Por: André | 09 Dezembro 2015
Uma comissão do governo australiano analisou a atuação do cardeal George Pell, que dirige a Secretaria para a Economia do Vaticano, em uma denúncia de pederastia na Igreja católica.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 07-12-2015. A tradução é de André Langer.
David Ridsdale, que é vítima e sobrinho do padre pederasta Gerard Francisc Ridsdale, acusa Pell de tentar suborná-lo em 1993 quando supostamente lhe disse: “Quero saber o que devemos fazer para mantê-lo em silêncio”, segundo a agência local de notícias AAP.
A Comissão governamental que investiga os casos de abusos sexuais em organizações religiosas, estatais e públicas centrou sua sessão desta segunda-feira no confronto das versões de ambas as partes.
O advogado de Pell, Sam Duggan, garantiu que o cardeal nunca pediu a Ridsdale seu silêncio, mas a vítima reafirmou suas declarações.
O padre John Thomas Walsh também recordou que falou com Pell após este falar por telefone com Ridsdale, em uma conversa na qual se mostrou preocupado com o impacto na vítima pelo abuso sexual ao qual foi submetido, segundo a fonte.
“Lembro que o bispo Pell estava muito preocupado com David e de ter dito algo como ‘David está em um estado desastroso’ e sentir-se terrivelmente mal por isso”, disse o padre Walsh em uma declaração feita por escrito.
O advogado Duggan destacou que pode ter sido mal-entendido ao interpretar as palavras de Pell, mas Ridsdale enfatizou que, se tivesse sido este o caso, nunca tentou corrigi-lo ou esclarecê-lo.
Espera-se que Pell se apresente na próxima semana para depor na comissão na cidade de Melbourne e falar sobre sua atuação nos casos de abusos sexuais.
Pell, atual “ministro” de Finanças do Vaticano, foi padre assistente na localidade de Ballarat East, no Estado de Victoria, no sudeste do país, antes de ser arcebispo da cidade de Melbourne e posteriormente de Sidney.
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Austrália investiga a atuação do cardeal Pell em vários casos de abusos contra menores - Instituto Humanitas Unisinos - IHU