27 Outubro 2017
''Tive a tranquilidade de entender que, apesar de todos os convites que foram feitos — de forma legítima, muitos achando que o governo Michel Temer não tinha mais condições de continuar — eu continuei dizendo a todos: acho até que o presidente Michel tem muitas dificuldades, mas isso tem que acontecer de forma natural. Como eu sentia que não era essa a vontade natural da Câmara, entendi que não cabia a mim fazer nenhum movimento, porque acho que eu geraria uma instabilidade” – Marco Maia, DEM, presidente da Câmara de Deputados – portal Uol, 27-10-2017.
Por quê? Eis a avaliação de Rodrigo Maia: Ao se apropriar das primeiras manifestações de rua organizadas contra o novo governo, partidos de esquerda afugentaram os descontentes da classe média. E Temer livrou-se de um enorme adversário que teve enorme influência no impeachment de Dilma Rousseff: o ronco do asfalto” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 27-10-2017.
“Não tem um show no Brasil, hoje, sem um ‘Fora, Temer’. No Rock In Rio foi assim, no U2 também foi assim. O Paulinho da Vilola, outro dia, foi fazer um evento em Porto Alegre e levou uns dez minutos para entrar no palco, porque era “Fora, Temer”. A classe média acabou se manifestando nos seus ambientes. Só que esses ambientes não repercutem da forma como precisam repercutir, para influenciar o parlamentar a fazer o voto da forma como essa parte importante da sociedade imaginava” – Marco Maia – DEM – presidente da Câmara – portal Uol, 27-10-2018.
“A escravidão ainda não acabou, esse é o problema. Estávamos caminhando a passos largos para que essa escravidão contemporânea acabasse. Sentimos que agora vai ficar muito mais difícil. Se essa portaria não sair de cena, não sei quanto tempo ainda ficaremos enfrentando isso, porque as pessoas não vão mais denunciar, não vão mais acreditar nas autoridades, no país. É uma tragédia para quem dedicou tantos anos de luta contra a escravidão” – Marinalva Dantas, auditora fiscal do trabalho que atuou na chefia do grupo móvel do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), foi responsável por operações que resgataram cerca de 2.500 trabalhadores em situação análoga à escravidão – Portal Uol, 27-10-2017.
"Temer consumiu todos os recursos que tinha para fazer sua própria sobrevivência no poder. Esse governo será, daqui por diante, um governo ainda mais fraco, sem capacidade de injetar recursos em projetos de políticas públicas de verdade” – Malco Camargos, cientista político – Portal Uol, 27-10-2017.
“A Câmara saiu machucada, sem dúvida. Quem não achar isso está enxergando pouco. O deputado é cobrado nas bases, nas redes sociais. A gente não pode esconder que a sociedade pediu o afastamento, e a Câmara entendeu que não valeria a pena. A maioria decidiu de forma democrática. A questão é conseguir explicar isso ao eleitor” – Rodrigo Maia – DEM – presidente da Câmara – Folha de S. Paulo, 27-10-2017.
“O governo tem muitas bocas falando demais. Fazem intrigas pela imprensa, plantam matérias que não são verdadeiras. Isso atrapalha o presidente, porque gera insegurança quando você vai ao palácio conversar. Conseguiram transformar o Jaburu num lugar aonde ninguém mais quer ir. O entorno do presidente é o entorno da fofoca” – Rodrigo Maia – DEM – presidente da Câmara – Folha de S. Paulo, 27-10-2017.
“Jamais veremos um Congresso tão ruim quanto este que vê com naturalidade as denúncias de corrupção e obstrução de justiça contra o presidente” – Miro Teixeira, deputado federal - REDE-RJ, sobre o resultado da votação que livrou o Temer de processo no Supremo – O Estado de S. Paulo, 27-10-2017.
“Integrantes do Supremo disseram que sabiam que o ministro Luís Roberto Barroso estava exaurido das farpas lançadas por Gilmar Mendes, mas ninguém esperava uma reação tão contundente como a que ele externou nesta quinta (26), em duro embate com o colega no plenário da corte” – Daniela Lima, jornalista – Folha de S. Paulo, 27-10-2017.
“Barroso, que recebeu a solidariedade dos colegas, é conhecido por meditar quase diariamente. Diz a amigos que adotou o hábito para manter a serenidade” – Daniela Lima, jornalista – Folha de S. Paulo, 27-10-2017.