Por: André | 27 Outubro 2015
A Irmã Carmen Sammut (foto) fala sobre o lugar concedido às mulheres no Sínodo sobre a Família. Ela é a presidenta da União Internacional das Superioras Gerais.
Fonte: http://bit.ly/1Wfnknz |
A reportagem é de Céline Hoyeau e publicada por La Croix, 25-10-2015. A tradução é de André Langer.
“Para mim, o Sínodo foi uma oportunidade e uma prova. Uma oportunidade de estar em um espaço de universalidade tão grande. Uma prova também porque havia tão poucas mulheres, e, portanto, a universalidade estava limitada... Necessariamente, neste encontro, a voz de três religiosas não tinha muito peso. Como as nossas intervenções ocorreram apenas no final da segunda semana, algumas delas já estavam defasadas. Isso foi muito frustrante.
Eu penso que o Sínodo ganharia verdadeiramente se ouvisse a voz das mulheres, especialistas em diversas áreas, muito próximas da vida daqueles e daquelas que sofrem, marginalizados, e ouvi-las antes para levar em conta o seu ponto de vista nas discussões. Eu tive momentos de desolação, quando pensei que estava bloqueado e que nada de novo surgiria no resultado final.
“Eu pensei que etava tudo bloqueado”
Mas, no sábado à noite, eu tive a alegria de ver, mais uma vez, que o Espírito Santo teve a última palavra. Estou feliz pelo fato de que o texto final fala sobre a necessidade de defender e de promover a dignidade das mulheres, sobre a discriminação e as violências de que muitas vezes são objeto. E o documento reconhece que sua participação na Igreja – nos processos de decisão, no governo de algumas instituições e na formação do clero – pode contribuir para um melhor reconhecimento social das mulheres. Esperamos, agora, que essas declarações sejam colocadas em prática.”
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“O Sínodo sobre a Família ganharia se ouvisse a voz das mulheres” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU