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Raimon Panikkar: diálogo e interculturalidade

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29 Agosto 2010

Quando Salvador Pániker me chamou na tarde de 26 de agosto, temi o pior. E meus temores se confirmaram. Era para comunicar-me o falecimento de seu irmão Raimon, que me deixou submerso num estado de comoção do qual tardei sair. E não era para menos. Durante os últimos 30 anos tive a sorte de desfrutar da amizade e do discipulado de Raimon Panikkar, de quem aprendi lições teóricas e práticas de gratuidade, convivência, diálogo e serenidade ante a vida.

O artigo é de Juan José Tamayo, teólogo espanhol, e publicado pelo jornal El País, 28-08-2010. A tradução é de Benno Dischinger.

Com ele coincidi em congressos, em semanas e encontros de estudo, e intercambiei um amplo epistolado em forma de tarjas de letra com caracteres quase indecifráveis e também mantive freqüentes conversações telefônicas até que a enfermidade lho impediu. Convidei-o a participar nos congressos de teologia da Associação de Teólogos e Teólogas João XXIII e em cursos de verão. Somente numa ocasião declinou o convite. No ano passado chamei-o para dar uma conferência no curso sobre Judaísmo, Cristianismo e Islã, três religiões em diálogo, na Universidade Internacional Menéndez Pelayo. O estado de prostração em que se encontrava o impedia de deslocar-se de Tavertet a Santander. Convidei-o também a escrever em obras coletivas sobre a interculturalidade e o diálogo, pois era um dos principais especialistas mundiais.

“Sem diálogo, o ser humano se asfixia e as religiões se ancilosam”. Foi em 1993 que escreveu sentença tão aforística num artigo sobre Diálogo inter e intra-religioso, logo recolhido em Nuevo diccionario de teologia (Trotta, PP. 243-251).  Nele estabelece as bases do diálogo como alternativa a fundamentalismos, dogmatismos, anátemas e intolerâncias das religiões e culturas hegemônicas, e como superação dos monolinguismos, colonialismos e guerras religiosas.

Mas, o diálogo ele não o defende em abstrato e no vazio, senão entre filosofia e teologia, religião e ciência, Ocidente e Oriente, Atenas e Jerusalém, culturas e religiões. Sua formação científica, filosófica e teológica lhe facilitou o terreno. A partir de seu conhecimento das culturas e religiões da Índia (La experiencia filosófica de la Índia, Trotta) foi pioneiro no diálogo com o hinduísmo. Em 1961 defendeu sua tese doutoral em Teologia na Universidade Lateranense de Roma sobre El Cristo desconocido del hinduismo (Marova). Depois abriu novo roteiro de diálogo com o budismo com El silencio de Dios (atualizado como El silencio de Buddha. Uma introducción al ateísmo religioso; Siruela, 1996).

Encarnava esse diálogo e a peregrinação pelas diferentes religiões. É proverbial sua confissão de fé inter-religiosa: “Viajei [da Espanha à Índia] cristão, descobri a mim mesmo hindu e voltei budista, sem ter deixado de ser cristão”. Dizia que nele confluíam quatro grandes rios: o cristão, o hindu, o budista e o secular. Todo um exemplo de equilíbrio entre crenças religiosas e secularidade!

É considerado iniciador e grande propulsor da filosofia intercultural. Não a confunde com o multiculturalismo, que só defende a coexistência das culturas sem convivência, nem com a transdisciplinaridade, pois as culturas são mais do que disciplinas. O método da interculturalidade é o diálogo que ele define como dialogal e duologal: implica confiança mútua numa aventura comum em direção ao desconhecido e aspiração à concórdia discorde, e leva a descobrir o outro não como estrangeiro, senão como companheiro, não como um ele, senão como um tu no eu.

Termino com um texto do Libre d’ amic e Amat, do filósofo maiorquino Ramón Llull, precursor da interculturalidade, que é aplicável a Panikkar: “O pássaro cantava no horto do amado. O amante chega e diz ao pássaro: se não podemos entender-nos um ao outro através de linguagens, entendamo-nos então um ao outro através do amor, já que em tua canção meu amado é evocado em meus olhos”.


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