Por: Cesar Sanson | 21 Dezembro 2011
O Rio Grande do Norte conseguiu emplacar 12 novos parques eólicos no leilão de energia realizado nesta terça-feira pelo governo federal e não 11, como se havia informado anteriormente. Os empreendimentos têm potência para gerar 321,8 MW e deverão consumir em torno de R$ 1,12 bilhão em investimentos, considerando que cada MW instalado representa cerca de R$ 3,5 milhões investidos. Cerca de 3.210 trabalhadores serão necessários para implantar os projetos.
A reportagem é de Renata Moura e publicada pelo Tribuna do Norte, 20-12-2011.
Investimentos como esse movimentam a economia. Geram empregos com carteira assinada principalmente na parte de construção e, com isso, aquecem os setores de comércio e serviços – já que há mais gente trabalhando – e a arrecadação de impostos. No caso do Rio Grande do Norte, há o que comemorar, se analisarmos por esse prisma. Mas também é preciso observar que o resultado poderia ser melhor. O Estado já não demonstra o vigor de antes nos leilões.
Neste, por exemplo, ficou atrás do Rio Grande do Sul em número de projetos habilitados para a disputa. Na contagem final do leilão, acabou, porém, se dando melhor (o Sul vendeu 119,6 MW, de 5 parques eólicos). Na briga com o Ceará o RN ficou, entretanto, para trás em número d eprojetos. Os cearenses foram os campeões do leilão em total de parques emplacados. Encerraram a disputa com 15 projetos vencedores e 314,9 MW comercializados – pouco menos que o RN.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, disse em entrevista a um jornal local que o RN perdeu espaço nos leilões de agosto – quando o Sul foi vencedor – porque houve interferência política do Ministro de Minas e Energia. O ministro estaria interessado na vitória do Rio Grande do Sul. Com interferência política ou não, o secretário não pesou que o RN deixa a desejar em muitos pontos. Isso vai desde estradas esburacadas, que dificultam o transporte de peças, passa pela falta de um porto adequado para receber os equipamentos necessários à montagem dos parques, inclui a falta de uma linha de transmissão para escoar a energia..e por aí vai.
São lacunas que pesam no bolso do investidor e que fazem a diferença na hora de decidirem baixar ou não o preço no leilão, tipo de disputa em que vence quem vende mais barato. Vender mais barato fica complicado, quando a infraestrutura aumenta custos e diminui a competitividade de um destino. isso vale em quealquer área de negócio. E na energia não é diferente.
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Rio Grande do Norte emplaca 12 novos parques eólicos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU