Por: Carlos Schonardie e Marilene Maia | 01 Abril 2017
No dia 28 de março de 2017, aconteceu na Unisinos a Oficina de acesso à base de dados do IBGE com ênfase na plataforma Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA, que reúne tabelas estatísticas e permite aos usuários e profissionais elaborar tabelas e fazer o cruzamento de dados de acordo com as variáveis disponíveis. A atividade foi ministrada pelo Supervisor de Informações da Unidade Estadual do IBGE, Ademir Barbosa Koucher.
A Oficina - Base de Dados do IBGE/SIDRA é uma atividade ofertada pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE com o objetivo de disseminar informação e formar profissionais, estudantes e demais interessados, que sejam capazes de utilizar os recursos e dados públicos disponibilizados pelo sítio do IBGE. Em uma das atividades anteriores, a oficina foi transmitida ao vivo pelo canal do IHUComunica no Youtube, e pode ser acessada neste link Oficina: Realidades e Bases de Dados do IBGE (Ademir Koucher).
Também é possível assistir a gravação da oficina "Oficina Retratos da Realidade: acesso às bases de dados públicas", ministrada pela coordenadora do curso de Ciência Econômicas da Unisinos, Gisele Spricigo e que teve o intuito de oportunizar o conhecimento acerca das principais bases de dados públicas, a fim de promover a formação e a informação crítica sobre as realidades dos diferentes municípios do Vale do Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre
O palestrante destacou a nova versão da plataforma SIDRA, implementada recentemente. Em um breve momento inicial, Ademir apresentou os três grandes grupos de pesquisas que propiciam a sustentação para o trabalho da autarquia, quais sejam: estatísticas econômicas; estatísticas de população e domicílio; e estatísticas secundárias.
O representante da instituição também relata algumas dificuldades e mudanças que vêm se colocando para o IBGE e para o futuro do trabalho desta, como é o caso dos altos custos para a realização dos censos populacionais a domicílio; uma reorientação nos questionários, tornando-os mais sucintos. Este último é alvo de uma polêmica, principalmente com relação ao corte de questões referentes à agricultura familiar e dos agrotóxicos do censo rural.
Explica Ademir que, anteriormente, os questionários continham perguntas que abordavam o uso de agrotóxicos nas propriedades rurais, bem como a ocorrência de algum acidente de trabalho relacionado ao uso destes, mas que atualmente apenas questiona-se sobre o uso ou não de produtos agrotóxicos. As reorientações promovidas na instituição foram causadas pelo corte de gastos promovido pelo Governo Federal.
Nesse sentido, as pesquisas e os levantamentos de dados realizados pela instituição expressam importante contribuição para o conhecimento das realidades do país, e permitem subsidiar a elaboração de políticas públicas que sejam adequadas às realidades locais e nacional, objetivando uma busca efetiva para as demandas que se apresentam. Contudo, segundo o Supervisor de Informações da Unidade Estadual do IBGE do Rio Grande do Sul, o futuro das estatísticas e dos dados aponta para o terceiro grupo de estatísticas, chamado de secundárias, ou seja, para o uso de dados e levantamentos, não realizados pelo IBGE, mas por outras empresas deste ramo.
A próxima oficina oferecida pelo ObservaSinos será realizada no dia 06 de abril, das 14h às 17h. Com o nome de “Painel – Diagnóstico socioterritorial e os desafios às políticas públicas”, a atividade busca promover um espaço para ampliar a discussão sobre os dados e as realidades do Vale do Sinos a partir do surgimento e implantação de diagnósticos socioterritoriais na região como instrumentos para o controle, avaliação e monitoramento das políticas públicas. O evento ocorrerá na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros e será ministrado pelo Bel. Paulo Crochemore da Silva, da Secretaria de Desenvolvimento Social de São Leopoldo.
Para realizar a inscrição, basta clicar aqui.
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O acesso à base de dados do IBGE é tema de de oficina promovida no IHU - Instituto Humanitas Unisinos - IHU