Por: Jonas | 15 Abril 2015
Um grupo de trabalho da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, da qual fazem parte duas vítimas de sacerdotes pedófilos, manifestou “preocupações” com a recente nomeação do bispo chileno Juan de la Cruz Barros Madrid para a Diocese de Osorno, na qual é acusado de ter ocultado as acusações de pedofilia contra um sacerdote. Hoje, ocorreu um encontro, que não foi anunciado, com o cardeal Sean O’Malley, presidente da Comissão, no Vaticano.
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 13-04-2015. A tradução é do Cepat.
“Ainda que nossa tarefa não seja a de enfrentar casos individuais, a proteção dos menores é nossa principal preocupação”, afirmou o grupo de trabalho, ou subcomissão, em uma nota. “O processo de nomeação dos bispos comprometidos com a proteção dos menores e consciente dela é de importância fundamental. À luz do fato de que o abuso sexual é tão comum, a capacidade de um bispo de promulgar políticas eficazes e de monitorar atentamente sua aplicação é essencial. O cardeal O’Malley concordou em apresentar as preocupações da subcomissão ao Santo Padre”.
Dom Barros entrou na Diocese de Osorno como bispo, no último dia 21 de março, em meio a protestos de alguns fiéis na catedral. Vítimas chilenas de abusos sexuais o acusam de ter ocultado o caso do sacerdote Fernando Karadima, reconhecido culpado por pedofilia. O grupo de trabalho (uma das subcomissões temáticas nas quais se divide a Comissão Vaticana) conta com a presença de duas vítimas de sacerdotes pedófilos: a irlandesa Marie Collins e o inglês Peter Saunders, que se reuniram com o Papa, em Santa Marta, há alguns meses. Além disso, fazem parte da comissão a francesa Catherine Bonnet e a baronesa inglesa Sheila Hollins.
“No avião, do aeroporto de Roma para casa, após um bom encontro com o cardeal O’Malley, tuitou, nesta manhã, Collins.
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Pedofilia. Encontro da subcomissão vaticana a propósito do bispo chileno Barros - Instituto Humanitas Unisinos - IHU