Índios são flagrados recolhendo alimentos em lixão no interior do Acre

Imagem: Cine Club Araucária

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25 Novembro 2016

Funai diz acompanhar famílias e procura alternativas para retirá-los do local. Jornalista diz que indígenas alegam falta de apoio do órgão.

Imagens feitas pelo radialista Antônio Messias mostram índios recolhendo alimentos em um lixão no município de Feijó, no interior do Acre. As imagens foram feitas por um jornalista na manhã de domingo (20). Messias disse que o os indígenas relataram que não recebem ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai) com combustível para retornar de barco às aldeias.

A reportagem é de Quésia Melo, publicada por G1, 24-11-2016.

Ao G1, o representante da Funai em Feijó, Carlos Brandão, disse que atende vários casos como este diariamente e que o órgão acompanha essas famílias e estuda maneiras de dar assistência para que retornem mais rapidamente para as aldeias. Segundo ele, ao todo, são 32 aldeias no município.

“Há dias em que ao menos 30 a 40 índios ficam no local catando lixo, sendo que a maioria é criança ainda. Eu conversei com um deles no lixão, ele relatou que estava há 11 dias em Feijó atrás de ajuda da Funai para pegar óleo diesel e subir para a aldeia. Eles alegam que não recebem assistência nas aldeias e chegam a montar barracas na cidade ou se apossam de embarcações desocupadas e catam restos de comida no lixo”, relata Messias.

Funai acompanha famílias

Brandão relata que os índios vão até a zona urbana do município para receber benefícios como Bolsa Família, Bolsa Escola e salário-maternidade. Porém, acabam permanecendo e, quando o dinheiro acaba, passam a catar comida em lixeiras da cidade e no lixão.

“Vamos até o lixão, retiramos eles do local e explicamos que podem pegar doenças. Também damos ajuda com o óleo necessário para retornarem para aldeia, mas em duas semanas eles voltam. É muito complicado, pois há muitas crianças. Eles catam latas, entre outros objetos e trocam por dinheiro até receberem novamente os benefícios”, explica.

Para ajudar essas pessoas, Brandão afirma que a Funai estuda a possibilidade de montar um posto mais próximo das aldeias ou fazer o pagamento itinerante dos benefícios para que os indígenas não precisem se deslocar. Além disso, diz já ter pedido ajuda da assistência social para fazer o acompanhamento dessas famílias.

“Eles ficam na praia às margens do rio mendigando, vamos até o local e conversamos, fazemos o possível. A Funai acompanha essas famílias, nos reunimos com a Educação e Saúde indígena. Queremos achar alternativas, mas não é um trabalho fácil”, lamenta.

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