07 Março 2017
Depois da polêmica gerada pelo envio de um documento a diretores de escolas municipais que informava a diminuição na quantidade de carne destinada às instituições de ensino para a merenda, a prefeitura de Porto Alegre recuou. Nesta segunda-feira, a administração municipal garantiu que "não há e não haverá diminuição da alimentação dos estudantes por falta de recursos".
A reportagem é de Jéssica Rebeca Weber, publicada por portal Zero Hora, 06-03-2017.
Entretanto, no prato dos alunos da Escola Governador Ildo Meneghetti, a maior da rede municipal, a única coisa que tinha, ao meio-dia, era feijão e arroz (com um pouco de milho e ervilha misturados). A instituição, localizada no bairro Rubem Berta, não recebeu da prefeitura nenhum tipo de carne e nem ovo para servir de almoço no primeiro dia de aula, conforme a diretora Angelita Porto e Silva.
A cozinheira Mara Regina Menezes, 47 anos, conta que ela mesma levou o tempero para dar algum sabor à refeição modesta das crianças:
— Eu trouxe o "Sazon" e a cebola de casa. Tem crianças que dependem desse almoço, isso é tudo para eles.
A cozinheira trabalha há cinco anos no colégio e diz que nunca precisou servir variedade tão pequena aos alunos. Mara e Angelita afirmam que a prefeitura sempre encaminhava carne ou ovo, salada e alguma fruta para a refeição.
Zero Hora contatou a Secretaria Municipal de Educação (Smed) no começo da tarde desta segunda, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
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Maior escola municipal de Porto Alegre serve só arroz e feijão de almoço no primeiro dia de aula - Instituto Humanitas Unisinos - IHU