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O homem que pensou o Estado. Em memória de Guillermo O"Donnell

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01 Dezembro 2011

O reconhecido cientista político, autor de Estado burocrático e autoritário e outros textos fundadores da ciência política, foi velado ontem à noite em Buenos Aires na Câmara dos Deputados.

A reportagem é de Javier Lorca e publicado pelo Página/12, 30-11-2011. A tradução é do Cepat.

"Eu tenho escrito muitas coisas, mas tudo não passa de uma obcecada reflexão sobre a Argentina". Guillermo O`Donnell pronunciou essas palavras faz dois anos, quando ele voltou a morar no país após uma ausência de décadas, e agora parece ser a definição mais íntima, não apenas das correntes mais profundas do seu legado, seus livros e ensaios que – já se tornou lugar comum afirmar – se converteram rapidamente em clássicos da bibliografia acadêmica para todas as ciências sociais e também de sua própria trajetória como intelectual preocupado com o seu do tempo, com o rigor científico e a qualidade humana, cuidadoso no uso de uma palavra que sabia carregada de prestígio, sempre atento para não se distrair com o crepitar da conjuntura, concentrado em ler e conceituar os grandes processos da política contemporânea. Ontem, aos 75 anos, O`Donnell morreu de câncer.

"Nasci num mundo da classe alta, muito conservadora – contava ele. Vivi o ódio dessa classe. O país era deles e, de repente, uma invasão de pessoas com estranhos nomes de empresários "chantapufis’, segundo eles, instigados pela substituição de importações, e, claro, dos "cabecitas negras’ do peronismo, lhe roubaram tudo". O`Donnell nasceu em 1936 em Buenos Aires, e talvez, essa crua consciência do seu entorno, na contradição entre os resultados de sua faculdade autorreflexiva e os mandos de classe, reside o gérmen tanto da sua vocação e compromisso crítico, como, menos importantes, mas não menos evidente para aqueles que o conheceram, o contraste entre as implicações de suas ideias e seus modos refinados, quase aristocráticos. Uma dualidade que se manifestou na preocupação com a sua terra, mas longe dela (o pensar contra a propria circuntância), ou quando se juntou Carlos "Chacho" Alvarez, e mais recentemente, a Ricardo Alfonsín (a tensão entre a teoria e a prática).

Antes de se tornar um mais reconhecidos cientista político do mundo, um dos pais da disciplina na Argentina, O`Donnell se formou em advocacia na UBA com apenas 22 anos. Nos anos 1960 estudou ciências políticas nos Estados Unidos, na Universidade de Yale. Entre as suas primeira obras se destaca o livro Modernização e autoritarismo, publicado em 1972.

Em meados dessa década, depois de participar da fundação do Centro de Estudos de Estado e Sociedade, oásis para os membros de uma universidade tomada pela direita, trabalhou e concluiu o seu livro mais conhecido: O Estado burocrático e autoritário. Em suas páginas descreve o surgimento e a consolidação de uma nova forma de dominação autoritária na região, analisando a ditadura de Juan Carlos Onganía, desnuda a coalizão de militares, burgueses e estamentos tecnocráticos para substituir a classe política, submenter os setores populares e retornar à "ordem social". Uma imagem, que com suas nuances e seus horrores, se repetiriam nos anos 1970, no país e na América Latina. O livro estava quase concluído quando aconteceu o golpe de 1976 e o manuscrito foi salvo – escondido na casa dos pais de O`Donnell e apenas publicado no final de 1982.

Durante os primeiros anos da ditadura, a principal fonte de renda com que O’Donnell sustentou a sua família – que já incluía seus filhos Santiago e Maria, hoje, reconhecidos jornalistas –, era o seu salário como pesquisador do Conicet. Até que um dia, em 1979, lhe deixaram de pagar: "A partir desse momento não existia mais. Um par de vezes fui perguntar sobre minha situação e ninguém sabia de nada. Os funcionários da mesa de recepção me olhavam  como um delirante que se dizia pesquisador e que não se encontrava registrado em nenhum lugar ... Este regime de terror produzia também estes pequenos fatos surrealistas, rídiculos (...). Seguindo a lógica, indiretamente me suprimiram". Naquele mesmo ano aceitou uma oferta para se mudar para o Rio de Janeiro e coordenar o programa do Congresso de Ciências Políticas: "Eu fui para um ano ... e voltei 25 mais tarde", dizia.

Desde então, seu périplo internacional o levou a desenvolver tarefas como professor e pesquisador nas Universidades de São Paulo, Califórnia, Stanford, Oxford, Cambridge e de Notre Dame e também a integrar a Academia Norte-americana de Artes e Ciências e a presidir a Associação Internacional de Ciência Política. Com a restauração da democracia, seus interesses começaram a concentrar-se sobre os processos de transição pós-autoritário, daí os quatro volumes de Transition from Authoritarian Rule, que editou em 1986, com Philippe Schmitter e Laurence Whitehead.

Outro marco importante de sua obra foi a elaboração, no início dos anos 1990, do conceito de "democracia delegativa", com o qual tentava compreender as experiências latino-americanas de governo daqueles anos, marcados por uma concepção e prática do poder político que é democrático, porque se baseia em eleições, entre outras coisas, mantém a liberdade, mas restringe a participação popular ao voto. Nesse sentido, sua perspectiva republicana e institucionalista confrontou, sutilmente, os populismos. Como aconteceu com o Estado burocrático (...) suas noções terminaram descrevendo fenômenos muito mais amplos e duradouros do que talvez ele próprio tinha proposto.

Os restos mortais de Guillermo O’Donnell foram velados à noite na Assembleia Legislativa de Buenos Aires, onde há dois anos foi declarado Cidadão Ilustre. O funeral será realizado no Cemitério da Recoleta.


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