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Dall'Oglio, voz incômoda em silêncio há três anos e meio

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02 Fevereiro 2017

No dia 29 de julho de 2013, ou seja, há três anos e meio, o padre Paolo Dall’Oglio era sequestrado pelo Isis em Raqqa, anteriormente expulso da Síria pelo regime de Bashar al-Assad. A história do jesuíta que fundou a comunidade monástica de Mar Musa parece encarnar a dramática parábola da Síria, pela sua tragicidade, pelas suas verdades inconfessáveis.

A reportagem é de Riccardo Cristiano, publicada no sítio Reset, 30-01-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A sua história é global, especialmente francesa, mas também turca, estadunidense e assim por diante, e depois se tornou uma “história italiana”, graças ao presidente Mattarella, que o recordou no seu discurso de posse.

E a cúpula eclesial católica? O Papa Francisco falou dele várias vezes, também no aniversário do sequestro, chamando-o de “um estimado religioso”, do qual pedia a libertação. O cardeal Mario Zenari, depois, em inúmeras ocasiões, foi explícito na comovida apreciação do seu amor e compromisso com os humildes, os oprimidos, os esquecidos e o diálogo. E o patriarca caldeu Luis Sako, além disso, definiu o seu sequestro como “a perda de um homem de grande cultura e amor, uma grave falta para todos os cristãos orientais”.

Mas muitos outros falam de modo contido sobre ele, porque o seu destino, como verdadeiro pacifista, ao contrário de outros, parece indicar precisamente as “convergências paralelas” dos extremismos opostos, evidenciados pela sua história de expulso de Assad e sequestrado pelo Isis.

Estamos falando claramente de um personagem incômodo, talvez até demais nesta guerra tão feroz quanto suja. Incômodo porque testemunhava que, em Homs, não eram os jihadistas que bombardeavam as igrejas, mas sim o Exército sírio que bombardeava toda Homs e, portanto, também as igrejas. Mas também que, continuando a se dividirem sem ver o bem comum, os sírios perderiam tudo.

As suas verdadeiras paixões permaneceram sendo sempre o diálogo inter-religioso e a perspectiva política de dar também aos árabes do Oriente Médio o direito a uma cidadania plena, nem súditos de militares golpistas, ou dos seus filhos, nem cidadãos de segunda classe quando de confissão diferente da dos regimes “de inspiração religiosa” de plantão.

Por isso, ele se comprometeu pessoalmente na revolução síria, invocando desde logo as comunidades cristãs a entenderem que se tratava de um trem sem volta: ou a primavera ou a barbárie. Lembro-me muito bem do dia em que ele me disse:

“Eu não tenho a impressão de que, para além do piado vitimista, tenha havido [na Europa] uma verdadeira preocupação com os cristãos orientais. Não houve pelo Iraque, não houve pelo Líbano [durante a Primavera dos Cedros de 2005]; não houve uma verdadeira solidariedade construtiva, cidadã, encorajadora dos cristãos e que requeresse à outra parte, às outras partes, que acolhesse a ideia de uma cidadania comum dentro de um projeto civil democrático. Não, eu tenho a impressão de que os cristãos orientais são uma boa desculpa para projetos político-eleitorais europeus. Caso contrário, seria preciso agir imediatamente, assim que chegou esta ocasião sem retorno que é o início da Primavera Árabe, em solidariedade com o povo que pede democracia, colorida de Islã, assim como na Europa a democracia é colorida de raízes cristãs. E, então, os cristãos teriam sido coprotagonistas, coautores. Eles existem, graças a Deus. Mas, se essa solidariedade continua faltando no cinismo, na exploração da condição dos cristãos orientais para fins eleitorais, bem... um dia será preciso celebrar outro Dia da Memória”.

Palavras proféticas, já que, na época, a expulsão dos cristãos de Mosul ainda estava por vir, e que se integram muito bem com o que me disse em 2015, por ocasião de um congresso em 2015 sobre os cristãos no Oriente Médio, o arcebispo caldeu de Kirkuk, o dominicano Yousif Thoma Mirkis, que cuidava dos milhares de cristãos de Mosul desumanamente expulsos das suas casas, e o núncio apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, hoje cardeal.

O primeiro me disse que “o nosso inimigo não está apenas na nossa frente, está também dentro de nós, sob a forma de medos e ideologias que nos bloqueiam. [...] Anos atrás, eu escrevi um artigo em que eu afirmava que, com a invasão do Iraque, os estadunidenses abriram a caixa de Pandora. Mas aquilo que havia dentro daquela caixa tinha sido colocado pelas ditaduras, no nosso caso, a de Saddam Hussein; ditaduras que abriram a contínua guerra contra a cultura”.

Dom Mario Zenari, naquelas horas dramáticas que eram marcadas pelo sequestro do Pe. Jacques Murad, depois de recordar que são pelo menos 20.000 os sírios apreendidos por este ou por aquele, me reiterou que “os cristãos aqui têm uma missão particular: ajudar e servir de ponte entre as várias posições e facções contrapostas”. Justamente aquilo que Dall’Oglio indicou durante anos.

Paolo entende bem demais a política, esse é o seu problema. Mas a sua força incrível, que fez com que, ainda hoje, apesar de tantos silêncios, o seu nome ainda aqueça os corações de muitos não é apenas que ele tenha previsto tudo, até a vitória de um candidato “etno-nacionalista” como Donald Trump, mas que ele sabia indicar aos crentes e aos não crentes, com grande simplicidade, a direção contrária. Aos primeiros, com palavras embebidas em mística: “A Igreja, embora no estilo mais evangélico, o mais ‘Nazaré’ possível, busca uma vitória através de uma estratégia. [...] [É preciso se ver] como os intercessores, não em vista da vitória mundana da Igreja, do triunfo da cristandade, mas em vista de uma vinda do Reino de Deus, uma perspectiva escatológica, onde a glória de Deus reveste a Umma muhammádica de um hábito de misericórdia e de luz”.

Aos segundos, como demonstra a entrevista concedida a Rami Jarrah antes de voltar para a Síria em 2013, com palavras imbuídas de amor pela fé e pela laicidade:

“Queridos amigos sírios, se cada um de nós fechar a sua mente e acreditar que as coisas ocorrerão como quisermos, ficaremos decepcionados: agindo desse modo, as coisas aconteceriam como o diabo quer, todos nós perderíamos o país, e cada um de nós perderia o outro.

“Meus caros, em vez disso, pensemos no que fazer para colocar o país no caminho da compreensão, da convivência, da fraternidade, da democracia madura e do fim do regime tirânico. Aos que estão com o regime, eu digo: vamos nos unir para construir a Síria juntos. Vocês têm medo do extremista islâmico? É claro, muitos o temem. Mas o extremista islâmico é um cidadão como você, não é um diabo, ele é um sírio que tem aspirações e entende as questões de um certo modo. Se conseguíssemos pensar de modo racional, não excluindo os outros, poderíamos imaginar construir um país onde reina a convivência, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade e a diversidade, concordando com uma constituição apta a uma Síria plural.

“A unidade nacional que tivemos era imposta de cima, pelo partido Baath, como no Estado napoleônico. Esse é o passado, que não funciona mais: agora queremos uma unidade que parta de baixo, da vontade dos cidadãos e, portanto, pregoeira de boas relações com todos os nossos vizinhos: os turcomanos trarão relações privilegiadas com a Turquia, os curdos, com os seus irmãos de Sulaymaniyya e Irbil, além dos turcos e iranianos, os drusos trarão boas relações com os outros drusos da região, os xiitas nos trarão relações privilegiadas com os xiitas do sul do Líbano, do Iraque e do Irã. Por que não? Cada um de nós tem o seu pertencimento, eu sou católico e pertenço a Roma. Qual o problema disso? E se o outro é cristão ortodoxo, terá e trará relações privilegiadas com Istambul, a Grécia e a Rússia. Devemos colocar todos esses pertencimentos em um quadro de compreensão humana caracterizada pela religiosidade.

“Alguns de nós dizem que ‘a religião é de Deus, e a pátria é de todos’. Alguns não gostam dessa frase proferida por Fares al-Khoury [o cristão e primeiro-ministro da Síria depois da independência] e querem colocar a pátria e Deus de lado, porque trazem problemas: pensam que a pátria não pode pertencer a todos, se não deixamos Deus do lado de fora da porta. Eu não rejeito este ditado, que agrada a muitos sírios, cristãos e muçulmanos, mas quero um país plural e harmonioso, onde reine a religiosidade, isto é, onde as pessoas se amam porque são seres humanos, criaturas de Deus e, portanto, com direitos e dignidade, e o merecido respeito. Religiosidade significa olhar-se como Deus olha para as suas criaturas.

“Assim, volto ao otimismo e à vontade de construir a unidade nacional, que não seja imposta de cima, como fez o partido Baath. Esse é o passado, que não funciona mais: agora queremos uma unidade que parta de baixo, da vontade dos cidadãos e, portanto, pregoeira de boas relações com todos os nossos vizinhos. Teremos uma Síria como a desejamos: se a queremos parlamentar ou presidencial ou federal, ou a queremos unida como era antes, ou com mais autonomias regionais... bem, nós a construiremos como quisermos!.”

Caro Paolo, as coisas não aconteceram como você esperava, mas como você temia. Agora, pelo menos, espero revê-lo em breve, para continuar o nosso caminho juntos.

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