Por: Jonas | 17 Dezembro 2014
O papa Francisco enviou o cardeal Peter Turkson (foto) a Serra Leoa e Libéria, os dois países mais atingidos pela epidemia do ebola, para apoiar as organizações católicas que batalham, “em primeira fila”, em favor das populações atingidas.
Fonte: http://goo.gl/FnQOuw |
A reportagem é publicada por Religión Digital, 15-12-2014. A tradução é do Cepat.
O cardeal africano Turkson, proveniente de Gana, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, deverá partir, na terça-feira, junto com um médico da Caritas Internacional, Robert J. Vitillo, a organização humanitária da Igreja católica.
Os religiosos e voluntários dos países afetados precisam auxiliar não apenas os enfermos, como também os parentes e próximos, em especial aos órfãos, crianças e adolescentes que perderam seus pais por causa do vírus.
“Os órfãos por causa do ebola são rejeitados pelas famílias que não se contagiaram. Trata-se de um grave problema social”, explicou Robert Vitillo, da Caritas Internacional.
O perigo de contágio gera situações difíceis, entre elas, a rejeição em participar de ritos fúnebres, uma tradição muito importante para essas populações, acrescentou.
“Também é necessário ajudar os religiosos e operadores a responder as necessidades espirituais daqueles que contraíram a enfermidade”, esclareceu o purpurado. “A Igreja, compreendendo a Caritas, as congregações religiosas e os outros organismos de inspiração católica, estiveram em “primeira linha” para oferecer uma resposta ao ebola”, afirmou Vitillo.
“Além de oferecer assistência sanitária para outras enfermidades e estabelecer severos procedimentos de controle das infecções e áreas de screening, a Igreja, para prevenir a transmissão do vírus, mobilizou a resposta e a formação da comunidade com a finalidade de envolver o clero e os grupos paroquiais locais para que redobrem seus esforços para deter a difusão deste vírus letal”.
“Em diversas ocasiões – conclui o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz – o Santo Padre manifestou sua profunda preocupação com as pessoas atingidas pelo ebola e por seus entes queridos. Espero expressar a solidariedade do Papa e de toda a Igreja”.
Após ter semeado o pânico na África ocidental, em 2014, com mais de 6.500 vítimas, e preocupação no restante do mundo, pode ser que a epidemia do ebola desacelere, em 2015, graças à mobilização da comunidade internacional.
Essa é a esperança de um número crescente de especialistas e responsáveis pela saúde, que estimam que a partir de meados do próximo ano se chegará a um ponto de inflexão, graças, sobretudo, à aplicação de medidas sanitárias sistemáticas, como o isolamento do enfermo, novos medicamentos e vacinas.
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Papa envia Turkson para apoiar os que combatem o ebola em Serra Leoa e Libéria - Instituto Humanitas Unisinos - IHU