02 Fevereiro 2015
O Papa Francisco ratificou as eleições de prelados de conferências episcopais ao redor do mundo para participar do encontro global de bispos católicos, em outubro, confirmando a escolha de 48 bispos de seis continentes.
A reportagem é de Joshua J. McElwee, publicada no sítio National Catholic Reporter, 31-01-2015. A tradução é de Claudia Sbardelotto.
Entre os bispos escolhidos estão quatro prelados norte-americanos: Dom Joseph Kurtz, de Louisville, Kentucky; arcebispo Charles Chaput, da Filadélfia; cardeal Daniel DiNardo, de Galveston-Houston; e arcebispo José Gómez, de Los Angeles.
As confirmações papais, anunciadas no boletim diário de imprensa do Vaticano, no sábado, indicam que os prelados serão capazes de participar e votar nas discussões da reunião de outubro próximo, conhecido como sínodo dos bispos.
O sínodo, cujo foco está em questões da vida familiar e tem atraído esperanças de que a Igreja possa alterar algumas das suas práticas pastorais nessa área, é o segundo dos dois convocados por Francisco para 2014 e 2015.
O sínodo de 2015 será realizado de 4 a 25 de outubro no Vaticano com o tema: "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo". Ele segue o sínodo de 2014, realizado sobre o tema: "Desafios pastorais da família no contexto da evangelização".
O sínodo anterior, conhecido como um sínodo extraordinário, envolveu, principalmente, os presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo. O próximo sínodo, chamado de sínodo ordinário, será muito maior, envolvendo os representantes eleitos de cada uma das conferências episcopais.
Os nomes confirmados no sábado, ratificados pelo papa para a participação no sínodo do próximo mês de outubro não compreendem a lista final de prelados, já que o papa ainda precisa confirmar as eleições dos membros de muitos outros países. O papa também poderá nomear outros membros por sua própria iniciativa.
Em 2014, cerca de 190 prelados participaram das discussões do sínodo.
O papa também poderá pedir ao Conselho de 15 prelados que dirigem a secretaria do Sínodo para participar no evento do próximo mês de outubro, o que significa que poderia haver pelo menos mais dois outros prelados norte-americanos participando do sínodo de 2015. Tanto o cardeal Donald Wuerl, de Washington, e o cardeal Timothy Dolan, de New York, são membros do conselho sinodal.
Os prelados dos EUA confirmados no sábado pelo papa para participar do sínodo foram eleitos em votação secreta durante a reunião dos bispos dos EUA em novembro passado. Kurtz é atualmente o presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos; DiNardo é o atual vice-presidente.
Francisco também confirmou suplentes para cada conferência episcopal, que servirão como participantes no sínodo se membros eleitos não puderem estar presentes.
Os substitutos dos EUA são Dom Blase Cupich, de Chicago, e o arcebispo Salvatore Cordileone, de San Francisco.
Os membros confirmados no sábado vindos de outras partes do mundo incluem: 17 prelados da Europa; 10 das Américas Central e do Sul; 7 da África; 3 da Ásia; e 3 da Oceania.
Os EUA, a França e o México são os países que têm o maior número de participantes eleitos até agora, cada um com quatro.
Francisco já havia previamente nomeado quatro delegados-presidentes do sínodo de outubro: o cardeal sul-africano Wilfrid Napier, o cardeal francês André Vingt-Trois, o cardeal Luis Tagle, das Filipinas e o cardeal brasileiro Raymundo Assis.
O cardeal húngaro Péter Erdo servirá como relator do sínodo, ou secretário; e o arcebispo italiano Bruno Forte servirá como seu secretário especial.
O documento preparatório para o sínodo, conhecido como Lineamenta, foi enviado às conferências episcopais em dezembro passado.
O documento final do sínodo de 2014 é o ponto de partida para o sínodo de 2015. Juntamente com ele, foram enviadas pela secretaria do sínodo no Vaticano, uma série de 46 perguntas para solicitar contribuições de católicos em "todos os níveis" sobre como a Igreja deveria responder às questões, às vezes, difícieis da vida da família moderna.