02 Março 2012
Começou em Regensburg a Assembleia Geral de Primavera da Conferência Episcopal Alemã. Os bispos irão tratar, dentre outras coisas, da situação das faculdades de teologia. A situação não é simples: registra-se uma diminuição no número do estudantes não só entre os candidatos ao presbiterado. Algumas faculdades teológicas custam para reunir um número suficiente de pesquisadores.
A reportagem é de Klaus Nientiedt, publicada no sítio Konradsblatt-online.de, 28-08-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A situação da teologia, das faculdades, das jovens levas de estudantes de teologia católica: tudo isso remete a outra coisa. A Igreja na Alemanha – mas não nos iludamos: as coisas não estão tão diferentes em outros países europeus – está vivendo uma mudança muito profunda. Não se trata apenas da escassez de padres, nem do fato de que as paróquias são reunidas em unidades pastorais, de que em alguns lugares há menos celebrações presididas por padres, ou de que casas de ordens religiosas são fechadas – trata-se de muitas outras coisas.
Tanto com relação à fé pessoal do povo, quanto às estruturas e às instituições da Igreja, ao longo dos séculos, havia se mantido um certo nível. Mas que está caindo pouco a pouco. As mudanças que se preanunciam têm consequências sobre todas as áreas imagináveis.
Certamente, isso não se originou simplesmente no Concílio e nas suas decisões, como alguns tradicionalistas ainda querem fazer acreditar. Ao contrário, sem o Concílio, a situação seria ainda mais dramática. A mudança faz parte da cultura humana. Ninguém se senta no painel de controle para fazer girar para trás os ponteiros do desenvolvimento.
"Para trás" é ainda a expressão equivocada. No fundo, deveríamos nos pôr sistematicamente em busca de fé e religião, da Igreja e do catolicismo do mundo de amanhã. Sem que ninguém possa dizer presunçosamente que sabe como as coisas poderão ser. Infelizmente, em geral, faz-se pouco essa busca e, principalmente, de modo muito pouco coordenado.
Será importante a atitude que a Igreja irá assumir com relação ao mundo moderno. Olhar para a cultura contemporânea com olhos carrancudos certamente não seria de grande ajuda.
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A crise do estudo e da pesquisa teológica - Instituto Humanitas Unisinos - IHU