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As grandes cadeias de distribuição, um poder global

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11 Julho 2017

Comumente, a crítica se centrou na produção e no consumo, mas as cadeias de distribuição constituem grandes centros de poder. E mais, os modelos de distribuição e comercialização dominantes influenciam de maneira decisiva na produção. Esta é a tese central do livro La dictadura de los supermercados, publicado pela jornalista Nazaret Castro, na coleção A Fondo de Akal. Caso se considere o setor têxtil (Inditex, Mango e H&M), os artigos esportivos (Decathlon), os brinquedos (Toys’R’Us e Imaginarium), os móveis (Ikea), a eletrônica (Media Markt), os cosméticos (Yves Rocher), a alimentação (Carrefour) e os livros, entre outros negócios (Amazon), há uma série de tendências que se repetem, como a diminuição do comércio de proximidade e a mudança na correlação de forças entre pequenos produtores e grandes empresas.

A reportagem é de Enric Llopis, publicada por Rebelión, 10-07-2017. A tradução é do Cepat.

Em 2015, os gigantes da distribuição mundial eram as estadunidenses Walmart e Costco; a francesa Carrefour; a alemã Schwarz (proprietária de Lidl); Tesco, da Grã-Bretanha e The Kroger, dos Estados Unidos. Em relação às espanholas, Mercadona ocupava a 42ª posição no cenário global; Inditex, a 44ª; El Corte Inglés, a 66ª e Dia a 72ª.

Para se ter uma ideia do poder destas empresas, a cadeia de supermercados Walmart faturou, em 2013, o equivalente a mais de um terço do PIB espanhol. O livro da coleção dirigida pelo jornalista Pascual Serrano responde, em 215 páginas, à questão de fundo, delineada no próprio subtítulo: “Como as grandes distribuidoras decidem o que consumimos”. O estudo do setor da alimentação na Espanha oferece algumas pautas: as grandes distribuidoras controlam 46% do mercado, embora estudos oficiais elevem o número a 72%. Somente cinco empresas – Mercadona, Eroski, Carrefour, Auchan e Dia – controlam a distribuição varejista. O reverso da concentração no negócio alimentício é a redução do pequeno comércio, que passou de 95.000 lojas, em 1998, para 25.000 no ano de 2004.

Em escala global, a tendência atinge limites extremos. Apenas uma dezena de corporações produzem e distribuem mais de dois mil produtos vendidos em todo o planeta. Por exemplo, os de Coca-Cola, que são consumidos em uma quantidade de mais de 1,7 bilhão por dia. Grupos como Nestlé têm o registro de 8.000 marcas diferentes, que circulam pelo mundo em busca de consumidores. Entre as múltiplas reprovações efetuadas a estas corporações, encontra-se a de evasão fiscal. Nazaret Castro recorda que Inditex foi autuada por utilizar filiais na Holanda, Suíça e Irlanda para pagar menos impostos. A empresa negou estas acusações. Denúncias semelhantes foram realizadas sobre Ikea (desvio a Liechtenstein, durante duas décadas, de 3% de cada venda realizada).

Nazaret Castro é cofundadora do coletivo de jornalismo de investigação independente Carro de Combate, que denuncia os impactos sociais e ambientais do consumo cotidiano. Junto à jornalista Laura Villadiego, publicou os ensaios Amarga dulzura. Una historia de los orígenes del azúcar (2013) e Carro de Combate. Consumir es un acto político (2014). No livro editado por Akal, destaca a chegada ao estado espanhol de gigantes da distribuição como Costco, que iniciou a penetração por Sevilla (2014) e continuou em Getafe (2015). Com o prévio pagamento de uma cota anual, o cliente de Costco pode adquirir em uma superfície de 15.000 metros quadrados qualquer tipo de produto: desde alimentos e eletrodomésticos, até gasolina barata. Em relação às vendas online, Amazon conta com um serviço de mensagem (o aplicativo Amazon Prime Now) que distribui produtos frescos a seus clientes; conta também com um Market Place virtual, explica Nazaret Castro, que permite aos pequenos produtores vender diretamente seus artigos ao consumidor, sempre que garantam a Amazon 15% do preço da venda. O catálogo inclui produtos do lar, beleza e eletrônica. A comodidade do consumidor é o argumento que justifica os novos métodos.

Em La dictadura de los supermercados se explica de modo evidente o desequilíbrio na relação mercantil. “Os grandes distribuidores asfixiam seus provedores com políticas abusivas, como as draconianas condições de pagamento; ou com descontos de até 20% nas entregas”, explica a jornalista. Um dos grandes exemplos é o caso dos pecuaristas e o setor lácteo. Além disso, no estado espanhol, as grandes distribuidoras optaram por diversos tipos de procedimentos: a abertura de locais no bairro, a guerra de preços para conquistar os consumidores, a inclinação a produtos frescos e as chamadas “marcas brancas”, que em Mercadona alcançaram mais de 40% dos produtos à venda. Outra via de expansão foi a das franquias, que no caso de Dia acabaram, em diferentes ocasiões, com ações nos tribunais contra a empresa. Prova do esforço do franquiado são as cafeterias (Starbucks), salões de beleza (Llongueras), padarias e clínicas odontológicas (Vitaldent).

Autora da pesquisa Cara y cruz das multinacionais espanholas na América Latina (2014), Nazaret Castro conta com um mestrado em Economia Social e Solidária pela Universidade Nacional de General Sarmiento, de Buenos Aires. Em La dictadura de los supermercados não exclui a referência a casos concretos. Sendo assim, no setor têxtil coloca o foco na Inditex, que posiciona em disputa com dois grandes rivais: Gap (Estados Unidos) e H&M (Suécia). A jornalista chama a atenção a respeito dos 16 bilhões de euros que a Inditex faturou, em 2012, através de suas lojas em 12 países; e sobre o fato de que o grande patrão, Amancio Ortega, seja um dos homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes. Dos 29 euros que pode custar uma camiseta distribuída por estas grandes cadeias, a quantidade destinada ao salário dos trabalhadores que a produzem não ultrapassa os 5%. A explicação está nos procedimentos de subcontratação e deslocalização, com diminuição de direitos trabalhistas para países do Sul. Nesse contexto, deu-se a morte de 1.129 pessoas ao desabar, em abril de 2013, o edifício Rana Plaza, em Bangladesh.

O modo de operar não é muito diferente no setor de móveis. “Ikea trabalha com 1.800 provedores de mais de 50 países. Antes de produzir um artigo, investiga qual provedor realiza mais barato cada passo da cadeia de produção, a fim de obter o máximo de lucro”, explica a pesquisadora. De fato, Ikea foi objeto de acusações pelo uso de mão de obra infantil no Paquistão. O mesmo acontece em um negócio bem diferente, o do livro, onde empórios como Penguin Randon House ou Planeta se expandem à custa de selos pequenos e médios, ao mesmo tempo em que se fecham livrarias de bairro.

O modelo global de grandes distribuidoras produz impactos muito negativos no emprego. Para cada posto de trabalho gerado pela cadeia Walmart, 1,4 são destruídos em outros negócios. E quando esta multinacional foi implantada no México, a ONG ProDesc denunciou que transgredia de modo sistemático a legislação trabalhista. Nos Estados Unidos, Walmart também recebeu denúncias por supostas ameaças a funcionários que participaram de greves. No entanto, esta corporação se apresenta como inovadora; por exemplo, ao introduzir estratégias como o bônus para os trabalhadores que cumprirem as metas de produtividade. Nazaret Castro destripa a fundo a correlação deste modelo trabalhista na Espanha: o submundo de exploração escondido por Mercadona e seu princípio de “Qualidade Total”.

Não é uma questão menor o impacto ambiental gerado pelo sistema vigente. Morangos que da Califórnia atravessam 9.000 km antes de chegar à Inglaterra; ou novilho australiano que acaba nos mercados britânicos, após percorrer 21.000 km. Pelo preço menor, o transporte marítimo em contêineres se tornou a pedra angular do comércio global. Mas, justamente por esta generalização, veio uma das grandes fontes emissoras de gases do efeito estufa. Ao mesmo tempo, os resíduos estão afogando os mares e todos os anos são desperdiçados ou lançados ao lixo 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, segundo a FAO. Desse modo, o que Nazaret Castro denomina a “neoliberalização da comida” também se resume ao poder de algumas poucas – seis – corporações: Hendrix, Genus, Monsanto, Cargill, ADM e Bunge.

A jornalista estudou a fundo dois componentes da dieta, o óleo de palma e o açúcar. Em relação ao primeiro, “o momento do consumo é o último elo de uma cadeia que começa em regiões tropicais da África, América e sobretudo do sudeste asiático, onde a palma é, há anos, a principal causa do desmatamento”. Além do mais, expulsa as populações camponesas de seus territórios e modos de vida. Trata-se, atualmente, do óleo vegetal mais consumido no mundo. A ingestão de açúcar, em muitas ocasiões “invisível” no pão, nos salgados, no embutido ou nos molhos de tomate, também deixa um profundo rastro nos povos do Sul.

“Cozinhar é um ato político”, defende Nazaret Castro. Denuncia que o sistema atual converte os animais em mercadoria. O poder da indústria da carne pode ser condensado em cinco grandes empresas: JBS, Tyson Foods, Cargill, BRF e Vion. O mesmo grau de concentração se estende para muitos outros setores, por exemplo, aos cosméticos: Procter & Gamble, L’Oreal, Unilever, Estée Lauder e Avon. A última parte do livro se dedica às alternativas: grupos de consumo, mercados sociais, agroecologia autogerida e colegiada... “Cada ato de consumo é um gesto de dimensão planetária”, afirma o filósofo brasileiro da Economia Solidária, Euclides André Mance.

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