"Corrida por Manoel" relembra a luta contra a ditadura

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18 Fevereiro 2016

Manoel Fiel Filho, operário metalúrgico morto em 17 de janeiro de 1976, é uma das mais notórias vítimas do regime militar brasileiro. Detido sem justificativa em 16 de janeiro daquele ano, Filho foi levado para o Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 2º Exército, torturado barbaramente e finalmente enforcado no dia seguinte. Um suicídio e um bilhete de despedida foram forjados pelos militares, que promoveram um velório em um caixão lacrado, sem que os parentes pudessem ver as marcas da violência.

Manoel Fiel Filho/Foto: CartaCapital

A reportagem foi publicada por CartaCapital, 16-02-2016.

Em junho passado, quase quatro décadas após o crime, o Ministério Público Federal denunciou por homicídio triplamente qualificado e falsidade ideológica sete agentes da ditadura, em um processo que ainda aguarda decisão da Justiça, mas que deve esbarrar na Lei da Anistia, ainda válida.

Em 2016, Manoel Fiel Filho receberá uma homenagem, feita pelo jornalista Rodolfo Lucena. Nesta quarta-feira 17, Lucena inicia a "Corrida por Manoel," um projeto jornalístico-esportivo que envolve 40 corridas temáticas, cada uma buscando um destino ligado à vida e à morte do operário, assim como à luta pela democracia no país.

A largada, às 8h da manhã, será no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade. Com convidados, Lucena fará uma caminhada memorial até o DOI-CODI. Outros locais a serem visitados são a casa onde Manoel Fiel Filho viveu, a Cúria Metropolitana e uma escola que ganhou o nome do operário.

Foto: CartaCapital

Em vários desses trajetos, Lucena terá convidados, como os advogados Samuel Mac Dowell e Marco Antonio Rodrigues Barbosa, familiares do operário e sindicalistas.

A primeira corrida está marcada para 18 de fevereiro. A concentração será às 6h45, na rua Oscar Freire, em frente à saída do metrô Sumaré, e a largada será às 7h. O destino final do percurso, que terá entre 12 e 14 quilômetros, é o bairro da Vila Maria, na zona norte, para passar pela rua onde Manoel Fiel Filho morou depois de chegar a São Paulo e onde ele veio a conhecer aquela que seria sua esposa.