Dia de São José

Mais Lidos

  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

18 Março 2014

Da coluna de Ancelmo Gois, jornalista, publicada no jornal O Globo, 17-03-2014:

Quarta agora, completam-se 50 anos da primeira de uma série de marchas da Família com Deus pela Liberdade contra João Goulart. A data, 19 de março, foi escolhida também porque coincidia com o Dia de São José, padroeiro das famílias. Aconteceu em São Paulo e reuniu 200 mil pessoas, muito mais das que foram apoiar o governo dias antes na Central, no Rio.

Amanhã, (hoje, 18-03-2014), véspera dos 50 anos da marcha, o historiador Carlos Fico lança na Travessa “O golpe de 1964”, pela FGV.

Sociedade civil

O livro aborda, numa linguagem de fácil acesso, o apoio ao golpe por uma parte da classe média urbana, da igreja, da imprensa e de políticos importantes da época, além do governo dos EUA.

Para Fico, organismos como OAB, ABI e CNBB, que depois lutaram contra a ditadura, tiveram, de início, atitudes, no mínimo, dúbias: “Não foi uma iniciativa de militares desarvorados”, diz, lembrando, entretanto, que “Goulart tinha razoável apoio popular, tanto que uma pesquisa do Ibope na época dava ao governo o apoio de 66% dos paulistas”.

Do golpe às trevas

Para o historiador, com o tempo, o golpe se transformou numa ditadura: “O regime passou a ser eminentemente militar, levando muitas pessoas que o apoiaram a se arrependerem.”

Aliás, muitos civis foram afastados pelos militares porque punham em risco o seu poder. JK e Lacerda são exemplos.