Kierkegaard na oração inter-religiosa desta semana

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS
  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

16 Outubro 2015

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora e com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Do lírio e do pássaro

Pai celestial!

Que aprendamos o que é tão difícil de aprender

em meio à sociedade humana,

especialmente em seu tumulto;

aquilo que, se alhures aprendemos,

tão facilmente esquecemos em meio à sociedade humana,

especialmente em seu tumulto:

o que significa ser homem,

e aprendamos que isso piedosamente é demandado.

Que o aprendamos, e caso o tenhamos esquecido,

tornemos a aprender do lírio e do pássaro!

Que o aprendamos, senão de uma só vez

e cabalmente, ao menos em parte e pouco a pouco!

Que aprendamos agora do lírio e do pássaro:

silêncio, obediência e alegria!

Fonte: Soren Kierkegaard. Os lírios do campo e as aves do céu. Três discursos piedosos, 1849.

Søren Kierkegaard (05-05-1813 – 11-11-1855): Teólogo e filósofo dinamarquês. Um pensador pós-iluminista que estava vinculado a uma pauta cristã, mas que não deixou de servir como modelo ao mundo secular. Suas obras tratam, em especial, da existência humana e do modo de vida que cada indivíduo deve viver, abordando as opções pessoais que cada um pode seguir. Kierkegaard deixou um grande legado de sua criação, com inúmeras publicações. Entre suas obras traduzidas para o português, destacamos: O conceito de ironia (Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2005); Migalhas filosóficas (Petrópolis: Vozes, 2008); As obras do amor (Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2007); e In vino veritas (Lisboa: Antígona, 2005).

*Fonte da imagem: www.recantodasletras.com.br

Para ler mais:

Kierkegaard – 200 anos depois. Revista IHU On-Line, N°. 418
A atualidade de Søren Kierkegaard. Revista IHU On-Line, N°. 314
Tornar-se cristão, o núcleo do pensamento de Kierkegaard. Entrevista especial com Jonas Roos
Bicentenário lembra filósofo dinamarquês Kierkegaard, “pai do existencialismo”
Celebrando Kierkegaard, um pensador apaixonado. Artigo de George Pattison