Resposta do Presidente da Conferência dos Bispos dos EUA à Carta do Papa Francisco ao Povo de Deus

Cardeal DiNardo, presidente da Conferência dos Bispos dos EUA | Foto: Reprodução Youtube

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21 Agosto 2018

O Cardeal Daniel N. DiNardo de Galveston-Houston, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês), emitiu a seguinte declaração em resposta à Carta do Papa Francisco ao Povo de Deus. Na carta o Papa convida a Igreja a participar de atos de oração e jejum "no combate a todas as formas de abuso de poder, abuso sexual e abuso de consciência".

A carta é publicada por United States Conference of Catholic Bishops - USCCB, 20-08-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Eis a nota.

"Sou grato ao Santo Padre por sua Carta ao Povo de Deus, respondendo à investigação do Grande Júri da Pensilvânia e outras revelações que surgiram. Francisco abriu a carta com as palavras de São Paulo: 'Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele” (1Co 12, 26). Isso mostra que ele está escrevendo para todos nós como um pastor que sabe quão profundamente o pecado destrói nossas vidas.

“Eu acredito muito nas palavras do Santo Padre: "A penitência e a oração nos ajudarão a sensibilizar os nossos olhos e os nossos corações para o sofrimento alheio e a superar o afã de domínio e controle que muitas vezes se torna a raiz desses males". Estas palavras devem provocar ação - especialmente por parte dos bispos. Nós [bispos] precisamos - e devemos - praticar com toda a humildade a oração e penitência.

"O Santo Padre também está convidando, assim como eu, a todos os fiéis para se unirem em oração e em jejum como uma forma de ajudar a fazer a conversão e a mudança de vida onde quer que seja necessária, mesmo nos pastores da Igreja. Jesus certa vez comentou: "Essa espécie de demônios não pode sair de jeito nenhum a não ser por meio de oração e jejum" (Marcos 9:29), um humilde lembrete de que tais atos de fé podem mover montanhas e podem até mesmo trazer a verdadeira cura e conversão.

"Em nome dos meus irmãos bispos, afirmo que somente ao confrontar nosso próprio fracasso diante de crimes contra aqueles que somos encarregados de proteger, a Igreja poderá ressuscitar a cultura de vida onde a cultura de morte prevaleceu".

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