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A história de um escândalo em Castro, Itália

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22 Março 2018

"A história de Helena, recolhida em um convento por ter tido um filho com o bispo, mostra os limites e os atrasos da reforma católica.", escreve Massimo Firpo, historiador italiano e professor da Universidade de Turim e da Scuola Normale Superiore di Pisa, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 18-03-2018. A tradução é de Ramiro Mincato. 

Eis o artigo. 

A pequena cidade de Castro e seu território, da costa entre Lazio e Toscana até o lago de Bolsena, foram elevados a Ducado, em 1537, pelo papa Paulo III, e subjugados a seu filho, o brutal Pier Luigi Farnese, que imediatamente encomendou a Antonio da Sangallo, o Jovem, palácios e edifícios dignos de um pequena corte. Foi muito pouco, no entanto, para satisfazer a ganância nepotista do Papa, que em 1545 fez uma operação semelhante com Parma e Piacenza, subtraindo-os do estado da Igreja. Uma sede muito mais atraente e prestigiada, o das duas cidades emilianas, em comparação com a intransponível fortaleza infestada de malária mortal, que provocou a fome na Maremma, assediada pela pilhagem, e que acabou se tornando um feudo secundário da família. Em 1641, Urbano VIII Barberini ocupará, com suas tropas, o pequeno Ducado, na assim chamada guerra de Castro, posteriormente mais uma vez retomada por Inocêncio X Pamphili, que em 1649, finalmente, ordenará a derrubada à terra de todos os edifícios, dos quais, hoje, apenas algumas ruínas permanecem escondidas sob densa vegetação.

ROSCIONI, Lisa.
La badessa di Castro. Storia di uno scandalo.
Bolonha: Il Mulino, 2017. 250 p.

Foi neste pequeno mundo fechado, depopulado por febres e praticamente marginalizado, que ocorreu a trágica história de Helena (no civil, Porzia) Orsini di Pitigliano, descendente da poderosa família romana, que tinha transferido a Castro, alguns anos antes, um convento cisterciense, do qual a monja era abadessa, um papel devido ao seu grau social, que atenuava - na medida do possível – o destino imposto pela prática das monacalizações forçadas. Daqui até o início de setembro de 1573, creditando vozes e fofocas difusos há algum tempo, se escreverá para o "grande cardeal" Alessandro Farnese, em Roma, que "se tem como certo que a abadessa de Castro parturiu um menino; o pai é dito ser o bispo", isto é, Francesco Cittadini, que assumira a diocese em 1569.

Imediatamente repercutida na corte do Duque Otavio, em Parma, a notícia envolvia poderosas hierarquias sociais e políticas, e não surpreende, então, o escândalo, que induziu o Podestá a abrir um processo contra as pessoas envolvidas no caso, servos do bispo, mulheres que ajudaram a abadessa a dar à luz, monjas testemunhas da relação sacrílega e da gravidez.

A autora reconstrói com minuciosos detalhes a realização destes procedimentos, cujos complexos acontecimentos também são explicados pela pluralidade dos regulamentos legais e jurisdições, sem contar com os objetivos políticos, ambições familiares, conflitos pessoais entrelaçados em torno do pequeno Ducado. Mais de sessenta pessoas foram interrogadas entre 1573 e 1574, e alguns deles também foram submetidos a tortura para verificação dos fatos, a começar pela própria abadessa, no habitual gotejamento de reticências, mentiras, retrações, confissões que acompanhavam o surgimento de uma verdade processual, que, provavelmente, desde o primeiro momento, o tribunal já sabia muito bem (ou acreditava saber) ser uma realidade factual. Enquanto isso, exceto que aquela mãe infeliz, prisioneira de seu status de freira e nobre, ninguém mais se interessou pelo bebê, imediatamente confiado a uma babá distante, e em seguida, a algum pio instituto, onde sua vida não demorou a apagar-se.

Depois de tentar proteger o bispo, atribuindo a outros a paternidade, "completamente mortificada e aflita”, irmã Helena não demorou a fazer uma confissão completa, também em um confronto dramático direto com o bispo, Fernando Cittadini, que, em vez disso, não hesitavam em acusá-la de mentir descaradamente, e negava qualquer acusação. Era a única estratégia possível, além disso, se quisesse salvar a si mesmo, a própria honra e, portanto, seu cargo, embora todos ou quase, naquela pequena aldeia, soubessem como as coisas tinham sido. E, na verdade, o juiz não acreditou nele e o fez trancar na prisão de Tor di Nona, em Roma. A conclusão do julgamento não é conhecida, mas não foi o bispo que pagou o preço desse escândalo, já que simplesmente se retirou para sua região natal na Lombardia, continuando a desfrutar dos benefícios eclesiásticos, graças à proteção de Gregory XIII e Carlo Borromeo, mantendo o título episcopal até 1581, ano de sua morte, embora, obviamente, nunca tenha voltado a Castro. A pagar o preço foi, ao invés, Irmã Helena, fechada em um convento onde morreu em pouco tempo, de desgosto ou de malária, e as freiras do convento, a quem foi imposto clausura severíssima.

Não são, no entanto, os assuntos privados dos seus protagonistas que dão significado histórico ao sombrio caso então ocorrido na sombria, deprimente e repulsiva cidade do Lazio, mas sim o fato de que ele lança uma luz reveladora sobre o que nos livros didáticos da história é definido como Reforma Católica ou disciplinamento pós-tridentino da Igreja, como resultado de profunda renovação pastoral resultante da reação à Reforma Protestante e à nova legislação conciliar. Essa monacalização forçada, aquele convento em ruínas, aquele claustro sempre violado, o contínuo intercâmbio de dons entre as freiras e o bispo, aquele costume de apresentar-se à entrada em roupas laicas, aquele nascimento sacrílego e o menino feito desaparecer, aquele prelado mentiroso e impunido oferecem uma imagem muito vívida não só e não tanto do "inferno monástico" descrito em Veneza pela irmã Arcangela Tarabotti, mas das muitas limitações e atrasos daquela alegada reforma católica, especialmente quando seus nobres príncipes interfiam com a honra, o cargo, a arrogância, a habitual impunidade dos expoentes do clero, especialmente se estes giravam em torno de famílias com nomes ilustres, Orsini, Farnese, Borromeo. Nem as coisas estavam destinadas a mudar tão cedo, como demonstra, mais de meio século depois, o caso nefasto da freira de Monza tornado famoso por Manzoni.

Nos anos quarenta do século XVII, a guerra de Castro teria trazido de volta à atualidade esse amargo caso, dando vida a reconstituições históricas mais ou menos arbitrárias, mas parcialmente baseadas em documentos processuais, nos quais se inspirou Stendhal, no século XIX, para narrar a vida da Abadessa de Castro, toda percorrida pela sanguinária e imaginativa imagem do século XVI italiano. Mas esta é outra história, uma história totalmente literária, que tem pouco a ver com a história da Igreja e da sociedade italiana do século XVI, mas é sobre isso que se demora, até demais, a última parte do livro.

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