23 Fevereiro 2021
“Em nossa Igreja todas compartilham a missão. O poder é compartilhado”.
Estas são as teses coladas nas portas das igrejas por toda a Alemanha pelo movimento de mulheres católicas “Maria 2.0”.
As teses são reproduzidas por Religión Digital, 23-02-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Pois os direitos humanos e a Lei Fundamental garantem a igualdade de direitos para todas as pessoas – somente a Igreja Católica os ignora. Ser homem hoje em dia estabelece direitos especiais na Igreja.
Pois o clericalismo é um dos problemas básicos da Igreja Católica atual e favorece o abuso de poder com todas suas facetas desumanas.
Durante muito tempo, a Igreja Católica foi um cenário de violência sexual. As autoridades eclesiásticas seguem mantendo em segredo a informação sobre estes crimes violentos e eludem sua responsabilidade.
Pois a moral sexual ensinada oficialmente é alheia à vida e discriminatória. Não se baseia na imagem cristã do homem e já não é levada a sério pela maioria dos crentes.
Pois a obrigação do celibato impede as pessoas de seguirem suas vocações. Os que não podem cumprir com esta obrigação vivem frequentemente por trás de falsas fachadas e se veem sumidos em crises existenciais.
A ostentação, as transações financeiras duvidosas e o enriquecimento pessoal dos responsáveis da igreja sacudiram e diminuíram profundamente a confiança na Igreja.
Pois os líderes da Igreja esvaziaram sua credibilidade. Não conseguem se fazer escutados de forma convincente e nem trabalhar por um mundo justo no espírito do Evangelho.
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Contra o clericalismo, o patriarcado e a corrupção: estas são as teses das católicas alemãs - Instituto Humanitas Unisinos - IHU