01 Julho 2011
"Casas queimadas, destruídas... por todos os lado que se olha se vê uma onda de violência. Em todas as partes se vê marcas de balas, pessoas com o olhar perdido, sem esperança", explica o missionário salesiano César Fernández, após visitar a missão de Duekoué, onde ainda há 15.000 refugiados.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 01-07-2011. A tradução é do Cepat.
A Agência de Refugiados da ONU (ACNUR) já preparou um local para criar um campo de refugiados com condições mínimas de salubridade, como as Missões Salesianas pediram em março passado. Contudo, "muitas pessoas não querem sair da missão com medo das represálias", explicam os missionários de Duekoué. A missão, ainda hoje, se encontra protegida pela ONUCI.
Além disso, mais de 400 famílias, só no bairro Carrefour de Duekoué, perderam suas casas e bens... e não têm para onde ir. O deslocamento dos refugiados está previsto para os próximos dias. "Se pretende que 800 pessoas saiam da missão, mas serão necessários mais de cinco meses para recuperar a normalidade", afirmam os missionários. Atualmente, o centro profissional da missão voltou a abrir suas portas, embora funcione apenas com a metade de sua capacidade, já que muitos alunos ainda não podem participar.
Os salesianos também se encontram preocupados com a situação rural do país, onde ainda não foi possível realizar nenhum tipo de avaliação. "O problema da propriedade das terras é fundamental para a resolução do conflito no longo prazo e, ao mesmo tempo, é uma das causas do medo da população rural para retornar às suas casas", advertem na Inspetoria Salesiana da África Ocidental.
As Missões Salesianas convidaram os organismos internacionais para investirem no futuro, na reconciliação dos povos e na educação, como elemento central para o desenvolvimento do país. Para o futuro mais a longo prazo, a missão salesiana em Duekoué investe em ações de animação e de formação.
As Missões Salesianas mantém aberto um fundo de ajuda para a Costa do Marfim já que milhares de pessoas necessitam de atendimento nos próximos meses.
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Missões Salesianas chamam a atenção para a situação dos refugiados que ainda permanecem na Costa do Marfim - Instituto Humanitas Unisinos - IHU