crise foi o nível de desconexão com a realidade a que as pessoas podem chegar para não serem obrigadas a enfrentar as dificuldades, fazer mudanças permanentes na vida e pressionar os governantes e legisladores por políticas públicas. E como estão dispostas a acreditar em qualquer um que pronuncie a expressão “sob controle”. O problema é que qualquer pessoa que diga, em tempos de mudança climática, que algo está “sob controle” ou é mentiroso ou é maluco. Mas de novo estamos voltando a esse tipo de irresponsabilidade alimentada pela incapacidade de se responsabilizar de adultos infantilizados que preferem acreditar em qualquer estupidez a ter que enfrentar o mal-estar que sentem nos ossos.
No evento que marcou os 15 anos do Fórum Pacto Global, da Rede Brasil das Nações Unidas, em 16 de maio, Vicente Andreu, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), fez uma intervenção contundente no palco do auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP): “Não é justo vir a um evento desses e não falar o que (a pessoa) realmente sente. A água no Brasil é uma agenda política rebaixada. O tema da água só aparece na eleição como tragédia e denúncia, sem propostas”, afirmou.
As séries históricas, algo tão mencionado na crise de 2014, já não fazem sentido num planeta alterado pela mudança climática. “As nossas séries históricas, aquele mecanismo que a gente sempre utilizou, de olhar pra trás para projetar o futuro, acabou. Não tem mais condições de se fazer absolutamente nada com as séries brasileiras. Eu sou estatístico de formação... Quem tentar fazer alguma correlação com as séries históricas nos últimos dez anos no Brasil aqui no Cantareira (principal sistema de abastecimento de água de São Paulo) matematicamente faz, mas pra que serve?”, questionou Andreu, um dos principais articuladores do Fórum Mundial da Água, que se realizou pela primeira vez no Brasil em março. “A variabilidade do período do ciclo hidrológico em função das mudanças climáticas está completamente alterada no Brasil e no mundo. E ainda se tenta explicar o amanhã por uma média.... Fica mais ou menos assim: não tá na média nunca. Aí, no ano que dá na média, alguém corre lá e diz: ‘Ó, voltou ao normal, voltou pra média’. Mas a normalidade agora é a exceção.”
Segundo Vicente Andreu, existe a possibilidade de uma crise da água em São Paulo ainda pior do que a de 2014. Ele afirma também que, apesar de o Cantareira ter deixado de abastecer 1,6 milhão de pessoas, o consumo seria hoje de 300 litros por habitante ao dia, o mesmo que antes da crise. “O gráfico de abril no Cantareira bateu em 2014. Se não chover em maio vai ser pior do que 2014. Então não dá mais pra tentar vender para as pessoas uma segurança que não tem. Nós temos que afirmar, sem vergonha: ‘Não sei, não sabemos’”, diz. “Temos que trabalhar com o princípio da precaução. E o princípio da precaução é, por natureza, pessimista. Essas coisas precisam ser tratadas de maneira verdadeira, com a complexidade, com as incertezas que as coisas têm, para que as pessoas acreditem. Se elas não acreditarem, não adianta nada.”
Ser responsável hoje é afirmar que a situação NÃO está sob controle. Por irresponsabilidade geral, a crise de 2014 não provocou mudanças significativas e permanentes nos padrões de consumo. Há muito o que fazer na indústria e na agricultura, que têm muito mais impacto, assim como nas casas das pessoas. Nem foram feitos os investimentos necessários em reflorestamento e recuperação da vegetação do entorno do Cantareira, uma medida mais do que urgente. A Mata Atlântica é uma floresta arrasada. É preciso recuperá-la. Quem se agarra a séries históricas está, de fato, se agarrando a seus empregos num planeta que já mudou.
Pode chover mais ou menos neste ano. A crise da água pode ser maior ou menor. O que é preciso compreender é que não é uma crise e outra crise lá não sei quando, mas uma catástrofe em curso, uma realidade deste momento histórico com a qual temos que lidar, na qual haverá um número maior e mais frequente de eventos extremos. Não é opcional. A mudança climática está aí. E não vai embora porque enfiamos a cabeça dentro de um frasco de Rivotril.
Há várias barreiras travando o enfrentamento desse momento de urgência. A primeira delas é que os adultos dessa época carregam uma mentalidade de século 20 e estão criando filhos com uma mentalidade de século 20. Ainda com a convicção de que bastam obras e tecnologia que tudo se resolverá, na crença absoluta da potência humana. Seguidamente sem perceber que esse “pode tudo” causou uma mudança na Terra. Tanto que cientistas respeitados defendem a alteração do nome desse intervalo de tempo geológico do planeta, que passaria a se chamar de Antropoceno – ou o período em que a espécie humana se tornou uma força capaz de deformar a paisagem global.
Outra barreira é o momento geopolítico, com um pesadelo como Donald Trump liderando a maior potência mundial e as democracias em crise existencial profunda. No Brasil, que abriga a maior porção da maior floresta tropical do mundo e deveria estar dando exemplo, mas não está, perdeu-se a chance de fazer uma grande mudança de paradigma quando São Paulo viveu a crise da água. Os interesses eleitoreiros se impuseram, e a população, já esgotada por tantas dificuldades econômicas e decepções políticas, se deixou alienar mais uma vez.
O debate sério sobre a água e a mudança climática só entrará na pauta das eleições deste ano se houver muita pressão dos eleitores. Sem políticas públicas para enfrentar os desafios do aquecimento global e outras alterações provocadas pelo humano, o que inclui desde zerar o desmatamento na Amazônia até ampliar o saneamento básico para toda a população, não há enfrentamento de fato. Mas o contexto é de rebaixamento da política, de um modo geral, e de baixa credibilidade dos políticos tradicionais. Para agravar, Jair Bolsonaro, que já se revelou incansável no ato de proclamar sua ignorância sobre todos os temas, lidera as intenções de voto em cenários sem Lula.
Quem trabalha com as questões da mudança climática tem se feito uma pergunta recorrente: como fazer com que as pessoas compreendam o que acontece hoje no planeta e passem a agir, o que significa tanto pressionar o poder público para tomar as medidas necessárias quanto mudar padrões arraigados e se adaptar a uma vida que será diferente? Havia a expectativa de que São Paulo, pelo tamanho e importância que tem no cenário brasileiro, pudesse ser um laboratório de conscientização e propostas criativas durante a crise da água que começou em 2014. Mas a oportunidade foi perdida. E a crise da água logo foi esquecida pelos que ainda têm o privilégio de poder esquecê-la, como se tivesse sido apenas um soluço.
Com os índices do Cantareira se revelando mais uma vez perigosos, as falsificações e mascaramentos já começaram. Nesta segunda-feira, 21 de maio, o Cantareira estava com 47,8% da capacidade. Em 2012 e 2013, anos que antecederam à crise, o Cantareira operava com 73,5% e 61,5%, segundo reportagem do UOL. Mas a Sabesp (empresa de saneamento do estado de São Paulo) já afirmou que “não há motivo para preocupação”. A irresponsabilidade do “sob controle” já começa a ecoar. Afinal, Geraldo Alckmin deixou o cargo de governador de São Paulo para disputar a presidência da República pelo PSDB.
Há ainda uma outra barreira impedindo que as pessoas despertem. E esta pode ser a mais difícil de transpor. Esse momento da história, no qual a mudança climática se torna o maior desafio, encontra um tipo de humano que foi moldado pela indústria do entretenimento. Homens e mulheres se tornaram adultos infantilizados esperando que lhes digam o que está acontecendo, o que pensar e como reagir, e o que têm de consumir a cada vez, de produtos materiais a conceitos. É nessa chave que entra a atual neurose do “otimismo”, que faz com que os “pessimistas” se tornem uma espécie de traidores que não querem que o mundo melhore.
Já escrevi neste espaço e não me canso de repetir: acusar o mal-estar dessa época é um sinal de saúde mental. Agir como carneiros saltitantes de desenho animado enquanto a Amazônia é destruída, a falta de água ameaça São Paulo, o Ártico degela aceleradamente, os eventos climáticos extremos se sucedem e as populações mais frágeis começam a se deslocar pode demonstrar dificuldade para se conectar com a realidade. Com essa negação é preciso se preocupar.
Mas é para esse tipo de comportamento que a indústria de entretenimento preparou a geração de consumidores de emoções que aí está. E está preparando a nova que vai assumir essa encrenca. As carinhas sorridentes, a raivinha e os coraçõezinhos das redes sociais são um estágio a mais na infantilização da humanidade. Somos adultos botando desenhos fofos em posts o dia inteiro.
Por razões profissionais, costumo frequentar eventos sobre temas sérios. Tenho percebido que, de forma acelerada, parte desses encontros têm se tornado, nos últimos anos, cada vez mais parecidos com programas de TV que os americanos adoram e que parte do mundo imita. Ou seja: temas do momento com diversão e muitas piadinhas. De preferência, o palestrante ou debatedor deve se comportar como um artista de stand up. A plateia, gente adulta, claramente espera ser entretida. Diga que o mundo está acabando, mas de um jeito palatável. Em seguida, faça uma graça. A plateia ri. Às vezes faz uhuhuhu. Tudo é performance. Não se trata de condenar o riso, pelo contrário. O que me refiro é ao espanto de que isso seja necessário. Não é algo casual, isso molda a estética e a ética.
Assim, quem apenas diz o que precisa ser dito é um chato. E o chato ganhou outro nome: “pessimista”. Nesse contexto, o “otimismo” foi alçado a um tipo de superioridade moral. É preciso ter pensamento “positivo” para ser um bom consumidor, também de conceitos. É preciso ser divertido, leve, bem humorado. Se não provocar diversão, é necessário produzir algum sentimento que seja consumível, como enlevar o público. Dar à plateia algo que ela sinta que ganhou naquele momento, mas que não a perturbe além daquele momento. Algo que não a deixe chateada nem estrague o seu dia. A ideia não é produzir movimento, mas oferecer ao consumo do público um produto que venda a sensação de movimento.
No dia 18 de maio, o ambientalista americano Paul Hawken lançou a edição brasileira de Drawdown – 100 iniciativas pra resolver a crise climática (Manole), traduzido por Fernando Gomes do Nascimento. Num evento no Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ele falou sobre como é preciso encontrar uma linguagem para que as pessoas possam alcançar os conceitos da mudança climática e terem a chance de mudar a si mesmas.
E exemplifica. Se ele chegasse em qualquer lugar de São Paulo e perguntasse sobre o que fazer a respeito dos 2 graus Celsius, ninguém teria qualquer ideia ou interesse no assunto. Mas esse é o limite de aquecimento global que não pode ser ultrapassado, embora tudo indique que será. É talvez o número mais importante desse momento histórico para todas as pessoas. Mas, segundo Hawken, e ele tem razão, é preciso encontrar outra maneira de conversar sobre isso, porque a forma como os cientistas – e também os jornalistas – falam não está alcançando o público. Ele acredita ser preciso dar informações às pessoas, para que elas façam suas próprias escolhas – e não impor a elas o que tem de ser feito.
No evento de lançamento, apresentado pelo jornalista Paulo Lima, com a participação do cientista do clima Carlos Nobre e da modelo Gisele Bündchen, a linguagem parece ter agradado à plateia, que reagia com animação. O livro é importante e faz um esforço de apresentar soluções que a maioria das pessoas pode compreender. E qualquer esforço nesse sentido deve ser bem recebido.
Mas é interessante observar como a “venda” do livro aposta no pensamento positivo, no respeito à escolha do indivíduo e na ideia da superioridade moral do otimismo. Aposta também na “oportunidade” representada pela crise climática de uma mudança para melhor na humanidade. O aquecimento global como uma “benção”, não como uma “maldição”, como chegou a ser dito.
“Consideramos o aquecimento global não como um fato inevitável, mas como um convite para construir, inovar e efetuar mudanças, um caminho que desperta a nossa criatividade, compaixão e inventividade. Esta não é uma agenda liberal, nem uma agenda conservadora: essa é a agenda humana”, escreve Paul Hawken.
Na abertura do evento, Pedro Paulo Diniz destacou que essa abordagem da mudança climática pelo pensamento positivo e pelas soluções, em contraposição ao discurso do apocalipse climático, é o que o atraiu nas ideias de Paul Hawken. Herdeiro de uma das famílias mais ricas do Brasil, Diniz tem se dedicado à produção de produtos orgânicos em sua fazenda e é um dos fundadores do Believe.Earth, movimento de histórias positivas por um desenvolvimento sustentável lançado em 2017 no RockInRio.
A ideia de uma “agenda humana” é bonita – e os “believers”, como se apresentam, são bem intencionados. Mas é necessário observar que essa ideia tem sido usada por diferentes forças políticas para borrar algo que atravessa a mudança climática: a desigualdade social e racial. Se a mudança climática lança todos no mesmo barco, como espécie humana habitando o mesmo planeta, a realidade é que há barcos que afundam primeiro, há barcos que já estão afundando, e nesses barcos inseguros estão os mais frágeis. Há barquinhos de papel e há iates de luxo e ultratecnológicos. A mudança climática explicita a desigualdade do Brasil e do mundo. Basta ver quem está se deslocando de suas casas, regiões e países, fugindo dos eventos extremos.
Essa ideia da “agenda humana”, se por um lado é bonita e verdadeira, precisa ser vista com cautela, para não ser usada para apagar a desigualdade, que é agenda urgente também no tema da mudança climática. Esse discurso se alinha àquele que busca borrar as diferenças fundamentais entre direita e esquerda. Assim como é preciso olhar com cautela para esse exacerbamento da ideia da mudança individual.
Se é necessário que cada um mude seus padrões de consumo e se responsabilize por sua pegada no planeta, as medidas efetivas, urgentes e importantes para enfrentar os desafios do aquecimento global são medidas construídas no espaço público. É no campo da política que esse debate tem que ser travado. É também por medidas públicas que os mais frágeis são protegidos e a desigualdade é combatida.
Gisele Bündchen, a modelo mais bem sucedida da história, assina um dos prefácios do livro e apoia o projeto. Ela é uma mulher interessante, que tem feito muito para divulgar a causa ambiental quando tantos na sua posição não fazem nada a não ser gastar o dinheiro acumulado. E seu poder de alcance é imenso. Gisele começou a se tornar uma voz em defesa do meio ambiente quando, anos atrás, foi ao Parque Nacional do Xingu. Esperava uma Amazônia mítica, no gênero Avatar, blockbuster de James Cameron, e se deparou com a realidade de uma floresta corroída junto com seus povos.
Há um depoimento de Gisele Bündchen durante o debate que pode ajudar alguns pais nesse momento em que é tão necessário educar um filho para o mundo que aí está. Na prática, Gisele parece escolher uma linguagem mais dura do que fofa para tratar da destruição do planeta com suas crianças:
– Todos nós temos que tomar responsabilidade sobre como vivemos a nossa vida, porque todos temos impacto. Claro que, quando empresas grandes mudam, o impacto é muito maior do que uma casa e outra casa. Mas acho que a consciência começa em cada ser humano. Qual é a minha responsabilidade aqui? Em casa nós temos nosso jardim, solar panels (painéis solares), a gente usa filtro. Se entra uma garrafa de plástico na minha casa eu viro monstro, entendeu? Eu mostrei um vídeo pros meus filhos esses dias, em que abriram uma baleia, e era puro plástico dentro da baleia. As minhas crianças falam que são os protetores da natureza. Eu tô sempre mostrando pra eles, porque eles têm que saber qual é o impacto. Meu filho tem 8 anos, e nos últimos dois ele não quis mais presente. Eu falei pra ele que o presente pode acabar na barriga de uma baleia no mar. (risadas da plateia). Antes de dormir leio um livrinho pros meus filhos, e às vezes eles querem ver fotos. Teve o momento em que eu mostrei as fotos dos órfãos elefantes, e ele ficou muito emocionado com aquilo. Aí, no aniversário de 6 anos ele pediu pros amiguinhos: “Doe pra essa fundação que eles protegem os elefantes”. Trinta crianças chegaram lá em casa e estavam ajudando ele a ajudar os elefantes. Ele fala pra irmãzinha dele agora: “Vivi, escuta aqui, deixa eu te falar uma coisa: Você quer matar os bichos no mar?”. É muito importante a gente ter noção de que a forma que a gente escolhe viver tem um impacto no mundo inteiro. A gente tem que ter noção disso, a gente tem que ver qual é o impacto e como a gente pode melhorar as nossas ações. Essa é a nossa casa, a única que temos. Não vai descer um santo aqui e resolver o nosso problema. Nós vamos ter que resolver.
É interessante que Gisele Bündchen conversa com os filhos sem fazer pirotecnias verbais ou acrobacias psicológicas. Demonstra respeitar a inteligência dos filhos e sua capacidade emocional de lidar com fatos difíceis, assim como apostar na formação de discernimento. Mostra a baleia morta com plástico dentro e diz: “É pra lá que seu brinquedo pode ir. O que você vai fazer a respeito?”. As crianças, filhas de um dos casais mais famosos e ricos do mundo, escutam o que muitos adultos parecem não estar conseguindo escutar. E estão sendo ensinadas a se responsabilizar pelo seu impacto no planeta.
Encontrar uma linguagem para que as pessoas sejam capazes de nomear o seu mal-estar e pressionar por medidas de reversão do aquecimento global é ainda um desafio. Mas não há tempo para esperar que os adultos infantilizados de hoje sejam emancipados. Mudar padrões de consumo não é apenas uma questão de escolha do indivíduo, já que a maioria dos mais atingidos hoje pelos efeitos da mudança climática são os que não têm escolha, os mais pobres e os mais frágeis. Basta lembrar quem sofreu mais na crise da água de 2014 em São Paulo. Mudar padrões de consumo é obrigação ética, compromisso com o coletivo, princípio básico da vida em comunidade.
A chave desse momento histórico não está entre o otimismo e o pessimismo – ou entre o pensamento positivo e o negativo. Não há tempo para esses truques de auditório. A crise climática é gravíssima e seus efeitos só estão começando. Adultos precisam ser capazes de escutar. E de reagir com algo mais do que carinhas sorridentes ou vermelhas de raiva. É preciso romper a estética do entretenimento porque ela não é ética. Nada está “sob controle”. É exatamente isso que precisa ser dito.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
O mundo precisa de adultos responsáveis, não de otimismo infantilizado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU