Sabia que os jesuítas deixaram de existir literalmente durante 41 anos? Em 1773, o Papa Clemente XIV suprimiu a Companhia de Jesus e que foi restaurada em 1814 por Pio VII.

A reportagem está publicada no sítio Rome Reports, 11-05-2014. A tradução é de André Langer.

De fato, o Papa falou sobre o ocorrido poucos dias depois da sua eleição, quando explicou porque decidiu chamar-se Francisco. Alguém havia lhe proposto, em brincadeira, outro nome muito diferente.

Francisco: “Teu nome deveria ser Clemente, Clemente XV! Assim te vingarias de Clemente XIV, que suprimiu a Companhia de Jesus”.

A supressão da Companhia de Jesus foi pedida pelos monarcas europeus da época. O carisma missionário dos jesuítas, sua espiritualidade e sua grande influência social representavam um obstáculo ao seu poder absoluto.

Clemente XIV cedeu às suas pressões e a suprimiu. Mas, sua decisão trouxe muitos problemas.

Padre Miguel Coll (Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma): “Em amplos setores da Igreja viu-se que a Igreja havia perdido, o catolicismo havia perdido um pára-choque da revolução”.

O padre Miguel Coll explica que monarquia e Igreja perderam uma congregação de grande carisma pastoral. Sua presença poderia frear em grande medida derramamentos de sangue contra a Igreja ou os próprios monarcas. Entre outras coisas, apenas 15 anos depois da supressão da Companhia, explodiu a Revolução Francesa.

Dois séculos depois da restauração foi eleito Francisco, o primeiro papa jesuíta da história.

Padre Miguel Coll (Pontifícia Universidade Gregoriana): “A Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio com a aprovação pontifícia para servir a Igreja ali onde fosse necessário e o fato de que tenhamos um papa jesuíta nem tira, nem acrescenta. A Companhia obedece a ele exatamente como a qualquer outro papa”.

A congregação celebra o 200º aniversário da sua restauração promovendo o estudo deste momento histórico e dando-o a conhecer em seus centros educativos. O objetivo é tirar lições para a Companhia de Jesus e toda a Igreja.