FAO: 40% das agricultoras na América Latina e Caribe não recebem pagamento

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14 Agosto 2013

Políticas específicas para trabalhadoras na agricultura familiar não remuneradas são urgentes, assinalou a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

De acordo com a segunda Nota de Política sobre as Mulheres Rurais da FAO, a porcentagem de mulheres rurais maiores de 15 anos que não tem rendimentos próprios pode chegar a até 70% em alguns países.

A matéria foi publicada pela ONU Brasil, 09-08-2013.

As trabalhadoras agrícolas familiares não remuneradas constituem um universo invisível e sem apoio direto, apesar de serem mais numerosas do que as trabalhadoras remuneradas, e do fato de que seu aporte produtivo e à segurança alimentar ser fundamental. “É importante destacar que, em muitos casos, a jornada de trabalho das mulheres não remuneradas é maior que a das mulheres que são responsáveis pelas atividades agrícolas”, explicou consultora de gênero da FAO, Soledad Parada.

As mulheres que trabalham na agricultura de forma não remunerada constituem o universo mais numeroso, mas também o menos conhecido de mulheres dedicadas às atividades agrícolas. Elas são, na maioria, trabalhadoras invisíveis para as estatísticas oficiais, já que se classificam como inativas, apesar de efetivamente trabalharem. Em média, 56% das mulheres rurais com mais de 15 anos de idade são registradas na região como população inativa. Porém, segundo as pesquisas de uso do tempo, 60% das mulheres ‘inativas’ no Equador e 50% na Guatemala e México produzem alimentos para o consumo de suas famílias.

Segundo a FAO, 82% das mulheres agrícolas não remuneradas vivem em residências cuja renda provêm exclusivamente da atividade agrícola, 14% em domicílios de renda mista, 3% vive em locais de renda não agrícola e o 1% restante em domicílios que dependem de transferências do Estado. Os censos dos anos de 2006 e 2007 mostram que as mulheres não remuneradas representam de uma a duas vezes o número de mulheres chefiando as atividades agrícolas. “O primeiro desafio é fortalecer sua voz para que os Estados desenvolvem políticas de apoio produtivo e de proteção social que atendam suas necessidades como mulher produtora e como integrante de uma família”, afirmou Parada.