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Soborno de la Odebrecht en Colombia es el doble de lo que fue estimado

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Por: Vitor Necchi | 27 Julho 2017

Autoridades de Colombia recibieron más de 27 millones de dólares en sobornos de la Odebrecht, una de las mayores contratistas de Brasil, que se encuentra en el epicentro del escándalo de corrupción que alcanza al gobierno y la clase política. Esta cantidad es más del doble del valor inicialmente estimado, en diciembre del año pasado. Los datos fueron anunciados este martes por el fiscal general de Colombia, Néstor Humberto Martínez, que reveló que el soborno fue pagado para que la empresa ganara la licitación para construir una ruta de 528 kilómetros. Los nuevos números son resultado de una investigación que duró siete meses, pero se especula que las cifras pueden ser aún mayores.

La estimación inicial hecha por el Departamento de Justicia de los Estados Unidos, indicaba que la Odebrecht había pagado 6,5 millones de dólares para la concesión de la Ruta del Sol 2, que une el centro del país con el Caribe, específicamente de Villeta, en el departamento de Cundinamarca, a Ciénaga, en el departamento de Magdalena. También fueron entregados 4,6 millones de dólares para que la empresa fuera beneficiada por un agregado contractual relativo a la autopista Ocaña – Gamarra. Según lo revelado ahora, los valores eran mucho más elevados.

El alcance de los ilícitos cometidos por la empresa va más allá en términos de amplitud geográfica y valores. El Departamento de Justicia de los Estados Unidos divulgó en diciembre del año pasado que funcionarios de la Odebrecht admitieron que pagaron cerca de 788 millones de dólares de sobornos en 12 países de América Latina y África: Brasil, Colombia, Angola, Mozambique, Ecuador, Perú, Panamá, México, República Dominicana, Argentina, Guatemala y Venezuela.

En Brasil, en particular, del 2003 al 2016 la Odebrecht destinó cerca de 349 millones de dólares para sobornar políticos y funcionarios extranjeros. La empresa está en el centro de las irregularidades identificadas por la Operación Lava Jato, que investigó un amplio esquema de corrupción practicado hace décadas. Para ayudar a las investigaciones acerca de los ilícitos de la compañía en el exterior, el Ministerio Público Federal brasileño celebró acuerdos con fiscalías de 15 países.

En Colombia, Martínez presentó una acusación de lavado de dinero contra dos brasileños, un portugués y tres colombianos, por la participación en el esquema de corrupción que alcanzó el país. También solicitó a la Suprema Corte autorización para investigar cinco senadores. El escándalo tiene tantos frentes que llegó al presidente del país, Juan Manuel Santos, acusado en marzo de recibir por lo menos 1 millón de dólares de la Odebrecht para pagar material de la campaña electoral del 2014.

Leia mais

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