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Os "profetas da desventura", hoje, são também outros

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18 Fevereiro 2013

"Parece, que hoje, a terminologia de Roncalli, usando a expressão "profetas da desventura", serve muito bem para outros atores. Tal expressão não cabe, atualmente, somente aos lefebvrianos, com sua negação teimosa de qualquer autonomia do homem ou de uma Igreja dialogante com o mundo, ou alguns daqueles encastelados na Cúria Romana, que desejam que tudo permaneça como está, mas também àqueles que vêem na Igreja contemporânea apenas descaminho, perdicão e descompasso com o mundo e o Evangelho. Àqueles que parece se comprazerem com os seus percalços, talvez, para eles, sinais do momento do surgimento daquela Igreja que sonham, mas que nunca se realiza", escreve Rodrigo Coppe Caldeira, doutor em Ciências da Religião e professor da PUC Minas, autor do livro Os baluartes da tradição: o conservadorismo católico brasileiro no Concílio Vaticano II (Curitiba: CRV, 2011).

Eis o artigo.

Nesses dias, após a abdicação de Bento XVI, permaneci em silêncio, buscando compreender - se isto é possível num intervalo de tempo tão breve - os significados do ato do papa. Os meios de comunicação e as redes sociais foram tomados por um massivo falatório, tomadas de posição, visões apocalípticas, "profecias" sobre o que se sucederia na Igreja. O que me chamou a atenção nas posições, primeiramente, não foram exatamente seu conteúdo material - que também me aguçou a crítica num momento posterior - mas sim a velocidade das reações. Sem ter em mãos informações claras e precisas sobre o ocorrido e o que levou Bento XVI a abdicar (a tradução direta do italiano para o português está resultando em frases como "a demissão de Bento XVI", podendo levar o leitor leigo à compreensão equivocada, além do fato de que, como defende Jacques Le Goff, o termo "renúncia" não caber ao papado, mas sim "abdicação") - o que, pela história da Igreja me faz crer que se saberá em algumas décadas, não na próxima semana - muitos se posicionaram rapidamente sobre o evento, e sem o mínimo de pudor especulam aqui e ali com um intuito bem claro, ao meu juízo: não só criticar o papa, mas a instituição do papado e da Cúria Romana como um todo, deixando aflorar aquele já banal sentimento antiromano que marcou alguns momentos dos séculos passados, sem ou com razão.

Que fique claro: não se está a negar que tanto o papado, como a Cúria, precisam se colocar no caminho de uma reforma, como a pensada no Concílio Vaticano II e, posteriormente, levada a cabo, de forma inicial, por Paulo VI.

De fato, os tempos são outros, os desafios muitos, as respostas, às exigências da nova configuração cultural, prementes. A renovação é imperiosa. Contudo, observem, a questão dos "desafios da Igreja" e a sempre necessária renovação, como alguns querem fazer crer com seus cenários escatológicos, não é nova. Não é apenas um "problema da Igreja no mundo pós-moderno", nem fruto de um aceitar ou não as determinações de um concílio (os seguidores de Marcel Lefebvre adoram culpar o Vaticano II pela crise atual). Desde sua mais tenra idade, da Igreja, foi exigida uma renovação contínua, um "aggiornarse senza fine". (A grande sacada de João XXIII foi ter descoberto esse "aggiornarse"). Um colocar-se sempre a caminho.

Mesmo que a hora seja grave, e é, já que a prática religiosa se torna cada vez mais afastada daqueles que se dizem católicos, ou que o número de "indiferentes" em matéria religiosa cresça vertiginosamente naqueles lugares no qual a Igreja reinava sem concorrência, tais "desafios" repetem-se indefinidamente pela história da Igreja. Hoje as proporções são outras. A Igreja vive num mundo globalizado, o que exige dela respostas novas e mais amplas. Não é possível simplesmente reeditar antigas respostas de questões passadas, e que talvez funcionaram em seu contexto, para os novos problemas. Tais problemas exigem respostas novas. Eis o seu drama milenar.

Todavia, saber que necessitamos de novas respostas e termos consciência dos desafios atuais, e que é preciso perscrutar o Espírito - para usarmos a linguagem teológica - para alcançarmos algum tipo de iluminação que nos ajude a vislumbrar as possibilidades, é bem diferente de acreditar que temos já, e acabada, a resposta. E é esta a impressão que fica ao lermos as dezenas de análises apressadas e afoitas que surgiram nestes últimos dias. Não todas, mas muitas. Um rol de soluções para as dificuldades da Igreja, como se estivéssemos tratando de uma associação de amigos, do nosso condomínio ou do clube que freqüentamos. O que é notável, é que muitos daqueles que propõem orgulhosamente as suas "soluções finais" são aqueles mesmos que clamam, per fas et per nefas, para que se deixe o "Espírito" agir, que defendem a Sua ação livre frente a uma estrutura que insiste em mantê-lo encapsulado e domesticado. Que espécie de Espírito é este, que espécie de livre ação é esta que conclamam, frente a concorrência de suas próprias teorias, prontas e acabadas, das suas próprias "soluções finais"? Que "Novo Pentecostes" é este, anunciado pela boca do "papa bom" João XXIII, que é ao mesmo tempo aclamado com zelo pelos "intelectuais da Igreja", mas que parece concorrer com suas próprias soluções? É assim que a ação do Espírito se manifesta?

Lembro-me da expressão utilizada por João XXIII, em seu discurso de abertura do Concílio Vaticano II: os "profetas da desventura". Parece, que hoje, a terminologia de Roncalli, serve muito bem para outros atores. Tal expressão não cabe, atualmente, somente aos lefebvrianos, com sua negação teimosa de qualquer autonomia do homem ou de uma Igreja dialogante com o mundo, ou alguns daqueles encastelados na Cúria Romana, que desejam que tudo permaneça como está, mas também àqueles que vêem na Igreja contemporânea apenas descaminho, perdicão e descompasso com o mundo e o Evangelho. Àqueles que parece se comprazerem com os seus percalços, talvez, para eles, sinais do momento do surgimento daquela Igreja que sonham, mas que nunca se realiza. Àqueles que soltam frases de impacto como "ou a Igreja muda ou acaba", como se não fosse isso - mudar - que ela tivesse feito nos dois últimos milênios.

Os profetas da desventura, hoje, são também outros. São estes também, os unicamente capazes de descobrirem e proferirem as intempéries atuais de uma instituição milenar, e claro, suas belas e bem resolvidas soluções.


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