‘Há potencial de epidemia de chikungunya no país’, diz representante do Ministério da Saúde

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

26 Março 2015

Na Reunião Macrorregional Sudeste, Sul e Centro-Oeste sobre dengue e chikungunya, realizada nesta terça-feira no Rio de Janeiro (e que se estende até esta quarta-feira), o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que a chikungunya é uma potencial ameaça. O encontro reuniu representantes, gestores e técnicos, das secretarias estaduais e municipais de saúde das regiões.

A reportagem foi publicada pelo jornal O Globo, 24-03-2015.

— Se alguém se iludiu... Existe um potencial de epidemia de chikungunya no país. O perigo aumentou. Há um cenário de altíssima transmissão — colocou Coelho.

— Não cabe mais estados e municípios terem seus planos de contingência ignorados. É uma ferramenta que deve ser adotada.

De acordo com a pasta, até 7 de março foram registrados 1.049 casos autóctones (de pessoas sem histórico de viagem para países com transmissão da doença) confirmados de febre chikungunya, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. Em 2014, foram 2.773. Entre 2014 e 2015, foram confirmados 100 casos importados da doença, de pessoas que viajaram para países como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe.

Os planos de contingência devem ter, segundo Coelho, componentes voltados para o enfrentamento que englobe: o combate ao vetor, com equipamentos de nebulização espacial; um componente de comunicação e mobilização social; um componente de vigilância epidemiológica, ou seja, notificação imediata dos casos, investigação oportuna dos óbitos; e um componente de assistência.

No encontro, profissionais também discutirão a assistência prestada aos pacientes com dengue e chikungunya e o planejamento e fortalecimento das ações de combate à doença. Nos dias 31 de março e 1º de abril, será a vez de representantes dos estados e municípios das regiões Norte e Nordeste participarem do debate.

Vacina em 2016

Já quanto à imunização, Coelho afirmou que o estudo de soroprevalência da vacina contra a dengue será realizado no primeiro semestre deste ano em 63 cidades em todas as regiões, com um total de 65 mil amostras. Ele acrescentou, ainda, que laboratórios pretendem pleitear o registro da vacina ainda este ano.

— Até o final do ano teremos um plano de introdução da vacina de dengue — disse. — Até 2016, se tudo der certo, ela deve estar no calendário de vacinação. No entanto, nós não podemos esquecer que temos um cenário, pelo menos a curto prazo, de pouca disponibilidade da vacina. Não podemos esquecer que 1,2 bilhão de pessoas vivem em área endêmica de dengue no mundo.

Essa será a primeira vez que terá havido previamente um planejamento que definirá exatamente, de forma científica, quais as áreas prioritárias para receber as doses, de acordo com o coordenador.