• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Expectativas sociais: o combustível das manifestações. Entrevista especial com Hervé Théry

Mais Lidos

  • A extrema-brasileira “condensa três momentos históricos marcantes nos últimos cem anos”: movimentos totalitários dos anos 1930, com participação religiosa e civil; centralidade ideológica do militarismo na organização social, como na década de 1960; e aprofundamento na neoliberalização desde a crise de 2008, diz professor da UFMS

    Extrema-direita brasileira quer colocar em xeque o Estado democrático de direito e a soberania nacional. Entrevista especial com Argus Romero Abreu de Morais

    LER MAIS
  • Anistia não é amnésia. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS
  • Alinhamento de países à China é provocado pelo “desespero americano de recuperar a sua hegemonia, com o ‘América grande outra vez’”, diz o economista

    Chineses tentam construir alternativa à geopolítica internacional enquanto Trump privatiza o Estado americano. Entrevista especial com Luiz Gonzaga Belluzzo

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    23º Domingo do Tempo Comum – Ano C – Seguir Jesus um caminho exigente

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

10 Julho 2013

“As manifestações deram uma sacudida que o Brasil ainda não conhecia”, assinala o geógrafo.

Confira a entrevista.

Foto: www.swissinfo.ch

Surpreso com as manifestações que tomaram as ruas brasileiras nas últimas semanas, Hervé Théry, pesquisador francês, aponta as desigualdades sociais como uma das causas dos protestos. “Muitas pessoas acharam que o aumento de 20 centavos era irrisório para gerar essa manifestação, mas há tanta desigualdade de renda no país que, para uma parcela significativa da população, 20 centavos (que vai a 40 centavos por dia e, assim, a 2 reais por semana), acaba sendo uma despesa grande”, aponta na entrevista a seguir concedida por telefone à IHU On-Line. Na avaliação do geógrafo, as manifestações “abrem possibilidade para o que ontem parecia impossível, mas que agora pode ser pensado como algo possível, a exemplo de uma reforma política ou uma política fiscal diferente”.

Autor de Atlas do Brasil: Disparidade e dinâmicas do território, Hervé Théry comenta que ao publicar a primeira edição do estudo, em 2003, tinha a expectativa de que o PT reduzisse as desigualdades sociais e as disparidades entre ricos e pobres. Dez anos depois, afirma, “serei menos afirmativo, porque muitas estruturas que estavam no modelo de desenvolvimento do PT foram descartadas. O sistema econômico mudou pouco, políticas sociais regrediram, mas em compensação algumas medidas mudaram a perspectiva da sociedade, como o aumento significativo do salário mínimo”. E acrescenta: “Trata-se de uma agenda social que consiste em dar um pouco mais aos pobres para que fiquem felizes, do que realmente romper com a condição de pobreza”.

Hervé Théry (foto abaixo) é graduado em História e em Geografia pela Université Paris I. É também mestre e doutor em Geografia pela mesma instituição. Trabalha como pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique, professor visitante da USP, pesquisador convidado da Universidade de Brasília – UnB e diretor do Observatoire Hommes-milieux OHM.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Que relações o senhor estabelece entre as manifestações que ocuparam as ruas brasileiras nas últimas semanas e as desigualdades sociais que existem no país?

Foto: www.iisd.ca

Hervé Théry – Tem uma relação parcial, apesar de o pontapé inicial ter sido o aumento do preço da passagem do transporte público. Muitas pessoas acharam que o aumento de 20 centavos era irrisório para gerar essa manifestação. Mas há tanta desigualdade de renda no país que, para uma parcela significativa da população, estes 20 centavos (que vai a 40 centavos por dia e, assim, a 2 reais por semana), acaba sendo uma despesa grande.

IHU On-Line – Em que regiões do país as desigualdades predominam?

Hervé Théry – Na publicação intitulada Atlas do Brasil: Disparidade e dinâmicas do território, escolhemos não falar em desigualdades, porque esse termo já faz um julgamento sobre o sistema. Optamos por mostrar as diferenças nas diversas regiões do país. Obviamente as regiões Sul e Sudeste se destacam em ralação às regiões Norte e Nordeste. É possível observar cinturões de pobreza em volta de cidades de classe média imediata. Há quem diga que as desigualdades no Brasil são tantas que chegam a ser fractais, repetindo-se em cada escala. As regiões brasileiras são mais ou menos ricas, e dentro de cada estado as capitais são mais ricas, tendo cidades mais ou menos pobres.

IHU On-Line – As manifestações apontam alguma mudança na resolução das desigualdades sociais?

Hervé Théry – Para ser honesto, eu não havia previsto essas manifestações. Muitos especialistas brasileiros também não conseguiram prever essa onda de protestos. Tais manifestações abrem possibilidade para o que ontem parecia impossível, mas que agora pode ser pensado como algo possível, a exemplo de uma reforma política ou uma política fiscal diferente. Não digo que tudo mudará de um dia para o outro, mas pode mudar a perspectiva. A popularidade da presidente diminuiu e alguns ministros já mudaram bastante o discurso. Então, essas manifestações deram uma sacudida que o Brasil ainda não conhecia.

IHU On-Line – Por que as manifestações foram uma surpresa para o senhor?

Hervé Théry – Quem vive no Brasil ou é brasileiro sabe que há uma tendência na cultura do país de resolver pessoalmente as dificuldades com o apoio da família e dos amigos, e raramente se recorre a uma ação coletiva, muito menos a de sair às ruas. Olhando a retrospectiva, as últimas manifestações foram as Diretas Já, na década de 1980, e a manifestação do impeachment do presidente Collor, em 1992. Em 2002 não teve manifestação, porque foi a eleição do Lula, e 2012 acaba de passar. Então, vamos ver, de dez em dez anos, esse tipo de onda, sem nenhuma regularidade e nenhuma periodicidade obrigatória. Costumo dizer que gostaria que os franceses resmungassem e manifestassem menos e que os brasileiros se manifestassem mais.

IHU On-Line – Que avaliação faz dos dez anos da gestão do PT no governo nacional em termos de políticas sociais para diminuir as desigualdades?

Hervé Théry – Quando publicamos a primeira edição do nosso atlas, em 2003, escrevemos na orelha do livro: “Esse é o Brasil que o PT vai mudar”. Havia a expectativa de que este partido teria herdado um Brasil e iria construir outro. Dez anos depois, serei menos afirmativo, porque muitas estruturas que estavam no modelo de desenvolvimento do PT foram descartadas. O sistema econômico mudou pouco, políticas sociais regrediram, mas em compensação algumas medidas mudaram a perspectiva da sociedade, como o aumento significativo do salário mínimo. Como milhões de brasileiros ganham o salário mínimo, milhares de dezenas de pessoas passaram da miséria para uma pobreza mitigada, que introduziu esperança e aumentou as expectativas, as quais constituíram combustível das passeatas. Pessoas que pensavam que, graças a essas mudanças, mudariam de vida ainda esbarram em problemas que não tinham antecipado.

Tem de se considerar também que algumas regiões que estavam muito atrasadas começaram a recuperar o atraso, especialmente o Nordeste, não tanto através da renda e da criação de emprego, mas das transferências do programa Bolsa Família e de um melhor atendimento nas escolas. Isso fez com que o Nordeste saísse de índices muito baixos. Trata-se de um reequilíbrio.

IHU On-Line – Como romper com a agenda social brasileira assistencialista e resolver problemas de ordem estrutural?

Hervé Théry – Esse é o “x” do problema. São as questões estruturais que supõem uma mudança profunda do sistema, porque o que foi feito até então pode ser chamado de assistencialismo. Ou seja, trata-se de uma agenda social que consiste em dar um pouco mais aos pobres para que fiquem felizes, e não realmente romper com a condição de pobreza. Acho que ninguém discute muito que as duas alavancas principais para sair do desenvolvimento e crescer são educação e emprego. Outros casos conhecidos historicamente, como no Japão, na Coreia do Sul, em Singapura, mostram um esforço em educação para que as pessoas se qualifiquem mais e tenham empregos qualificados. É isso que cria um crescimento rápido.

Na França, a educação é universal desde 1870. E o crescimento econômico forte, o milagre francês, ocorreu exatamente 20 anos depois com a nova geração mais qualificada. Não é nenhuma surpresa que o investimento em educação custa caro, dá retorno lento, mas é a chave do sucesso.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados