John Deere demite 230 funcionários no RS

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15 Abril 2011

Dificuldades na concorrência com outros países provocadas pelo real forte e redução de mercado em decorrência do final da safra de verão foram as razões apontadas pela John Deere para a demissão de 230 funcionários na unidade de Horizontina, noroeste do Estado. O número de dispensados corresponde a 13% do quadro de 1,8 mil funcionários.

A reportagem é de Wagner Machado e publicada pelo jornal Zero Hora, 16-04-2011.

Conforme o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Jorge Ramos, a empresa ofereceu aos trabalhadores, como alternativa ao desligamento, a suspensão dos contratos de trabalho por cinco meses. Assim, o período que combina vendas mais baixas por conta da entressafra – de abril a outubro –, com dificuldades de competição internacional, seria vencido sem necessidade de encerramento total dos contratos. Mas, segundo Ramos, 83% dos 1.194 metalúrgicos presentes na assembleia não aprovaram a proposta:

– Não tinham a certeza de que seriam readmitidos mais à frente.

Um dos setores duramente atingidos pela crise financeira de 2008, o segmento de máquinas agrícolas havia se recuperado, com a recontratação de muitos trabalhadores. Apesar das queixas das empresas sobre as dificuldades na concorrência externa, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, nos dois primeiros meses deste ano, a exportação do setor cresceu 77% em valor e 71% em quantidade, o que significa vendas mais rentáveis.

– Sabemos da sazonalidade do mercado. Mas desde fevereiro tentamos amenizar a redução de funcionários com duas propostas, que foram rejeitadas – disse a gerente de recursos humanos da John Deere, Carla Ávila.

No início de ano, fabricantes nacionais de máquinas enfrentaram barreiras da Argentina, que impôs licenças prévias para a entrada de produtos brasileiros no país. Na época, o presidente do sindicato da indústria, Cláudio Bier, observou que a Argentina estava reforçando a indústria local, com dois efeitos: a redução das compras do Brasil e a competição por outros mercados na América Latina. Com o peso argentino valendo menos de R$ 0,50, a produção local consegue melhores preços.