Bispo sul-africano apoia ordenação sacerdotal de homens casados

Dom Sithembele Sipuka. (Foto: Reprodução | Shouthern Cross)

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Carta aberta à sociedade brasileira. Em defesa do Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira - UFRJ

    LER MAIS
  • Governo Trump alerta que a Europa se expõe ao “desaparecimento da civilização” e coloca o seu foco na América Latina

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

16 Agosto 2022

 

O bispo, presidente da Conferência Episcopal da África Austral, considera que "há uma necessidade" dada a dispersão geográfica das comunidades e a escassez de sacerdotes que possam servi-los e levar-lhes a Eucaristia.

 

"É preocupante que haja pouca representação da África", diz o bispo depois de notar que após a retirada do cardeal Turkson não há pastor africano à frente de um dicastério vaticano.

 

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 15-08-2022.

 

Sendo a Eucaristia "a fonte e o ápice da vida cristã", o que acontece com os fiéis que dela são privados à força durante semanas ou meses devido à escassez de sacerdotes e às longas distâncias que têm de percorrer em alguns lugares do mundo para servir as comunidades cristãs?

 

A pergunta não é nova nem a resposta simples, mas continua a ser feita, como o fez Dom Fritz Lobinger, missionário alemão que liderou a diocese sul-africana de Aliwal de 1987 a 2004, nos anos 1970, ou nos preparativos para o Sínodo sobre a Amazônia, embora mais tarde a exortação pós-sinodal não tenha ecoado os pedidos de alguns delegados.

 

Eu apoio o 'viri probati'

 

E agora, outro pastor sul-africano, Sithembele Sipuka, da diocese de Mthatha, parece disposto a entrar na discussão, segundo informações publicadas no National Catholic Reporter (NCR). "É aqui que eu entraria no debate", observou Sipuka, para expressar seu apoio à ordenação de "homens casados comprovados" (os viri probati) ao sacerdócio.

 

"Há uma necessidade", disse ele ao NCR, durante uma entrevista em julho no Congresso Católico Pan-Africano de Teologia, Sociedade e Vida Pastoral em Nairóbi, Quênia. “Nas dioceses rurais, as comunidades estão dispersas”, segundo a referida fonte, que registra que o bispo descreveu “cenários de padres viajando longas distâncias para celebrar múltiplas missas. Mesmo assim, algumas comunidades passam mais de um mês sem a Eucaristia devido à falta de sacerdotes”, disse ele.

 

Diálogo episcopal respeitoso sobre o assunto

 

O presidente da Conferência Episcopal da África Austral, que inclui África do Sul, Suazilândia e Botswana, Sikupa, 62, disse que os bispos de todo o continente estão engajados em um diálogo respeitoso sobre essas propostas.

 

"Eu não peguei nenhuma forte agitação contra ou forte oposição", diz o NCR. "Estamos discutindo", acrescentou, acrescentando que "acredita que propostas dessa magnitude levam tempo e que é necessário construir unidade no processo ". "É bom que quando essas coisas acontecem, todos concordam com isso", disse ele.

 

Por outro lado, e após a saída do cardeal ganense Peter Turkson do organograma da Cúria vaticana, Sikupa expressou sua preocupação pelo fato de que agora nenhum dicastério vaticano é chefiado por um prelado africano. "É uma sensação boa ver que há representação suficiente no centro da Igreja, que é Roma", disse Sipuka. "É preocupante que haja pouca representação da África", segundo o NCR.

 

Leia mais