23 Junho 2012
Nunca como antes, na época moderna, as comunidades cristãs estão abaladas atualmente. O que é possível fazer? Um exame de consciência teológico.
A análise é de Wolfgang Beinert (1933), sacerdote desde 1959, depois de ter sido professor de dogmática em Bochum (Alemanha). De 1978 até o fim de sua carreira acadêmica em 1998, foi professor de teologia dogmática e de história dos dogmas na Universidade de Regensburg, onde foi colega de Joseph Ratzinger. Editou o Lessico di teologia sistematica (1990) e é autor de Il Cristianesimo. Respiro di libertà (2003) e de Avrei una domanda… Informazione sulla fede dei cristiani (2004), todos pela editora Queriniana.
O artigo foi publicado na revista alemã Christ in der Gegenwart, 21/2012, e reproduzido no sítio Teologi@Internet. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Onde estão as razões para o estado desastroso do cristianismo, das Igrejas? Os críticos dirigem-se espontaneamente para a congestão dos problemas, que bloqueiariam todo dinamismo. Por exemplo, para trazer sangue novo para a religião, haveria apenas a necessidade de conter o centralismo da Igreja Católica, de permitir mais feminismo, de julgar mais liberalmente as questões éticas e morais, de interpretar menos rigidamente as leis e de fazer prevalecer uma maior democracia.
Embora tal visão possa parecer plausível em seu conjunto e, portanto, possa justificar algumas propostas para os casos individuais, esse diagnóstico é muito superficial. Na realidade, as dificuldades decorrem da dualidade, da bipolaridade, que está impressa profundamente na religião de Cristo. Essa tensão pode agir como uma dialética fecunda, mas também degenerar em um dualismo pernicioso quando, dos dois princípios, um remove, subjuga ou inimiza-se com o outro.
A tensão teológica começa ainda com o conceito de Deus. Segundo a fé cristã, Deus é o Tri-Uno. O Unum, a unidade, também é essencial, igualmente importante e decisiva para a fé tanto quanto o Trinum, a triunidade. Toda a história dos dogmas mostra como foi problemático para todas as épocas pensar o momento do uno e o dos muitos considerados juntos em Deus e transferi-los para a realidade do Divino e, portanto, também para a realidade da fé. O momento da unidade encerra em si mesmo de modo latente o risco de um absolutismo autoritário, enquanto a triunidade parece deixar espaço para a pluralidade ilimitada em todas as dimensões.
Verdadeira catolicidade
Dentro da cristologia, a doutrina sobre Cristo, existe um outro conflito duplo. O papel e o significado de Cristo são devidos, em parte, ao fato de que ele instituiu definitivamente no seu nome o reino de Deus, através de um agir de redenção nas estruturas do mundo, dominado pelo pecado e pela decadência. O que não é cristão é sempre, nessa perspectiva, anticristão, aquilo que é inimigo e que deve ser excluído. Desse modo, encoraja-se um pensamento que se entrincheira em si mesmo. Por outro lado, a mensagem fundamental da Bíblia está no Lógos que realiza a redenção através da encarnação, a incorporação enquanto terreno, mundano, humano, portanto, mediante a solidariedade total com toda a realidade da criação.
Os Padres da Igreja afirmaram a redenção universal por obra de Cristo. A seu ver, ela também postula a recepção de Cristo nas profundezas da criaturalidade. "Quod non assumptum, non sanatum": o que o Redentor não assumiu como próprio, não é redimido. Isso se traduz em uma abertura infinita do cristianismo para a realidade não cristã, uma verdadeira catolicidade que quer se expandir em nível mundial, que tem seu limite no mal absoluto, no pecado pura e simplesmente.
Encontramos uma tensão semelhante no conceito de criação: o mundo em que vivemos e em que também está se desdobrando o destino da Igreja não é apenas bom. Mesmo no Novo Testamento aparece uma dupla noção de kósmos. O evangelista João emprega em muitas passagens a palavra "mundo", geralmente indicado como "este mundo" ("ho kósmos hutós"), como sinônimo daquilo que é contrário ao divino e ao anticristão. O destino do Redentor é determinado pelo fato de que "o mundo não o reconheceu" (cf. 1, 10). O seu triunfo consiste em ter vencido o príncipe deste mundo (14, 30) e, com este, o mundo (16, 33). O desapego do mundo é, portanto, um objetivo fundamental da vida cristã (cf. 1Jo 2, 15).
Cabeça sem membros?
Por outro lado, o mundo é obra de Deus, isto é, da bondade fundamental. O próprio Evangelho de João, que é conhecido pelo seu desprezo do mundo, também reconhece que "Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único" (3, 16). A ação salvífica de Cristo, portanto, pode ser descrita como a criação de um novo céu e uma nova terra (cf. Ap 21). O cristão tem uma relação com o mundo que deve ser sopesada criticamente: ele pode acolher o mundo como se fosse um presente, usufruindo dele e dando-lhe uma marca, mas sem ceder a ele. Ele deve estar bem certo de dar espaço ao "mundo novo". O pensamento cristão é orientado escatologicamente para a vinda final e definitiva de Cristo. A medida da relação com o mundo é o discernimento dos espíritos (cf. 1Cor 12, 10; 1Jo 3), que pressupõe, por sua vez, uma plausível doutrina do Espírito Santo (pneumatologia).
Enfim, restam as tensões irreconciliáveis no ensino da Igreja (eclesiologia). Teologicamente é extremamente difícil descrever uma estrutura tão complexa como a da Igreja. Partindo do Novo Testamento e sendo orientados por ele, afirmaram-se inúmeros conceitos de Igreja que não são facilmente negociáveis, mas expressam pontos de vista diferentes. Até mesmo um único modelo eclesiológico conceitual pode ser em si mesmo polivalente.
De modo particularmente enérgico, impôs-se a imagem da Igreja como Corpo de Cristo. Paulo a usa no seu sentido original para extrair o sentido dos diversos dons da graça (carismas) e do seu valor igual para a Igreja. Como um corpo tem muitos membros, que têm um significado indispensável para o corpo, assim também o dom único da graça é essencial para o Corpo de Cristo. A essa ideia, conjugou-se a visão da comunidade de fé como communio, como comunidade de sujeitos fundamentalmente iguais.
Pode-se, no entanto, voltar a atenção apenas para o membro do corpo mais importante, a cabeça, que é Cristo. Se alguém perguntar especificamente onde e como a cabeça opera, é a partir da Idade Média que, com isso, faz referência ao papa, a quem se reconhece exclusivamente o título originalmente atribuído a todos os sacerdotes de "representante de Cristo" (vicarius Christi) e, desde 1983, também expresso no direito canônico.
A ideia de communio não se refere mais principalmente à comunidade como um todo, mas sim à cabeça: a comunhão é concebida exclusivamente do ponto de vista hierárquico, como união e comunhão com o papa. Dessas categorias dúplices citadas, por exemplo, cheias de tensão, derivaram-se na história da Igreja, muito frequentemente, apenas dualismos, isto é, princípios hostis entre si e reciprocamente excludentes. Um polo foi unilateralmente enfatizado a despeito do outro. Estruturas feudais condicionadas pelo tempo codeterminaram onde teologicamente os acentos são postos: sobre a unidade de Deus, sobre a unicidade de Cristo, sobre a negatividade do pecado, sobre o centralismo no governo da Igreja.
A crise atual da Igreja consiste exatamente nisto: que, sob a influência do espírito democrático da sociedade contemporânea, as unilateralidades da Igreja têm um efeito prejudicial. Mas as polarizações singulares, cada um dos dualismos não podem mais funcionar. Essa é a reviravolta epocal dos universos de conceito que se reforça na comunidade de fé. O futuro da Igreja e o seu destino dependem de como ela vai gerir e solucionar a questão.
Depois da helenização, a missão para os povos germânicos e o Iluminismo, toda a vida cristã e da Igreja está posta diante da decisão de qual direção tomar, e isso tem um significado epocal.
João XXIII e o espírito antimoderno
A verdadeira causa da difícil situação é a profunda inatualidade do ser Igreja. A modernidade foi uma palavra que despertou o horror para todos aqueles sintomas reais e percebidos de degradação, que se buscava e se tentava combater com rígidas medidas antimodernistas. Para o sociólogo Franz Xaver-Kaufmann, a principal razão da perda de influência da Igreja são "as mudanças de relação entre os aspectos culturais, organizacionais e dos âmbitos de vida daquilo que, até então, era chamado simplesmente de 'cristianismo', ou às vezes de 'religião', ou 'igreja'. A partir dos anos 1970, o significado desses três aspectos foi se desenvolvendo cada vez mais separadamente".
Também se pode dizer que a culpa é da falta de pensamento histórico dos muitos que regem o destino da Igreja. O presente não é entendido como o hoje da Igreja no caminho ao longo do tempo, que está, como todas as outras horas da história da Igreja, sob a proteção de Deus, mas sim como uma época de declínio radical, inclusivo e irreversível.
Significativamente, os grupos marginais tradicionais considerados favoravelmente pela direção da Igreja têm precisamente essa visão apocalíptica. O sentimento fundamental com relação à atitude da sua vida e da sua fé é a flutuante angústia perante o presente, que, por sua vez, torna-se terreno fértil para um fundamentalismo aberto ou insidioso. Às vezes não se vai muito além da simpatia pelos grupos politicamente de direita. No entanto, se procurarmos uma palavra que caracterize as gerações anteriores, que não se isentaram do encontro com o mundo, então essa palavra é "renascimento" (Renaissance). Com a referência da memória às origens e não com pensamentos ameaçadores de destruição e de fim do mundo, as crises foram enfrentadas. O objetivo era a renovação a partir do espírito da revelação original. A Igreja tinha que nascer de novo e dar provas na nova situação da força viva e imutável de Deus.
Na Igreja da época moderna, também houve movimentos dinâmicos semelhantes. Com uma genial iluminação, João XXIII quis superar a fatal postergação temporal entre mundo e Igreja através de um concílio, cujo programa foi proclamado como aggiornamento [atualização], a introdução da Igreja no hoje. O início desse evento mundial se situou exatamente há meio século de distância de nós. O balanço, no entanto, foi variado. Certamente, o Concílio assumiu como próprios muitos conhecimentos a partir do pensamento iluminista: a atitude de fundo com relação ao progresso, a ciência, a democracia, a autonomia das realidades terrenas foi positiva. Os conhecimentos teológicos encontraram o seu lugar sob a forma do reconhecimento dos direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa e de consciência. A relação com o judaísmo foi posto sobre novas bases. O Concílio também abordou a questão da Reforma. Como exemplos, basta citar o primado da Escritura, a língua nacional na liturgia, a reforma da piedade popular. O centralismo do papa, sobrevalorizado pelo Concílio Vaticano I, tornou-se um contrapeso da valorização do ministério episcopal e da ênfase posta sobre a Igreja local.
Cinquenta anos irresolvidos
De fundamental importância foi a profunda reflexão pastoral e histórica da assembleia conciliar, que é evidente em todos os documentos. Surpreendentemente, manifesta-se na constituição pastoral Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo atual, em que a conclusão diz:
"Tudo o que, tirado dos tesouros da doutrina da Igreja, é proposto por este sagrado Concílio, pretende ajudar todos os homens do nosso tempo, quer acreditem em Deus, quer não O conheçam explicitamente, a que, conhecendo mais claramente a sua vocação integral, tornem o mundo mais conforme à sublime dignidade do homem, aspirem a uma fraternidade universal mais profundamente fundada e, impelidos pelo amor, correspondam com um esforço generoso e comum às urgentes exigências da nossa era. Certamente, perante a imensa diversidade de situações e de formas de cultura existentes no mundo, esta proposição de doutrina reveste intencionalmente, em muitos pontos, apenas um carácter genérico; mais ainda: embora formule uma doutrina aceite na Igreja, todavia, como se trata frequentemente de realidades sujeitas a constante transformação, deve ainda ser continuada e ampliada" (n. 91).
O Concílio sabia que o risco da assincronia ou, posto de forma positiva, da necessidade do aggiornamento é um dado constante para todo o tempo deste mundo. Infelizmente, os padres conciliares não foram autorizados, ao menos, a discutir todas as questões que urgiam naquele momento. Essas questões são idênticas aos problemas que hoje – sempre e de novo – figuram entre as interrogações mais urgentes e de primeira ordem: por exemplo, o celibato do clero latino, a relação com os divorciados em segunda união, a atitude com relação à sexualidade e o controle de natalidade em particular, a natureza da nomeação dos bispos e a reforma da Cúria.
Mas a formação de tabus não levou a nada de novo. Os quesitos não encontraram resposta, mas se agudizaram. Enquanto isso, não se pode evitar a impressão de que o ponto de partida conciliar deveria ter ocorrido com cautela e ter se desenvolvido com reflexão. Mas isso levaria a que a crise da Igreja atingisse proporções de risco alarmantes.
A força precisa do espírito
O que se pode fazer? O que mais a Igreja deve fazer – lá onde por Igreja não podemos entender "Roma", mas sim todo o corpo de Cristo, o povo de Deus indivisível, incluindo também nós mesmos? Aqui, não se pode criar nenhum programa de reforma global. Pode-se apenas traçar poucas linhas teológicas.
Em primeiro lugar, a Bíblia conhece uma grande tradição de liberdade, segundo a qual o Pai é o Deus do êxodo, o Filho é o Redentor, o Espírito é o instrumento de salvação. A partir daí, o cristianismo formou o conceito de pessoa, que, por sua vez, constitui a base dos direitos humanos. Nessa tradição de liberdade, deve-se proceder para além. Para a Igreja, isso implica a necessidade da solidariedade total com a humanidade.
Em segundo lugar, deve ser aprofundada a doutrina sobre o Espírito Santo (pneumatologia). De acordo com o Evangelho de João, a Igreja nunca foi a proprietária da verdade no mercado do mundo, mas é discípula do Espírito Santo, que a introduz incessantemente na verdade (16, 13). Isso traz consigo o dever que Paulo convida a observar: "Não extingam o Espírito, não desprezem as profecias; examinem tudo e fiquem com o que é bom. Fiquem longe de toda espécie de mal" (1Tessalonicenses 5, 19-21). O Concílio Vaticano II falou, nesse sentido, de "sinais dos tempos", que deveriam ser "interpretados à luz do Evangelho" (Gaudium et Spes 4) (cf. Lc 12, 56).
Em terceiro lugar, a figura escatológica do cristianismo, o seu ser voltado ao cumprimento eterno, deve ser levada a sério. A doutrina do retorno do Senhor Jesus Cristo (parusia) pertence às tradições primitivas da religião cristã. No Credo, professamos e confessamos que ele virá para julgar os vivos e os mortos. Mas levamos isso muito pouco a sério. Nós postergamos o retorno a um momento que se encontra em uma distância nebulosa. Mas não se realiza constantemente – na morte dos indivíduos, na extinção das gerações com as suas culturas? Isso também vale para tudo o que chega até nós – o novo –, como evento do retorno: quem se defende fundamentalmente do tempo se defende do éschaton, da salvação que vem. Ele perde o encontro com o "esposo", como as desventuradas jovens fazem no relato bíblico. A escatologia é, como ensina essa história (Mateus 25, 1-13), o presente.
Em quarto lugar, devemos repensar a característica essencial do serviço da Igreja, sem negar a forma e a estrutura fundamentalmente hierárquicas da Igreja de Cristo. Essa estrutura não deve ser vista como um fim em si mesma, ou até mesmo como uma descrição perfeita da Igreja, mas apenas como um momento ao lado de outros, que torna visível a constituição de base da comunidade de fé. O Concílio Vaticano II descreveu a Igreja muito felizmente como sacramento, como "sinal e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano" (Lumen Gentium, n. 1). Em nenhum momento a Igreja é fim, mas sempre é meio. Isso tem consequências enormes: quem se compreende como fim deve buscar uma política de poder e, uma vez adquirido, deve defendê-lo com unhas e dentes. Quem serve é capaz de doar tudo, inclusive a si mesmo.
Em quinto lugar, a estrutura da Igreja deve ser descentralizada. Um dos maiores problemas de pensamento e de governo – não só na Igreja, mas da humanidade em geral – é a relação entre unidade e pluralidade. Ambas devem ser mantidas em equilíbrio e em recíproco nivelamento. A unidade como uniformidade não seria apenas uma má compreensão do cristianismo, mas também – como contraponto à multiplicidade desintegrada – a sua destruição. "A unidade deve ser encontrada enquanto as pessoas aprendem mais profundamente e mantêm entre si a pluralidade e a diversidade do seu ser. A unidade assim alcançada vive do reconhecimento recíproco como seu princípio unificante", escreve o teólogo Ralf Miggelbrink, de Essen.
Nas relações constitutivas da Igreja, essa ideia significa um descentramento, um fortalecimento das conferências episcopais regionais, a coparticipação dos sujeitos interessados, um âmbito de projetação das Igrejas locais. O século do movimento ecumênico, por exemplo, tornou evidente que a unidade da Igreja de Cristo não pode ocorrer enfatizando uma unidade formal, superficial, mas apenas através de uma morfogênese da catolicidade no sinal de uma totalidade universal.
Em sexto lugar, quem mais se interessou pela mensagem do cristianismo o achará fascinante, promotor de vida, que escancara os horizontes. Essa é uma experiência que muitos/as cristãos/cristãs fazem. Infelizmente, também é verdade, por exemplo, que o modelo de pregação do evangelho de Cristo, em muitos casos, torna mais difícil e impede essa experiência. A proclamação oficial da Igreja por meio de documentos nas línguas latina ou nacionais, geralmente, usa uma linguagem alta, incompreensível.
A própria linguagem das pregações e do catecismo pressupõe um nível crescente de termos técnicos e de expressões que não são mais entendidas. Se – o que, infelizmente, acontece raramente – se discute e apenas se afirma, os argumentos parecem muitas vezes incompreensíveis. O desaparecimento da cultura cristã deixa buracos. Todos os responsáveis devem, portanto, fazer uma séria reflexão para saber como o cristianismo em palavras e obras pode ser razoavelmente comunicado hoje e aqui.
A tradição aponta o caminho
Em tudo isso, devemos estar cada vez mais conscientes do fato de que os temas elencados se encontram ordenados segundo uma hierarquia clara. Sem dúvida, as questões que dizem respeito à constituição da Igreja ocupam, perante a crise, o primeiro lugar nos debates internos atuais. Na temática geral da fé cristã, porém, essas questões se encontram muito mais abaixo na ordem das precedências. A Igreja é um instrumento para o fim. Não podemos nem mesmo esperar que a Igreja atraia muito quando, no anúncio, ela gira sempre em torno de suas próprias preocupações.
A Igreja é a comunhão dos seguidores e das seguidoras de Jesus. Ela aponta o caminho apontando para longe de si mesma. A Igreja não cai do céu a cada poucas gerações, mas se move segundo a lei a partir da qual começou uma vez. É a tradição. Se se mantém firme renuncia ao tradicionalismo. Se se esconde facilmente, isso é o fundamentalismo. Mas o tradicionalismo leva – e vemos isso cada vez mais claramente – à demolição gigantesca da própria tradição. Daí decorre que apenas se a Igreja seguir no caminho ao longo do tempo é que ela irá encontrar as pessoas e, nelas, o seu Senhor e Redentor Jesus Cristo.
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Possíveis saídas para a crise da Igreja - Instituto Humanitas Unisinos - IHU