Por: Jonas | 05 Junho 2013
Com esta entrevista, realizada pela Rádio Vaticano, o presidente do “banco” da Santa Sé, Ernst von Freyberg, começa sua campanha para voltar a dar credibilidade ao criticado Instituto. Com mais limpeza, mais transparência e mais comunicação.
A entrevista é publicada no sítio Chiesa, 03-06-2013. A tradução é do Cepat.
Fonte: http://goo.gl/JecP5 |
Eis a entrevista.
Presidente Ernst von Freyberg, minha primeira pergunta é: Você gosta do seu trabalho, de vir de Frankfurt a Roma para exercê-lo no Vaticano?
É um grande privilégio trabalhar aqui. Trabalhar no Vaticano é o ambiente mais inspirador que você pode imaginar. É um grande desafio servir o Papa para restaurar a reputação deste Instituto.
Antes de começar aqui, você imaginou qual seria seu trabalho?
Eu o imaginava diferente do que é. Quando cheguei aqui pensei que precisaria me concentrar no que é descrito como “fazer limpeza” e “colocar em ordem” os depósitos improcedentes. Até agora, não há nada que eu tenha conseguido detectar. Isto não significa que não há nada, mas significa que não é a nossa maior preocupação.
Nossa maior preocupação é nossa reputação. Nosso trabalho – meu trabalho – está muito mais relacionado com a comunicação do que aquilo que se pensava inicialmente. E está muito mais relacionado com a comunicação no interior da Igreja. No passado, não fizemos tudo o que deveria ter sido feito. Nossa preocupação começa em casa, com nossos próprios empregados, com os que trabalham para a Igreja em Roma, com os que trabalham na Igreja em todo o mundo. É com eles que somos obrigados a ser transparentes e a quem devemos uma boa explicação do que fazemos e de que modo tratamos de servir.
Como alguém como você, que vem com esse tipo de experiência, quer trabalhar para o Vaticano, depois de todas as histórias que respingaram no IOR?
Não se deseja fazê-lo. Não é que se sinta em casa e sonha com isso. Inclusive, quando você participa de uma entrevista, não diz a si mesmo ‘quero realmente este trabalho’. Quando alguém é chamado, é muito feliz por aceitar esse chamado, e penso que isto é certo também para todos os demais candidatos que foram entrevistados para ocupar este posto.
Uma vez que você está aqui, percebe que é realmente uma boa experiência, é muito menos encarregado de complicações e de problemas internos do que se poderia esperar de fora da instituição.
Como é um dia normal no escritório? Ao olhar para fora, você vê a Praça de São Pedro, ou seja, é um ambiente de trabalho completamente diferente daquele que a maioria das pessoas está habituada. É como um dia no escritório de Frankfurt?
Um dia normal, começa na forma mais extraordinária, porque tenho o privilégio de viver em Santa Marta e isto me permite ocasionalmente assistir a Missa com o Papa. É um privilégio estar às 7h00s em ponto e escutar seus curtos e sempre comovedores sermões.
No escritório meu dia está estruturado em torno de projetos. Gosto muitíssimo de empreender as tarefas como administração sistemática de projetos. Aqui, nossas principais tarefas são divididas em projetos e subprojetos, gosto de sentar-me nos comitês que impulsionam esses projetos.
Todos os dias, eu passo algum tempo com o diretor e o subdiretor para enfrentar os negócios diários, preparo as reuniões do conselho e me comunico. Falo no interior da Igreja, falo com os jornalistas. Hoje (quinta-feira), almocei com o embaixador de um dos maiores países do mundo, para lhe explicar o que estamos fazendo.
Você me encontrará sempre administrando projetos, ocupando-me dos negócios diários e comunicando.
Obrigado por também falar conosco. Existem histórias de que você é uma espécie de diretor part-time. Você não vive todo o tempo em Roma. Isso é adaptável?
Se você observa nossos estatutos, verá que nós [o conselho] nos reunimos a cada três meses como um comitê e uma vez por mês eu reviso o resultado econômico com o diretor geral. Isso é o que os pais fundadores imaginaram para meu posto.
Quando me entrevistaram, disseram-me “um ou dois dias da semana”, agora, são três dias em Roma e um ou dois dias quando trabalho em outras partes do mundo, para o Instituto. Acredito, realmente, que com o tempo deveria me movimentar de forma mais ajustada com nossos estatutos.
Contudo, nesse momento, é apropriado para seu trabalho.
Quando observo os desafios que temos, necessitamos de todas as horas dedicadas para isto.
Seu posto está sob a supervisão de uma comissão de cardeais. Na prática, como se trabalha assim?
Temos uma comissão de cinco cardeais, que é a instância suprema de nosso Instituto. Reunimo-nos com eles a cada dois ou três meses, em geral, no contexto de uma reunião de conselho. O diretor geral e eu nos reunimos mensalmente com o presidente da comissão de cardeais para informar, mas também para coordenar o que estamos fazendo.
Há também outras agências, como empresas de consultorias, incluídas em seu trabalho?
Há uma agência principal, que não é uma empresa de consultoria, mas nossa supervisora, a AIF. É a autoridade que supervisiona todas as instituições financeiras do Vaticano. Eu a ofereço regularmente um relatório e trabalho estreitamente com ela.
Respeito assessores externos, contratei certa quantidade deles. Contratei aquela que provavelmente é a consultora mais importante em lavagem de dinheiro, para revisar cada uma de nossas contas e para revisar nossas estruturas e procedimentos, com o objetivo de detectar operações de lavagem de dinheiro.
Contratamos também especialistas em comunicação e contratamos um dos estudos jurídicos líder, em nível mundial, para que nos ajude a compreender melhor nossa estrutura de trabalho e a cumprir com as leis.
Falemos sobre a lavagem de dinheiro, suponho que existem normas que você deseja aplicar.
A Santa Sé se comprometeu a cumprir as normas internacionais. Eu aplico a lei e também as normas mais rigorosas, que são exigidas de nossos bancos credenciados. Todas as semanas, em meu escritório, tenho todos os casos suspeitos e me reúno, semanalmente, com um responsável para coordenar os esforços contra a lavagem de dinheiro. Também temos uma política de tolerância zero, tanto em relação aos clientes, como aos empregados que possam estar envolvidos em atividades de lavagem de dinheiro.
Falemos sobre o banco. Embora não seja o termo correto para designar o Instituto que você preside, é conhecido como o “Banco do Vaticano” e está ligado a um grande número de mitos. Deixemos de lado estes mitos. O que é exatamente o IOR?
O IOR é o mesmo desde que foi instituído, em 1942. Só faz duas coisas: recebe os depósitos de seus clientes e os mantém em guardados. Acima de tudo, somos algo parecido com um escritório familiar, que protege os fundos dos membros da família. Esses membros da família são a Santa Sé, entidades relacionadas com a Santa Sé, a maioria das congregações com atividades em todo o mundo, clérigos e os empregados do Vaticano.
O segundo serviço que nós oferecemos, próximo à proteção e custódia, é o pagamento de serviços. Significa que para as entidades do Vaticano e para as congregações com atividades em todo o mundo, oferecemos o serviço de transferência de fundos para os lugares onde desenvolvem suas atividades.
Estritamente falando, vocês não são um banco?
Não somos um banco. Não emprestamos dinheiro, não fazemos investimentos diretos, não atuamos como contrapartida financeira, por isso não se pode conseguir de nossa parte uma mostra ou uma cobertura. Não especulamos com divisas, nem com bens, nossa atividade fundamental é receber dinheiro como depósito e, em seguida, nós o investimos em bônus governamentais, em alguns bônus corporativos e no mercado interbancário, no qual depositamos com outros bancos, por uma taxa de juros levemente superior em relação a que nós recebemos, com a incumbência de poder devolver o dinheiro a nossos clientes sempre que desejarem.
O que existe em comum com os bancos é que vocês ganham dinheiro. No final do dia, há algum superávit. É o que se pretende ou é algo que acontece?
Nossa missão é servir. Se nós fazemos bem nosso trabalho, podemos esperar obter um superávit. Em média, contribuímos com 55 milhões de euros para o orçamento do Vaticano e somos um dos pilares econômicos mais importantes. Agora bem, você pode me perguntar como ganhamos 55 milhões de euros. Se você observa nossa declaração de renda, há três elementos básicos: um é o juro que pagamos aos que depositam. Em seguida, a renda por juros que obtemos disso. Essa é nossa parte mais importante da renda e que a cada ano seria entre 50 e 70 milhões de euros, disso você pode deduzir nossos custos.
Além disso, obtemos alguns lucros nos preços dos bônus que sobem e baixam. Com isso, você pode ver qual é nosso benefício. Também há uma margem de juros, ou seja, há mudanças nos valores dos bônus que temos em nosso poder, disso, você deduz o custo operativo de aproximadamente 25 milhões de euros.
Imagino que isso vai diretamente para uma conta em seu próprio banco, para que o Vaticano possa cumprir com seus objetivos, não é certo?
Vai para uma conta que é para o Vaticano.
Hipoteticamente falando, eu me aproximo de você, acabo de fundar uma congregação religiosa. Que serviço você pode oferecer para minha congregação e eu?
Somente dois: você pode depositar seus fundos, que recebeu de todos os que o apoiam. Nós os mantemos em segurança, pagamos-lhe um juro e lhe devolvemos o dinheiro quando necessitar. Se você me diz que se estabeleceu em três províncias, uma na Ásia, outra na África e outra na América Latina, eu posso assegurar a transferência de seus fundos para seus irmãos que estão no estrangeiro, fazendo obras de caridade, e garanto que o dinheiro chegará até eles, inclusive, nos lugares mais estranhos do mundo.
Qual é o serviço exclusivo que o IOR oferece? Que tipo de serviço é este que um grande banco ou um médio não pode oferecer?
O que realmente nos distingue é que nós conhecemos perfeitamente o mundo da Igreja e a missão da Igreja. Há 112 pessoas no IOR, que conta com 19.000 clientes. Em sua grande maioria, são freiras ou clérigos, e com frequência conhecem a pessoa que faz o atendimento no IOR, desde há 20 ou 30 anos. Sabemos exatamente do que precisam. Aqui, existe uma pessoa em quem podem confiar e é esta relação pessoal que faz com que venham aqui.
Competimos como qualquer outra instituição financeira do mundo. Cada um de nossos clientes, constantemente, é interpelado pelos bancos para que sigam com eles. Se eles ficam conosco, é porque desejam estar conosco. Você sabe que se perguntássemos se “deveríamos fechar o IOR?”, 99,99% de nossos clientes seriam contra. Eles querem permanecer aqui, querem depositar o dinheiro aqui. Tem um serviço pessoal e a experiência também mostra que é muito seguro. O IOR está altamente capitalizado, tem um patrimônio ao redor de 800 milhões de euros, em um balanço geral de 5 bilhões de euros. É o dobro do que você obteria em bancos fora do Vaticano. Durante a crise financeira nunca estivemos com problemas. Nenhum governo teve que nos resgatar, somos muito, muito seguros.
Seu serviço especial é que seu pessoal conhece os clientes e a Igreja, mas, na sequência, outra instituição também poderia oferecer esse tipo de serviço. Há outros bancos, bancos eclesiásticos, por exemplo, que poderiam oferecer serviços iguais, não é verdade?
Também poderiam oferecer um serviço muito bom. Eu não diria igual, porque cada serviço é diferente. Muitos de nossos clientes, provavelmente, também utilizam outros bancos e comparam nosso serviço com o destes.
Por que o Vaticano deve ter um banco? É uma pergunta que, com frequência, é formulada, especialmente, agora, após a eleição do papa Francisco. O que você responde quando lhe é perguntado por que o Vaticano deveria ter um banco ou qual é a sua necessidade?
Eu o consideraria a partir de duas perspectivas. Uma é a de nossos clientes: eles querem estar conosco. Porque 19.000 clientes escolheram colocar seu dinheiro aqui. O outro modo de considerá-lo é questionar se prestamos um bom serviço ao Santo Padre. E, com a reputação que temos, não temos prestado um bom serviço ao Santo Padre. Esta reputação obscurece a mensagem. Considero que minha primeira é mais importante tarefa é abordar este problema.
Para sair do canto?
Para nos distanciarmos do centro das atenções e ir para um canto [riso]: oferecer nosso serviço com humildade e não estar o todo o tempo no centro das atenções.
Você mencionou o número de clientes. Em comparação com outros bancos, é um banco grande, pequeno, médio?
É pequenino. Há poucos bancos menores que o nosso Instituto.
O relatório elaborado pela autoridade de supervisão, AIF, que você mencionou antes, na semana passada, assinalou irregularidades em seis casos. Isto significa que o IOR está envolvido em comportamentos não apropriados para um banco do Vaticano? O que nos dizem esses números?
A primeira coisa que esses números nos dizem é a forma como começam os rumores. Não são irregularidades, são suspeitas, o que prova que nosso sistema de monitoramento começa a trabalhar. Significa que somos zelosos e que nós identificamos seis transações que pensamos que poderiam ser inapropriadas, por isso, nós as relatamos para nosso supervisor. Quando identificamos uma transação desse tipo, imediatamente, informamos nosso supervisor, a AIF.
Esse é o método de transparência da AIF e também de vocês.
É o sistema de informações que está em marcha dentro da Santa Sé e que é aplicável para todas as instituições financeiras. É o que você esperaria de um sistema financeiro moderno: ter um sistema que filtra cada transação. Não somos um banco, mas, como instituição financeira, o mesmo sistema se aplica para nós. Filtramos cada transação, caso seja detectado algum comportamento suspeito, é apresentado com a AIF um relatório de Transação Suspeita. Esse sistema está planejado para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
Comentou-se muito sobre a lista branca da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico [OECD, em suas siglas em inglês], o Vaticano quer ser aceito como membro dessa lista branca, de que modo o Instituto contribui para isso?
Não há uma lista branca. O propósito do processo Moneyval é identificar países e jurisdições que possam causar um risco ao sistema financeiro global. Isto se faz mediante avaliações do contexto legal de cada país e jurisdição. Os países e as jurisdições considerados críticos são detalhados. No último ano, a Santa Sé foi avaliada e segundo o relatório de Moneyval, publicado no ano anterior, a Santa Sé tem um sistema funcional instituído em ordem e não é considerada uma jurisdição crítica. É preciso dizer que nós somos um aspecto desse sistema. Especificamente, solicitam-nos que tenhamos procedimentos mais enérgicos e estruturas mais sólidas, em ordem para detectar transações suspeitas e em ordem para detectar clientes suspeitos. Neste momento, contratei a consultora líder no mundo para estas questões, com o objetivo de reescrever nosso manual sobre a forma como detectar transações e clientes suspeitos e para revisar todas nossas contas. As estruturas e os procedimentos estarão prontos para o final do verão e assim teremos completado essa parte do processo. Iremos mais além e revisaremos cada depósito, em particular, e isto nós cumpriremos até o final deste ano.
Existem contas numeradas no Instituto? Sempre há rumores a respeito de supostas grandes somas de dinheiro em contas não identificadas.
Esse é outro bom exemplo. É pura ficção. Não há contas numeradas. Desde 1996, é tecnicamente impossível, em nosso sistema, criar um depósito numerado. Seria contra as leis do Vaticano. Eu mesmo examinei o sistema e fiz controles aleatórios, e não encontrei nenhuma pista de contas numeradas.
Tampouco no passado?
Não tinham funcionado no sistema.
Sentados, aqui, na entrevista, temos o relatório da autoridade de supervisão, a AIF da última semana: o novo lema do IOR é “transparência”?
A transparência é chave, mas não somente ela, mas, também, o que você observa ao final, quando se é transparente: quando se está completamente limpo, da forma como se deve ser, quando se deseja ser aceito no sistema financeiro internacional.
A transparência não é nada que o mundo já não conte e para a qual o Vaticano precisa ser arrastado. Se você voltar 15 anos, verá que éramos provavelmente muito normais no modo como todas as instituições financeiras privadas no mundo, e também as públicas, operavam com o sigilo bancário. Hoje, continua sendo um grande tema, na União Europeia, até que ponto deve chegar o sigilo bancário.
Depois, ocorreram três coisas. A primeira foi no dia 11 de setembro de 2001, quando os estadunidenses se lançaram a identificar o financiamento do terrorismo. Esse processo começou naturalmente com os maiores bancos do mundo e agora chegou até o banco ou Instituto menor, no Estado mais insignificante. Isso levou anos.
Em seguida, vieram os meios de comunicação social e com esses meios tornou-se presente um conceito completamente novo na mente da opinião pública sobre o sigilo, também na área das finanças.
Posteriormente, veio a crise financeira e a necessidade e o desejo das autoridades impositivas para tratar de maneira justa todos os contribuintes, reivindicando a responsabilidade dos que evadem impostos. Isto, novamente, obrigou as instituições financeiras a deixar de lado parte do sigilo bancário.
Estes três acontecimentos transformaram o ambiente financeiro no mundo e nós demoramos em nos adaptar a este novo mundo. Agora, estamos nos apurando para ficarmos em dia e para estar ali onde estávamos 15 anos atrás: numa situação relativamente normal, comparada com outras instituições financeiras.
Porém, assim como você mencionou, no momento em que há uma espécie de sombra sobre o Vaticano, isto mancha a imagem do papado e do Vaticano. É óbvio que há algo que está ruim ou que ainda não foi colocado em prática?
Sim. Agora estamos recuperando nossa reputação. O mais importante que devo fazer é isto: eliminar esta sombra.
Isto é possível?
Sim. Eu acredito que somos uma instituição financeira bem administrada e limpa. Podemos melhorar em todas as áreas, da mesma forma que todos os demais, e estamos tratando de ser tão bons como são as instituições parecidas. Além disso, necessitamos comunicar. No passado, não falamos com ninguém, começando pelos nossos integrantes mais próximos. Não falamos com os cardeais de forma sistemática, não falamos com a Cúria, não falamos com a Igreja. Todo membro da Igreja Católica, no mundo, tem o direito de estar bem informado a respeito desta instituição.
O que estamos fazendo agora? Começamos a falar com os meios de comunicação, falamos dentro da Igreja e informamos de maneira sistemática nossos integrantes chaves. Publicaremos um relatório anual, assim como qualquer instituição financeira faz e colocaremos essa informação na Internet, a partir do dia 1 de outubro, em nossa própria página web.
Em um prazo de cinco anos, não é verdade?
Para ser preciso, eu planejei conquistar isto na metade do prazo. Minha gestão termina em 2015.
Em 2015, o que é que você consideraria um êxito?
Meu sonho é muito claro. Meu sonho é que nossa reputação seja tal que as pessoas não pensem mais em nós quando pensam sobre o Vaticano, mas que escutem o que o Papa diz.
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O IOR na perspectiva de seu presidente. Entrevista com Ernst von Freyberg - Instituto Humanitas Unisinos - IHU