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A inteligência abandonou a Igreja? Lucetta Scaraffia analisa Alain Besançon

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28 Julho 2015

Para ser persuasiva, a Igreja deve ser inteligente: ou seja, deve entender os fenômenos com que se defronta, entender a realidade. Hoje, aos cristãos, só restam a força da verdade e a capacidade de persuasão, como no tempo dos apóstolos: mas para persuadir, é melhor ser inteligente.

A opinião é da historiadora italiana Lucetta Scaraffia, membro do Comitê Italiano de Bioética e professora da Universidade La Sapienza de Roma. O artigo foi publicado no jornal L'Osservatore Romano, 15-07-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Alain Besançon, um dos mais inteligentes pensadores católicos do nosso tempo, acaba de reunir em um livro (Problèmes religieux contemporains [Problemas religiosos contemporâneos], Paris: De Fallois, 2015, 278 páginas) alguns artigos em que reflete sobre os principais problemas que a Igreja deve enfrentar: as relações com o mundo ortodoxo, o comunismo, o Islã, o Holocausto, o celibato dos sacerdotes, aos quais se acrescentam questões mais claramente culturais, como a relação com a arte religiosa, com a ciência das religiões e com a atual "geografia" do inferno.

Mas, mesmo que se trate, em todos os casos, de textos afiados e cheios de reflexões novas e muito estimulantes, o seu ponto de vista, em certo sentido, pode ser resumido no artigo que ele colocou no coração do livro e no qual ele se pergunta se a inteligência abandonou a Igreja latina.

Aqui, o autor tenta encontrar uma resposta para aquilo que ele denuncia nas outras intervenções: isto é, ele quer entender o motivo pelo qual diminuiu, nas hierarquias eclesiásticas que representam publicamente o ponto de vista da Igreja, a capacidade de compreender os problemas do mundo em que vivem.

Para ser persuasiva – escreve Besançon – a Igreja deve ser inteligente: ou seja, deve entender os fenômenos com que se defronta, entender a realidade. Refazendo os acontecimentos históricos, o estudioso francês destaca que, de uma situação de longo predomínio cultural, o clero foi se encontrando progressivamente marginalizado e posto de lado em favor dos leigos. E, embora ainda sejam muitos os eclesiásticos que "se mantêm atualizados" – observa depois – hoje, entre eles, "a energia criativa se torna rara".

A partir da patrologia – e Besançon lembra que apenas a série latina dos Padres da Igreja publicada pela Migne em meados do século XIX contra com 217 volumes, impressos em duas colunas muito densas, que incluem escritores e textos até o início do século XIII –, pode-se constatar a riqueza e a complexidade da cultura cristã.

Essa situação nasce do fato de que "não há nenhum autor que compreenda com o seu pensamento a totalidade da fé, do modo como existe no sensus fidei dos fiéis, na autoridade da Igreja hierárquica e nas escrituras canônicas. Tanto que, muitas vezes, as heresias nascem justamente de uma tentativa de dar uma explicação racional à fé".

Mas nem por isso os cristãos se opõem à cultura, ao contrário: eles "aceitam a sua irracionalidade de fundo e reivindicam que esses mistérios, em vez de bloquear a razão, constituam para ela uma luz obscura e um convite a se superar continuamente".

Foi por volta do século XIV que a excelente construção teológica levantada pelos melhores intelectos ameaçou desabar: por um lado, com a bofetada de Anagni começou-se a minar nos fundamentos a organização eclesiástica; por outro, a sólida catedral teórica construída por Tomás de Aquino foi posta em dúvida por ockhamistas que dividiram a fé da filosofia, para reaproximá-la da experiência.

Mais tarde, o movimento da devotio moderna, na qual a vontade tende a prevalecer sobre a razão, começou a influenciar a religiosidade popular: a especulação intelectual, que renuncia a "ver a Deus", começa a construir aquele saber certo e cumulativo que se construirá, depois, como ciência, enquanto a religião se torna o lugar do amor desinteressado, vive na emoção que leva a se voltar mais à oração do que ao estudo dos textos sagrados. A Bíblia começa a se tornar, então, no espírito dos novos leitores, uma reserva de acusações contra a instituição eclesiástica, que perde autoridade.

Só com o Concílio de Trento a Igreja voltará a ser mestra da Sagrada Escritura, com a fixação definitiva da lista dos livros canônicos que a compõem e com a valorização da sua inspiração. O culto é reorientado aos sacramentos, especialmente para a eucaristia, mas a Bíblia perde terreno na cultura francesa, italiana, espanhola, muito diferentemente do que acontece na alemã e inglesa, com a consequência de um indubitável empobrecimento cultural no mundo católico.

Somam-se a isso a fidelidade à doutrina escolástica e a censura, da qual faz parte o Índice dos livros proibidos: todos procedimentos que tiveram o efeito de tornar estéril o pensamento, especialmente nos seminários e em todos os locais de formação dos sacerdotes. A esse efeito, acrescenta-se o de uma progressiva centralização, que se acentuará mais tarde com a progressiva separação entre Estado e Igreja desejada pela secularização.

Depois de Trento, os clérigos se reservaram à função de pensar nas coisas mais altas, mas não têm mais o desejo e o estímulo necessários: "Quando aqueles que receberam a missão de pensar deixaram de fazê-lo?", pergunta-se Besançon. E ele responde notando que as diferenças animavam a inteligência, enquanto a uniformidade induz à sonolência. E, consequentemente, aconteceu que, na idade moderna, todo o povo cristão acabou se limitando à tarefa de conservar a fé, contentando-se com o ensinamento catequético.

Prevalece, então, a indiferença: a Igreja torna-se indiferente ao movimento das ideias no mesmo momento em que ele se torna indiferente a ela mesma. O pensamento católico – escreve o historiador francês – "se protegeu do debate, por medo, isolamento, incompreensão".

Em última análise, não importa mais à instituição eclesiástica contar cada vez menos e ela se compraz consigo mesma. Devemos, portanto, nos surpreender se a Igreja hoje se esforce para ser ouvida? Hoje, aos cristãos, só restam a força da verdade e a capacidade de persuasão, como no tempo dos apóstolos: mas para persuadir – reitera Besançon – é melhor ser inteligente.


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