10 Março 2015
A cultura de considerar natural o trabalho infantil, ainda presente no país, só vê como normal o trabalho de crianças pobres, afirmou na sexta-feira (6) a procuradora do Trabalho Sueli Bessa, da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro.
A reportagem é de Vinícius Lisboa, publicada por Agência Brasil, 9-03-2015.
l |
Fonte: http://bit.ly/1F7w6iB |
“Muitas pessoas aceitam como comum o trabalho de crianças que são pobres, e não das que têm boa condição financeira. Não se pode aceitar isso como uma prática que vai contribuir para o futuro da criança e para o seu desenvolvimento. É uma grave violação dos direitos infantis”, disse a procuradora.
Cerca de 100 conselheiros tutelares do estado do Rio de Janeiro estão reunidos hoje e amanhã (6 e 7), para debater formas de combate ao trabalho infantil no estado que, segundo o Censo de 2010, tinha 140 mil crianças nessa situação. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013, em todo o país, 3,1 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham e 486 mil delas têm menos de 13 anos.
Sueli Bessa ressaltou que é preciso sensibilizar os conselheiros e municiá-los contra essa violação de direito. “Às vezes, os conselheiros ficam envolvidos com outras temáticas e deixam isso um pouco de lado. Para erradicar o trabalho infantil, precisamos desses parceiros na ponta”, disse a procuradora, que também destacou a importância dos conselhos tutelares em ações de prevenção, para a “desnaturalização” do trabalho infantil. “Os conselheiros também têm o papel de contribuir para essa mudança de mentalidade. Mostrar que o trabalho infantil é violação grave de direitos humanos.”
Pela Constituição Federal, menores de 16 anos só podem trabalhar em condição de aprendiz e a partir dos 14 anos. Além disso, menores de 18 anos não podem fazer trabalhos insalubres, perigosos ou noturnos. A procuradora recomenda que quem testemunhar menores de idade trabalhando denuncie o caso a conselhos tutelares, à Secretaria de Desenvolvimento Social ou ao Disque 100 o local e, se possível, a identificação da criança ou do adolescente.
Leia a notícia aqui
Que sentimentos esta notícia provocou em você?
Leia-o e deixe que ele ecoe em você.
"Naquele momento, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram:
«Quem é o maior no Reino do Céu?»
Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles,
e disse: «Eu lhes garanto: se vocês não se converterem,
e não se tornarem como crianças, vocês nunca entrarão no Reino do Céu.
Quem se abaixa, e se torna como essa criança, esse é o maior no Reino do Céu.
E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe."
"Cuidado para não desprezar nenhum desses pequeninos,
pois eu digo a vocês: os anjos deles no céu estão sempre na presença do meu Pai que está no céu.
O Filho do Homem veio para salvar o que estava perdido."(Mt 18,1-5.10-11)
Com confiança faça uma oração com o que sentiu.
Se quiser, pode escrever sua prece e enviá-la, para que outros possam rezar junto pelo site.
Mande sua mensagem pelo formulário abaixo:
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Trabalho de crianças pobres ainda é considerado natural, diz procuradora - Instituto Humanitas Unisinos - IHU