Por: André | 04 Dezembro 2013
Não se pode conceber uma Igreja sem alegria. Sobretudo porque Jesus Cristo é alegre e dá alegria. É o que a Igreja deve fazer: transmitir a alegria, uma alegria que difunda a verdadeira paz. A afirmação é do Papa Francisco na homilia matutina feita na Capela Santa Marta, segundo indicou a Rádio Vaticano.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada no sítio Vatican Insider, 03-12-2013. A tradução é de André Langer.
O Pontífice refletiu sobre o vínculo entre a paz e a alegria. Partiu da primeira leitura do dia, uma passagem do Livro de Isaías, na qual, observou, notamos o desejo de paz que todos temos. Uma paz que, disse Isaías, nos levará ao Messias. No Evangelho, por sua vez, “podemos ver um pouco da alma de Jesus, do coração de Jesus: um coração alegre”. “Pensamos sempre em Jesus – explicou Bergoglio – quando pregava, quando curava, quando caminhava, andava pelas ruas, também durante a Última Ceia... Mas não estamos tão acostumados a pensar em Jesus sorridente, alegre. Jesus estava cheio de alegria: cheio de alegria. Naquela intimidade com seu Pai: ‘Exultou de alegria no Espírito Santo e louvou o Pai’. É precisamente o mistério interno de Jesus, aquela relação com o Pai no Espírito. É sua alegria interior, sua alegria interior que Ele nos dá”.
“E esta alegria – observou – é a verdadeira paz: não é uma paz estática, quieta, tranquila”. Não, “a paz cristã é uma paz alegre, porque o nosso Senhor é alegre”. É, também, é alegre “quando fala do Pai: ama tanto o Pai que não pode falar do Pai, sem alegria”. O nosso Deus, reiterou Francisco, “é alegre”. E Jesus “quis que a sua esposa, a Igreja, também fosse alegre”.
“Não se pode pensar em uma Igreja sem alegria e a alegria da Igreja é precisamente isso: anunciar o nome de Jesus. Dizer: 'Ele é o Senhor. O meu esposo é o Senhor. É Deus. Ele nos salva, Ele caminha conosco’. E essa é a alegria da Igreja, que nesta alegria de esposa se torna mãe”. Paulo VI dizia: “a alegria da Igreja é evangelizar, ir para frente e falar sobre seu Esposo. E também transmitir essa alegria aos filhos que ela faz nascer, que ela faz crescer”.
Depois, Francisco exortou para contemplar a paz da qual fala Isaías: “é uma paz que se move muito, é uma paz de alegria, uma paz de louvor”, uma paz que podemos dizer “barulhenta, no louvor, uma paz fecunda na maternidade de novos filhos”. Uma paz, disse ainda o Papa Francisco, “que vem precisamente na alegria do louvor à Trindade e da evangelização, de ir para aos povos para anunciar quem é Jesus”. “Paz e alegria”, reiterou. E ele colocou a ênfase no que Jesus disse: “uma declaração dogmática”, quando afirma: “Você decidiu assim, de se revelar não aos sábios, mas aos pequenos”.
Mesmo em coisas tão sérias como esta, Jesus mostra-se alegre: “a Igreja é alegre. Deve ser alegre. Mesmo em sua viuvez – porque a Igreja tem uma parte da viúva que espera o seu marido que retorne – mesmo em sua viuvez, a Igreja é alegre na esperança”.
“Que o Senhor – concluiu Francisco – nos dê a todos nós esta alegria, esta alegria de Jesus, louvando o Pai, no Espírito. Esta alegria da nossa mãe a Igreja, na evangelização, no anúncio do seu Esposo”.
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“Não se pode pensar em uma Igreja sem alegria”, diz o Papa Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU