Equador saberá até quinta se vai haver 2º turno nas eleições presidenciais, diz órgão eleitoral

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Fevereiro 2017

Para vencer no primeiro turno, candidato que lidera contagem precisa atingir ao menos 40% dos votos e ter ao menos dez pontos percentuais de diferença para segundo colocado; Lenín está 10,82 pontos à frente de Lasso, mas está com cerca de 39%

A informação é publicada por Opera Mundi, 20-02-2017.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do Equador anunciou nesta segunda-feira (20/02) que até em três dias o país saberá se Lenín Moreno, candidato de Rafael Correa, vencerá as eleições presidenciais do último domingo (19/02) no primeiro turno ou se precisará disputar um segundo com o oposicionista Guillermo Lasso no dia 2 de abril.

Com 88,5% apurados, Lenín tem 39,12% dos votos, contra 28,3% de Lasso e 16,31% de Cynthia Viteri (Partido Social Cristão). Mais de 12 milhões de equatorianos foram às urnas no domingo.

Para vencer no primeiro turno, o candidato que lidera a contagem precisa atingir ao menos 40% dos votos e ter ao menos dez pontos percentuais de diferença para o segundo colocado. Lenín só cumpre, até o momento, o segundo requisito: está 10,82 pontos percentuais a frente de Lasso.

De acordo com o presidente do CNE, Juan Pablo Pozo, há inconsistências nas atas – como, por exemplo, registros de totalização de urnas sem assinaturas dos mesários ou ilegibilidade. Segundo Pozo, 5,49% (cerca de 2.250 das 41.042 atas) têm algum problema.

Os resultados oficiais devem ser divulgados, afirmou Pozo, em um prazo de cinco a oito dias. O presidente do CNE disse que vai chamar Lenín e Lasso para conversar e explicar os procedimentos de apuração.

As pesquisas de boca de urna oscilavam entre uma vitória apertada de Lenín em primeiro turno e a disputa em segundo turno entre o candidato governista da Aliança País e Lasso, que afirmou, logo após a divulgação dos levantamentos, no domingo, que começaria a trabalhar "amanhã mesmo [segunda]" para a nova etapa. Lenín, por sua vez, disse em entrevista à emissora RT que está 'confiante' de que leva no primeiro turno, mas que está pronto para uma eventual segunda rodada.

Candidatos

O ex-vice-presidente Lenín, de 63 anos, anunciou em outubro do ano passado, quando aceitou a indicação para candidatura do presidente Correa, que seu companheiro de chapa na cédula eleitoral seria o atual vice, Jorge Glas. O candidato do movimento governista AP (Aliança País), defende uma "cirurgia maior" contra a corrupção e promete a criação de 250 mil postos de trabalho ao ano, assim como ações para a construção de 40 escolas técnicas e a erradicação da desnutrição infantil.

Com Moreno, o correísmo pretende continuar a “Revolução Cidadã”, que impulsionou políticas de inclusão social desde a chegada da Aliança País ao poder em 2007, além de implementar uma nova constituição em 2008. Tendo como inspiração a Revolução Liberal do Equador na virada do século 19 para o século 20, a atual constituição equatoriana segue a linha política do bolivarianismo. Para as eleições de 2017, o correísmo será representado pela Frente Unidos, coalizão formada pela Aliança País, Partido Socialista Equatoriano, Partido Comunista Equatoriano e outras organizações políticas menores.

Por sua vez, o ex-banqueiro Lasso, líder do movimento conservador Creo, propõe a eliminação de 14 impostos, a criação de 1 milhão de empregos e a supressão da lei de meios, algo também defendido por Viteri, que, nas pesquisas, já aparecia no terceiro lugar, com cerca de 14% das intenções de voto.

Leia mais