13 Março 2014
O arcebispo de Munique, o cardeal Reinhard Marx, 60 anos, também estará no superministério de economia recém-criado no Vaticano. Ou, melhor, será ele que vai liderar o conselho de especialistas que deverá indicar as políticas de poupança e investimento da Santa Sé.
A reportagem é de Francesco Peloso, publicada no sítio Pagina 99, 12-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O purpurado também está à frente da Comece, o órgão que reúne os episcopados da União Europeia, e é um dos mais próximos conselheiros do Papa Francisco. O "Alemão", como o papa o chamou algumas vezes, está se revelando um dos homens-chave de Bergoglio, embora tenha sido nomeado cardeal por Bento XVI.
No passado, ele guiou também a diocese de Trier e – com tal sobrenome, não podia ser de outra forma – publicou em 2009 um livro de um título no mínimo clássico: O capital. Uma crítica cristã às razões do mercado, em que explicava que, conclusões revolucionárias à parte, o trabalho do seu ilustre homônimo não era assim tão ruim. A coincidência, digamos assim, logo o torno famoso.
Além disso, o cardeal reputa que "um capitalismo privado de humanidade, solidariedade e justiça deve ser considerado como imoral e sem futuro". Nisso, ele está alinhado com a Evangelii gaudium do Papa Francisco, o primeiro texto programático do pontificado.
O cardeal também tomou posição como líder dos bispos europeus – contra movimentos nacionalistas e xenófobos, mas pediu que Bruxelas mudasse tudo ou quase tudo de suas políticas econômicas.
Nota da IHU On-Line: Ontem, dia 13-03-2014, Reinhard Marx foi eleito presidente da Conferência Episcopal da Alemanha.
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Marx, o superministro vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU