06 Fevereiro 2018
Segundo a Superintendência, esse é o maior número de apenados já registrado no estado. Já o número de monitorados por tornozeleira eletrônica subiu 50% em um ano, de 1,6 mil para 2,4 mil.
A reportagem é publicada por G1, 05-01-2018.
O sistema penitenciário do Rio Grande do Sul encerrou 2017 com cerca de 37 mil presos. Em um ano, houve um aumento de 3.446 pessoas nos regimes fechado, semiaberto e aberto. Conforme o balanço divulgado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) nesta quinta-feira (4), é um número histórico.
Desse número de presos, 36.005 são homens e 1996, mulheres. Em maio de 2016 , a população carcerária gaúcha já havia batido o recorde de 34.190 pessoas. Ainda de acordo com a Susepe, todos os presídios do estado estão superlotados.
A Divisão de Monitoramento Eletrônico da Susepe também teve aumento no número de usuários da tornozeleira eletrônica. Subiu de 1,6 mil em 2016 para 2,4 mil em 2017, um acréscimo de 50%.
De acordo com a Susepe, uma equipe técnica foi formada para trabalhar exclusivamente com os bloqueios do equipamento por meio de papel alumínio.
O Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes), responsável pelas operações, revistas e escoltas de maior periculosidade, passou 142 dias em operações e 48 dias em escoltas de risco, conforme balanço apresentado. O total de revistas efetuadas por agentes penitenciários nos estabelecimentos prisionais do estado foi de 370.
O Departamento de Segurança e Execução Penal da Susepe (DSEP) coordena as operações no interior das casas prisionais.
As apreensões feita pelos pelos agentes de plantão totalizaram em 4.163 celulares, 1.884 chips, 1.458 armas brancas/estoques, 108 serras/limas, 82.700kg de maconha, 1.976kg de cocaína, 1.670kg de crack, 7.206 de drogas sintéticas e mais de 90 litros de bebidas alcoólicas.
A última edição do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgada em dezembro passado pelo Ministério da Justiça diz que, em junho de 2016, a população carcerária do Brasil atingiu a marca de 726,7 mil presos, mais que o dobro de 2005, quando o estudo começou a ser realizado. Naquele ano, o Brasil tinha 361,4 mil presos, de acordo com o levantamento.
Esses 726 mil presos ocupam 368 mil vagas, média de dois presos por vaga. "Houve um pequeno acréscimo de unidades prisionais a partir de 2014, muito embora não seja o suficiente para abrigar a massa carcerária que vem aumentando no Brasil. Então, o que nos temos, é um aumento da população carcerária e, praticamente, uma estabilidade no que se refere à oferta de vagas e oferta de estabelecimentos prisionais", afirmou o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Jefferson de Almeida.
Em 2017, as Delegacias de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPPs) do Rio Grande do Sul cumpriram 578 ordens judiciais de prisões preventivas, oito ordens de prisões temporárias, realizaram 153 prisões em flagrantes e capturaram 61 foragidos. O balanço foi divulgado pela Polícia Civil.
As seis especializadas do DHPP apreenderam mais de 238 quilos de drogas e apreenderam 88 armas e 1.692 munições. Todas as prisões resultaram de trabalhos de investigação relacionados a homicídios tentados e consumados em Porto Alegre.
O chefe de polícia, delegado Emerson Wendt, considerou a atuação das delegacias e dos agentes e delegados, “extremamente satisfatória”. Segundo ele, a redução dos homicídios em Porto Alegre superou a marca dos 20%.
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População carcerária do Rio Grande do Sul chega a 37 mil em 2017, diz Susepe - Instituto Humanitas Unisinos - IHU