Por: André | 29 Abril 2014
O Papa Francisco está reunido, desde a segunda-feira, pela quarta vez com o Conselho de Cardeais, conhecido como G8 vaticano, instituído pelo próprio Pontífice para assessorá-lo na reforma da cúria e no governo da Igreja universal. As reuniões acontecem na Sala Bolonha do Vaticano e durarão três dias, de 28 a 30 de abril.
A reportagem é da agência Europa Press, 27-04-2014. A tradução é de André Langer.
Na reunião passada, em fevereiro, o Pontífice instituiu uma nova estrutura de coordenação para os assuntos econômicos e administrativos da Santa Sé, que se articula a partir de uma nova Secretaria de Economia e um Conselho para a Economia, que é formado por 15 membros – sete leigos e oito eclesiásticos. Além disso, nomeou o cardeal australiano, George Pell, atual arcebispo de Sidney e membro do Conselho de Cardeais, como o novo Prefeito da Economia do Vaticano. Uma semana depois da publicação do ‘motu proprio’ com o qual instituiu o ministério das finanças vaticano, o Papa Francisco nomeou como secretário-geral do organismo mons. Alfred Xuareb, que foi secretário particular de Bento XVI.
No final de março, Francisco escolheu os oito primeiros integrantes da Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores, criada em dezembro, quatro homens e quatro mulheres, com destaque para a presença da irlandesa Marie Collins, ativista contra os abusos que ela própria sofreu quando tinha 13 anos, do cardeal arcebispo de Boston, Sean Patrick O’Malley, e do sacerdotes argentino Humberto Miguel Yáñez.
O objetivo desta comissão é assessorar a Igreja sobre como proteger melhor as crianças de possíveis abusos, propor iniciativas para a formação do clero e expulsar de suas fileiras os pederastas.
O Conselho de Cardeais foi criado pelo Papa Francisco em 13 de abril de 2013 e institucionalizado de forma permanente no dia 30 de setembro do mesmo ano para satisfazer as necessidades de reforma dentro da cúria romana e revisar a Constituição Apostólica Pastor Bonus.
O principal objetivo do grupo é assessorar o Papa no governo da Igreja universal, exercido tanto a título de Conselho como pessoal, sendo cada membro livre para fazer suas próprias sugestões. Não obstante, os comentários do Conselho são orientativos e a decisão final recai sobre o Pontífice.