Por: Cesar Sanson | 22 Agosto 2013
A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de reconhecimento de morte presumida feito pela família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Desaparecido desde o dia 14 de julho, o morador da Rocinha foi visto a última vez quando era levado por policiais à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.
A reportagem é de Daniele Silveira e publicada pela Radioagência NP, 21-08-2013.
O juiz Luiz Henrique Oliveira Marques, da 5ª Circunscrição do Registro Civil das Pessoas Naturais, considerou que “o desaparecimento teria ocorrido quando Amarildo se encontrava em poder de agentes do Estado, o que, por si só, não geraria perigo de vida. Não foi noticiado qualquer confronto armado, perigo real que justifique a declaração de morte presumida dele”.
O advogado João Tancredo, que representa a família de Amarildo, questiona a decisão e avisa que vai recorrer. “A gente presume que ele sumiu na mão do Estado. Com outras provas e também em razão do tempo já decorrido, é certo que Amarildo não apareça.”
O soldado Douglas Roberto Vital Machado, que levou Amarildo à sede da UPP da Rocinha para averiguações no dia do seu desaparecimento, já havia sido denunciado por agressão e ameaças por moradores da comunidade.
A investigação do caso é feita pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, unidade da Polícia Civil responsável por investigar apenas casos de assassinato no estado.
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Justiça se nega a reconhecer morte de Amarildo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU