Suspense sobre o destino do padre Dall'Oglio

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12 Junho 2014

"O padre Paolo Dall'Oglio está vivo e está detido pelo Isis [Exército Islâmico do Iraque e do Levante]" É o sítio do jornal libanês Alakhbar, próximo ao movimento xiita Hezbollah, que desencadeou mais um turbilhão de rumores, incontroláveis, sobre o destino do jesuíta italiano sequestrado em julho passado em Raqqa, no norte da Síria.

A reportagem é de Luca Geronico, publicada no jornal Avvenire, 11-06-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um longo artigo, assinado por Suhaib Anjarini, apresenta uma longa e detalhada reconstrução do sequestro. Voltam os rumores de uma execução do sacerdote duas horas depois da captura, que, depois, teriam sido desmentidos.

Fala-se também de uma "negociação fracassada" entre as milícias do Exército Islâmico do Iraque e do Levante (Isis) e o regime, porque, "com base em um ensinamento religioso", para o Isis, "quando é preciso, é melhor concordar com os alauítas" do regime de Damasco do que com os homens da oposição definidos como "apóstatas". Fala-se também de um "enorme resgate" exigido não se sabe bem a quem.

Uma longa e pouco confiável premissa às últimas informações obtidas diretamente de Alakhbar: "O padre Dall'Oglio está vivo e está detido pelo Isis". Raqqa, a cidade onde, no dia 29 de julho passado, perdeu-se o rastro do jesuíta italiano – afirma o jornal libanês – ainda não estava sob o pleno controle das milícias jihadistas.

Mas o refém italiano já estaria há muito tempo nas mãos dos al-qaedistas do Isis e teria sido transferido para a província de Raqqa, precisamente em Tal Abyad, perto da fronteira com a Turquia.

"As negociações – afirma o sítio libanês – teriam sido retomadas mais tarde, e o governo italiano participou delas diretamente." De fato, "uma delegação italiana teria visitado a região há um mês e teria se encontrado com o padre Dall'Oglio por duas horas".

A delegação, então, teria falado com os sequestradores, levantando, entre as várias hipóteses, "uma libertação do sacerdote junto com os dois bispos Yohanna Ibrahim e Boulos Yazigi", também eles sequestrados há mais de um ano. Uma hipótese que depois teria sido descartada.

Fontes internacionais, retomadas pela agênia Adnkronos International confirmavam a visita da delegação italiana ao sacerdote. "Contatos estão em andamento", e "a cautela é obrigatória" para não criar um "potencial perigo" para o religioso italiano.

O objetivo é "manter aberta uma fresta para chegar à sua libertação". Uma reconstrução desmentida com uma seca nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores italiano: a informação é de que não houve contatos entre uma delegação italiana e o padre Paolo Dall'Oglio. A notícia "não procede" nem mesmo para a Inteligência italiana, que define o Alakhbar como um jornal "pró-sírio" e "não confiável".