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Discurso do Papa Francisco no 3º EMMP. Este sistema é terrorista: enfrentemos o terror com o amor!

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11 Fevereiro 2017

"Enfim, o Papa deixa-nos uma mensagem de fé e esperança com um caloroso apelo: “Caros irmãos e irmãs, todos os muros ruem. Todos! Não nos deixemos enganar. Como vocês mesmos disseram: ‘continuemos a trabalhar para construir pontes entre os povos, pontes que nos permitam derrubar os muros da exclusão e da exploração’. (Documento conclusivo do 2º EMMP, 11 de julho de 2015, Santa Cruz de la Sierra, Bolívia). Enfrentemos o terror com o amor!”. Escutemos! Não sejamos omissos! Vamos à luta!", escreve Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia (UFG).

A primeira parte deste artigo pode ser lida aqui.

Eis o artigo.

2. Este sistema é terrorista: enfrentemos o terror com o amor!

Em seu Discurso, o Papa Francisco - com a simplicidade e a humildade de um homem que escuta o povo e aprende com ele - revela-nos: “Gostaria de abordar alguns temas mais específicos, que vocês me sugeriram, que me levaram a refletir (reparem: que vocês me sugeriram, que me levaram a refletir!) e que volto a apresentar a vocês neste momento”. Os temas são: “O terror e os muros”, “O amor e as pontes” e “A falência e o resgate”

No tema “O terror e os muros” destaco o segundo ponto marcante do Discurso de Francisco aos participantes do 3º EMMP: Este sistema é terrorista: enfrentemos o terror com o amor!

O Papa - embora reconheça que “este nosso diálogo com os Movimentos Populares, que se acrescenta aos esforços de muitos milhões de pessoas que trabalham diariamente pela justiça no mundo inteiro, começa a ganhar raízes” - com muito realismo diz: “No entanto esta germinação, que é lenta e que tem os seus tempos, como todas as germinações, é ameaçada pela velocidade de um mecanismo destruidor que age em sentido contrário”.

Com firmeza, Francisco denuncia: “Existem forças poderosas que podem neutralizar este processo de amadurecimento de uma mudança, que seja capaz de mudar o primado do dinheiro e pôr novamente no centro o ser humano, o homem e a mulher. Aquele ‘fio invisível’, do qual pudemos falar na Bolívia, aquela estrutura injusta que une todas as exclusões que vocês padecem, pode consolidar-se e transformar-se num chicote, num chicote existencial que, como no Egito do Antigo Testamento, escraviza, rouba a liberdade, golpeia sem misericórdia alguns e ameaça constantemente os outros, para abater a todos como gado, até onde o dinheiro divinizado quer”.

O Papa pergunta e, ao mesmo tempo, responde: “Quem governa? O dinheiro. Como governa? Com o chicote do medo, da desigualdade, da violência financeira, social, cultural e militar que gera cada vez mais violência numa espiral descendente que parece infinita. Quanta dor e quanto medo!”.

Francisco continua denunciando: “Existe - como eu disse recentemente - um terrorismo de base que provém do controle global do dinheiro na terra, ameaçando a humanidade inteira. É deste terrorismo de base que se alimentam os terrorismos derivados, como o narcoterrorismo, o terrorismo de Estado e aquele que alguns erroneamente chamam terrorismo étnico ou religioso. Mas nenhum povo, nenhuma religião é terrorista! É verdade, existem pequenos grupos fundamentalistas em toda a parte. Mas o terrorismo começa quando ‘se expulsa a maravilha da criação, o homem e a mulher, colocando no seu lugar o dinheiro’ (Conferência de imprensa no voo de regresso da Viagem Apostólica à Polónia, 31 de julho de 2016). Este sistema é terrorista (reparem mais uma vez: este sistema - o nosso sistema - é terrorista!)”. Quanta coragem profética nas palavras do Papa!

Numa breve memória histórica, Francisco lembra: “Há quase cem anos, Pio XI previu o afirmar-se de uma ditadura global da economia, à qual ele chamou ‘imperialismo internacional do dinheiro’ (Carta Encíclica Quadragesimo Anno, 15 de maio de 1931, n. 109). Refiro-me ao ano de 1931! A sala onde agora nos encontramos chama-se ‘Paulo VI’, e foi ele que denunciou, há quase cinquenta anos, a ‘nova forma abusiva de domínio econômico nos planos social, cultural e até político’ (Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de maio de 1971, n. 44). No ano de 1971!”.

O Papa conclui: “São palavras duras, mas justas dos meus predecessores que perscrutaram o futuro. A Igreja e os profetas dizem há milénios aquilo que tanto escandaliza que o Papa repita neste tempo, no qual tudo isto alcança expressões inéditas. Toda a doutrina social da Igreja e o magistério dos meus predecessores se revoltam contra o ídolo do dinheiro, que reina ao invés de servir, tiraniza e aterroriza a humanidade”.

De maneira categórica, Francisco afirma: “Nenhuma tirania se sustenta sem explorar os nossos medos. Esta é uma chave! Por isso, toda tirania é terrorista. E quando este terror, que foi semeado nas periferias com massacres, saques, opressões e injustiças, explode nos centros sob várias formas de violência, até com atentados hediondos e infames, os cidadãos que ainda conservam alguns direitos são tentados pela falsa segurança dos muros físicos ou sociais. Muros que fecham alguns e exilam outros. Cidadãos murados, aterrorizados, de um lado; excluídos, exilados, ainda mais aterrorizados, de outro”.

Para nos ajudar a refletir, o Papa pergunta: “É esta a vida que Deus, nosso Pai, deseja para os seus filhos?”. E - como um verdadeiro profeta - denuncia novamente a iniquidade da nossa realidade. “O medo é alimentado, manipulado… Porque, além de ser um bom negócio para os comerciantes de armas e de morte, o medo debilita-nos, desestabiliza-nos, destrói as nossas defesas psicológicas e espirituais, anestesia-nos diante do sofrimento do próximo e no final torna-nos cruéis. Quando sentimos que se festeja a morte de um jovem que talvez tenha errado o caminho, quando vemos que se prefere a guerra à paz, quando vemos que se propaga a xenofobia, quando constatamos que propostas intolerantes ganham terreno; por detrás de tal crueldade, que parece massificar-se, sopra o frio vento do medo”.

Francisco faz-nos, pois, um pedido: “Peço-vos que rezem por todos aqueles que têm medo; oremos a fim de que Deus lhes infunda coragem e que neste Ano da misericórdia os nossos corações possam sensibilizar-se. A misericórdia não é fácil…, exige coragem! É por isso que Jesus nos diz: ‘Não tenhais medo!’ (Mt 14, 27), porque a misericórdia é o melhor antídoto contra o medo. É muito melhor do que os remédios antidepressivos e tranquilizantes. Muito mais eficaz do que os muros, as grades, os alarmes e as armas. E é grátis: uma dádiva de Deus”.

Enfim, o Papa deixa-nos uma mensagem de fé e esperança com um caloroso apelo: “Caros irmãos e irmãs, todos os muros ruem. Todos! Não nos deixemos enganar. Como vocês mesmos disseram: ‘continuemos a trabalhar para construir pontes entre os povos, pontes que nos permitam derrubar os muros da exclusão e da exploração’. (Documento conclusivo do 2º EMMP, 11 de julho de 2015, Santa Cruz de la Sierra, Bolívia). Enfrentemos o terror com o amor!”.
Escutemos! Não sejamos omissos! Vamos à luta!

Confira os demais artigos da série:

  • Discurso do Papa Francisco no 3º Encontro Mundial de Movimentos Populares
  • Discurso do Papa Francisco no 3º EMMP. Um projeto-ponte dos povos diante do projeto-muro do dinheiro
  • Discurso do Papa Francisco no 3º EMMP. O drama dos migrantes e refugiados: como agir diante desta tragédia?
  • Discurso do Papa Francisco no 3º EMMP. A relação entre povo e democracia

Leia mais

  • 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares: seu significado
  • Movimentos populares carregarão bandeira das "Diretas Já" em 2017, afirma Stedile
  • O Papa adverte os movimentos populares contra o “fio invisível”
  • Movimentos populares na mira da repressão
  • “Há um terrorismo de base que emana do controle do dinheiro sobre a terra”. A íntegra do discurso do Papa Francisco aos Movimentos Populares
  • Francisco reza por muçulmanos perseguidos; propõe pontes, não muros

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