04 Junho 2012
O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho finalmente foi fechado ontem. Após 34 anos, o maior aterro sanitário da América Latina deixa de macular a imagem do País e do Rio às véspera da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A reportagem é de Vinicius Neder e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 04-06-2012.
Presente ao ato simbólico de fechamento do lixão antes da Rio+20 - promessa da prefeitura -, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançou o "desafio de o Estado do Rio de Janeiro ser o primeiro a cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos".
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, todos os aterros sanitários no entorno da Baía de Guanabara serão fechados até o fim do ano. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de 2010, prevê o fechamento de todos os lixões do País até 2014. A ministra Izabella definiu o cumprimento do prazo para implantação da política como um "desafio imenso".
"O prazo é muito curto, mas é importante que os instrumentos para a concepção desse objetivo sejam consolidados", disse Izabella, em entrevista coletiva, lembrando que a responsabilidade de erradicação dos lixões é dos municípios.
Segundo ela, o governo federal financia iniciativas locais de adequação à lei. "Os Planos Municipais de Resíduos Sólidos são necessários para a erradicação do lixões. Além disso, até o fim do ano implantaremos, em quatro cadeias, a estrutura de logística reversa."
Criado em 1978 à beira da Baía de Guanabara, sobre área de manguezal e cercado pelos Rios Iguaçu e Sarapuí, o Aterro de Gramacho recebia 9,5 mil toneladas de lixo por dia. A maioria (75%) vinda do Rio. A montanha de lixo ocupava uma área de 1,3 milhão de metros quadrados.
Até 1996, os despejos eram feitos sem nenhum critério.
[...] A partir de 1996, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) transformou Gramacho num aterro sanitário, instalando um sistema de drenagem para coletar e tratar o chorume. Dejetos de serviços de saúde passaram a ter descarte próprio.
O ícone da mazela humana, porém, continuava lá: o lixo só era espalhado e coberto com barro ou cascalho após ser revirado pelos catadores, ao lado de urubus.
O lado social do desastre ambiental foi alvo de polêmicas em torno da indenização de R$ 14 mil paga a cerca de 1,7 mil catadores. A lista dos contemplados foi elaborada por associações dos trabalhadores.
(Cf. a noticia do dia 04/06/2012 desta página)
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Levanta-te, Javé! Ergue a tua mão!
Não te esqueças dos pobres!
Por que o injusto desprezaria a Deus,
pensando que não investigas?
Mas tu vês a fadiga e o sofrimento,
e observas para tomá-los na mão:
a ti se abandona o indefeso,
para o órfão tu és um socorro.
(Sl 10, 12-14)
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Rio fecha maior aterro sanitário da América Latina - Instituto Humanitas Unisinos - IHU