02 Fevereiro 2015
No dia 7 de março, o papa irá celebrar uma missa na igreja romana de Todos os Santos para recordar os 50 anos da celebração da primeira missa em italiano, com Paulo VI, depois do Concílio Vaticano II (foto acima).
A reportagem é do jornal L'Osservatore Romano, 31-01-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
No sábado, dia 7 de março, às 18h, o Papa Francisco celebrará a missa na paróquia romana de Todos os Santos, na Via Appia Nuova. Desse modo, o pontífice irá recordar, na mesma igreja e exatamente 50 anos depois, a missa que o Papa Paulo VI celebrou pela primeira vez em italiano, segundo as renovadas normas litúrgicas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II.
Publicamos abaixo um trecho da homilia que o pontífice proferiu no dia 7 de março de 1965.
Eis a homilia.
O que estamos fazendo? Este é o momento das reflexões e se insere no sagrado rito para suscitar os pensamentos que devem acompanhá-lo. Nós estamos implementando uma realidade, que, por si só, apresenta-se solene e tem dois aspectos: um extraordinário; o outro habitual e ordinário. Extraordinária é a atual nova maneira de rezar, de celebrar a Santa Missa.
Inaugura-se, hoje, a nova forma da Liturgia em todas as paróquias e igrejas do mundo, para todas as Missas seguidas pelo povo. É um grande acontecimento que deverá ser recordado como princípio de florescente vida espiritual, como um compromisso novo para corresponder ao grande diálogo entre Deus e o homem.
A norma fundamental é, de agora em diante, a de rezar compreendendo as frases e palavras individuais, de complementá-las com os nossos sentimentos pessoais e de uniformizá-los à alma da comunidade, que faz coro conosco.
Há, depois, outra circunstância que torna singular a atual solenidade: a presença do papa, o que, por si só, autoriza a ressaltar tudo o que pode se tornar útil para a nossa vida cristã.
Além disso, também querendo considerar o segundo aspecto, isto é, aquilo que é costumeiro nestas reuniões, tudo – sabemo-lo – apresenta um caráter precioso e digno da nossa reflexão.
E em primeiro lugar: o que é o Rito que estamos celebrando? É um encontro de quem oferece o Divino Sacrifício com o povo que o assiste. Tal encontro deve ser, por isso, pleno e cordial. Portanto, não é fora de lugar que o celebrante – neste caso, o papa – dirija muitas vezes aos presentes a saudação característica: o Senhor esteja convosco!
Eis: o papa repete o grande desejo não só se dirigindo, com gesto afetuoso, aos presentes, mas também expressando o propósito de alcançar toda a população cristã desta cidade, da santa diocese de Pedro e Paulo, a diocese de Roma. Por isso, com todo o coração, com toda a força que Deus põe na sua voz, no seu ministério, o Santo Padre exclama ao povo romano: que Deus esteja contigo!
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Francisco celebrará missa em memória do inicio das novas normas litúrgicas do Vaticano II - Instituto Humanitas Unisinos - IHU